Multitarefa ou só exausta?
Como crenças culturais falhas provocam malefícios na jornada empreendedora de mulheres presas na camada de "guerreira"
"Homens não são como nós, mulheres, que conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo."
Até onde uma crença equivocada de toda uma sociedade pode levar uma geração de mulheres? Até ao seu próprio adoecimento.
É acreditando nisso que encontramos mulheres sobrecarregadas, estressadas e que enfrentam a luta diária de equilibrar um monte de pratinhos porque aprenderam a ser verdadeiras guerreiras exaustas, mas quase nada realizadas.
Esta crença é conhecida como neuromito, algo que parece ter suporte na neurociência, mas não há nenhum sequer embasamento científico. O que já é mais do que comprovado cientificamente é que, nosso cérebro, homens ou mulheres, não consegue gerenciar múltiplas tarefas de uma vez.
Mas eu imagino que uma série de questionamentos te invadem, validando esta capacidade que você mesma viu ou vivenciou na sua vida.
Afinal, quem nunca viu um homem sendo totalmente inabilidoso ao desenvolver uma série de atividades que são tão naturais à mulher?
A verdade é que esse fenômeno também tem nome: viés de confirmação.
Podemos, sim, adquirir a capacidade de trocar de atenção rapidamente, independente do gênero (o que não aumenta a eficiência de execução, só tempo de resposta), mas acreditar que somos melhores nisso é crença cultural falha que,
aparentemente nos empodera, mas verdadeiramente nos aprisiona.
Então, fomos treinadas mesmo que de maneira sutil e até inconsciente, a fazer mais e aceitar isso como algo bom…E parece que aprendemos muito bem né?
Acreditar nisso faz com que nós, mulheres, incorporemos em nossos comportamentos mais atividades, mais demandas, mais responsabilidades e, consequentemente, mais cobranças.
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Por isso, facilmente aceitamos adjetivos de mulheres atarefadas, corridas e guerreiras, mas pouco nos sentimos merecedoras de uma vida de desfrute e de realizações, à medida que avançamos.
Acostumamo-nos a correr atrás das coisas e das conquistas e não a caminhar à frente como já somos, realizadas.
É daí que vemos a incoerência com o tamanho do esforço em relação ao retorno obtido. Isso acontece porque passamos a buscar o reconhecimento dos outros, ao invés do resultado desejado.
Corresponder a expectativa de tais papéis que não são nossos, e sim de uma cultura doentia de autocobrança excessiva. O desfrutar se tornou pecado. O "ter resultado" ocultou o resultado que somos e nos tornamos no progresso.
Expectativas geradas em cima de nós e de nosso desempenho somam um peso nas nossas costas, tão invisível quanto real, mas abandonar esse peso precisa só de uma decisão: a sua.
O checklist da mulher realizada é:
Não é só algo que faço para relaxar ou captar informações espirituais sobre a minha jornada, é uma entrega por completo a quem Deus é, à vida e sacrifício de Jesus Cristo e seu real significado e o poder de ser conduzida por Ele. Não é religiosidade, é intimidade.
Foi Ele quem me ensinou que querer controlar tudo, buscar a perfeição e viver apressada é negar seu poder sobre mim, já que minhas ações deixavam claro que eu estava querendo ser meu próprio Deus, não dando espaço para ele agir e sem entender que quem é perfeito e está no controle de todas as coisas é Ele, não eu.
Ele quem me ensinou a ser mais humilde, a reconhecer meus pecados e limitações e, ainda assim, me ver grande, como Filha e com poder e autoridade sobre minhas escolhas. Só Jesus na minha vida fez me enxergar na verdadeira identidade.
Esse é o movimento que gero: "Ser realizada é melhor que ser guerreira". Bem vinda ao Comitê das Realizadas!
O que você achou? Vou adorar ler seu comentário!