Mulheres X Homens (de novo?)

Tanto se fala das diferenças e sobre como as mulheres deveriam ser tratadas de forma igualitária. Esse é meu primeiro artigo no LinkedIn e eu não gostaria que fosse apenas mais um, afinal foram justamente as discussões sobre o assunto nesta rede que me incentivaram a escrever. Gostaria que as pessoas lessem e refletissem antes de jugar.

Sou mulher, sou mãe, esposa e profissional. Atuo na indústria há anos e nunca me senti inferior a nenhum profissional homem, pai e marido (ou não). Não sou pior, nem melhor, sou apenas diferente e aceitar isso me faz feliz em todos os aspectos da minha vida.

Sou diferente de qualquer outro profissional pois minhas experiências pessoais são só minhas, e é claro que elas influenciam na forma como lido com os problemas profissionais do dia a dia. Sou diferente pois meu corpo tem hormônios e necessidades diferentes de outros colegas de trabalho do sexo masculino, mas isso não me impede de fazer QUASE tudo que eles fazem... E aceitar isso me faz ver o outro lado da moeda: por serem diferentes de nós, mulheres, os homens também podem fazer QUASE tudo que nós fazemos. Ninguém é onipotente, ninguém sabe tudo, então pare de achar que fulano ou fulana se “deu bem” porque é homem ou mulher. Se alguém tem uma conquista que você ainda não teve, tente aprender com isso em vez de ficar achando desculpas.

Nunca tive o salário menor que de outros profissionais que tinham função e conhecimento semelhantes ao meu, independente do sexo deles. Já vi muita mulher dar duro fisicamente no chão de fábrica, assim como já vi homem se esquivando de arregaçar as mangas. Já vi de tudo e, acima de tudo, vi indivíduos: profissionais que se não fossem os rótulos, seriam apenas humanos com suas experiências, motivações, alegrias e frustrações.

Somos aquilo que vivemos e tendemos a acreditar que todas as pessoas devem pensar da mesma forma que a gente, sentir e reagir conforme nossas experiências, mas o ser humano não é assim e eu não vou criticar aqueles que pensam diferente de mim, mas vou reforçar minha crença para direcionar minhas decisões: Eu não acredito que ser mulher me faça uma profissional melhor ou pior, não acredito e não sou!

Sou apenas mais uma boa profissional buscando o meu lugar, sem rótulos, sem preconceitos, sem sentimento de inferioridade (ou superioridade) e acima de tudo com a certeza de que tudo tem a sua hora e que as conquistas são fruto do meu esforço e perseverança.