No mundo do empreendedorismo é preciso destacar que existem diferentes lados dessa conversa.

No mundo do empreendedorismo é preciso destacar que existem diferentes lados dessa conversa.

Dia 19/11 é o dia do Empreendedorismo Feminino e dia 20/11 da Consciência Negra e falar de empreendedorismo feminino está para além da glamourização do termo, porque para 51% dessa base feminina e preta, empreender ainda é um ato de sobrevivência.

Necessidade x Oportunidade

No mundo do empreendedorismo é preciso destacar que existem diferentes lados dessa conversa. Em uma das faces o empreender por oportunidade e em outra o empreender por necessidade.

Empreender por oportunidade

Acontece com profissionais que identificam uma lacuna no mercado e decide empreender nesta área, mesmo possuindo alternativas de emprego.

Esse perfil:

1 - Detectou uma excelente oportunidade de mercado

2 - Opta por iniciar um novo negócio justamente por conta das chances de crescimento identificadas

3 - Deseja a independência profissional

4 - Apostou em uma ideia inovadora

5 - Tem a oportunidade de empreender com a família em um negócio já em andamento ou com amigos

6 - Tem acesso facilitado a recursos materiais, estruturais e financeiros

Empreender por necessidade

Pessoas que buscam melhores alternativas de trabalho, pois não encontraram, ou se veem em um caminho único devido ao desemprego ou situação econômica do país.

Esse perfil:

1 - Estava desempregado há um certo tempo

2 - Ficou longe do mercado de trabalho por muitos anos e está com dificuldades para conseguir uma recolocação

3 - Empreende para sobreviver com sua família

4 - Precisou obter renda e contornar seus problemas financeiros ou até mesmo, problemas ligados a auto-estima e carreira profissional

5 - Faz parte de grupos em situação de vulnerabilidade (ex: pessoas egressas)

Eu empreendi pela necessidade por muito tempo

Biscuit, produtos personalizados, atendimento de design para pequenos negócios, foram algumas das minhas atuações como empreendedora por necessidade. E essa é a realidade de muitas mulheres negras no Brasil, onde 51% delas empreendem pela ausência de oportunidade.

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Apenas 21% das empreendedoras negras estão formalizadas

No empreendedorismo feminino, quando olhamos para raça, há uma diferença enorme entre essas categorias.

Somente 35% das mulheres brancas empreendem por necessidade, enquanto esse caso é a regra para 51% das mulheres negras. Além disso, apenas 21% das mulheres negras são registradas com CNPJ.

E antes mesmo da pandemia, as mulheres negras já eram o grupo social de empreendedores que recebia a menor renda média: R$ 1.384. Uma das principais áreas de empreendimento de mulheres negras estão envolvidas em serviços de cuidado doméstico, enquanto isso não aparece para mulheres brancas.

Fonte: Sebrae

É preciso abrir caminhos da sociedade

Ou seja, gerar oportunidade através do acesso, a educação, crédito e recursos materiais, sociais e econômico para que mais mulheres que fazem parte dos grupos minorizados socialmente, possam também chegar, construir e prosperar com seus próprios negócios.

Quando as mulheres negras empreendem, elas geram impacto social significativo, geram renda e novos empregos, geram inovação, novas tecnologias sociais e movimentam toda uma rede em seu entorno.


UX para Minas Pretas

A plataforma UX para Minas Pretas foi desenvolvida por mulheres negras para mulheres negras. Sua atuação é pautada na inserção, no apoio e no fortalecimento educacional de profissionais da área de UX Design. É por meio destas ações que a iniciativa procura auxiliar na redução do gap educacional entre as mulheres negras, promovendo a igualdade de gênero e de raça no setor tecnológico brasileiro.

Através do empoderamento, do compartilhamento de conhecimento e da contínua articulação em redes de apoio, a UXMP já conta com uma comunidade de 1.500 profissionais, capacitando e treinando, até o momento, mil mulheres negras, além de engajar mais de 20 mil pessoas. A ideia é a de preparar profissionais que possam se tornar líderes, protagonizando o mercado digital e criativo.

Conheça mais sobre o cenário atual e as linhas de ação da UX para Minas Pretas pelo notion e siga os perfis do Linkedin e Instagram.

As mulheres negras que empreendem ? Existe diferença entre as mulheres, além da condição social ? Independente da cor da pele, são todas iguais. O que atrapalha o progresso das mulheres de todas os tons de pele, reside na não votação das reformas estruturantes que a sociedade brasileira carece e clama. São as narrativas disseminadas criminosamente pelos que se alimentam do caos, mulheres de todas as etnias, assim como homens de todas etnias, são hoje reféns, dessa irresponsável tentativa de construção mentirosa de um mundo dividido.

Na minha opinião mulher é mulher independente da cor, aliás cor não define competência, inteligência e principalmente escolhas! Ser é muito mais do que esteriótipos, uma cor não define quem sou!

rogerio soares soares

Eletricista industrial | CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos

3 a

É cara amiga Karen Santos. Ser Empreendor ou Empreendedora , no Brasil é um sonho . Muitos iniciam , um Empreendimento sem muito conhecimento do trabalho. Trabalham de 16 a 20 horas por dia , depois de muita lutas e suor desistem ou simplemente fecham. Por vários motivos justos , as mulheres em sua grande maioria , como os homens também. Considerando , que os bancos privados , não gostam de colocarem dinheiro , sem retorno e garantias. Os Empreendedores não disponilizam desta , aí fica mais difícil , se manterem no mercado. Um dia , quando os nossos Gestores Públicos , pararem de pensar , só em seus colegas , amigos e parentes . E parem de encher , os gabinetes de Assessores Politicos , que são" Empregos Públicos Temporários ". E cada quatro anos são renovados os seus Mandatos e os Contratados dos Gabinetes. Que são pagos com o Dinheiro Público de nossos Impostos. A situação dos Empreendedores ficará a mesma. Um forte abraço amiga Karen Santos.

Francisco Bezerra

Assessor de Investimento | AI - Sócio Agnus Investimentos | XP Investimentos.

3 a

A pauta direciona para um problema relacionado ao empreendedorismo feminino de mulheres negras, porém é inegável que falta investimentos, falta de qualificação e treinamento, falta de crédito e etc atinge a todos que ocupa a base da piramide social e se aventura a empreender por necessidade, em nossos municípios. É necessário que os governos abandonem a visão holística que mantém sobre os comércios informais, que os vêm apenas como pobre coitados, é deem a estes empreendedores a oportunidade de se qualificarem e mostrarem seus talentos, a possibilidade real de ascensão na pirâmide social, gerando empregos, renda, contribuindo para a arrecadação aos cofres públicos, transformando-os em empresários de sucesso, fomentando a economia territorial. Há muitas pedras que precisam ser lapidadas, para isso precisam de apoio estatal, através de uma política real de inclusão, atendendo assim a todos os que têm potencial, mas estão a margem do sistema econômico e social. A pouco tempo publiquei artigo que aborda justamente este tipo de empreendedor, a quem interessar: nucleodoconhecimento.com.br/administracao/fomento-ao-empreendedorismo

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