NÃO CONSEGUI SEGUIR A MULTIDÃO, LAMENTO!

Em 2018 quando entrava para a primeira agência criativa de design " ENAKELA " carregava comigo as habilidades de design gráfico muito voltado para a publicidade de eventos.

Passavam os dias e eu começava a aprender com o meu Diretor Criativo que na época era o Alírio Gomes . Ele falava sobre design limpo e minimalista. Fazendo menção também sobre como devíamos passar a encarar o branding como sistema e não apenas uma mera concepção que deverá ser usada para identificação de marcas.

Estudava muito sobre os princípios do design, as inúmeras leis que regiam a criatividade e enfatizam a funcionalidade do design. Apegava-me aos ensinamentos que consumiam de Moholly-Naggy, Umberto Eco, Kimberly Elam, João Gomes e vários outros missionários do design.

Na procura de crescimento alinhado aos ganhos financeiros daquilo que podia representar o meu crescimento profissional, abracei novos desafios mas assente nas bases sólidas do conhecimento que me conduziam.

Passavam-se os meses e eu fazia sempre questão de assinar com criatividades as peças gráficas que elaborava com delicadeza nas demais empresas com as quais colaborava.

Há dada altura durante o meu trajeto notava que quanto mais usava o conceito "menos é mais", mais eu me perguntava se fazia realmente sentido ser minimalista e criativo com quase todas as peças gráficas?

Há medida que o tempo passava, esta pergunta era respondida pelo feedback que obtinha de quem acompanhasse os meus trabalhos. Percebia que fazia realmente ser minimalista pois isto além de representar a minha assinatura criativa, demonstrava a minha organização com informações que o briefing me fornecia.

O que acabei percebendo é que eu realmente não seguia a multidão, o processo de concepção e resultado final das peças a que estivesse envolvido sempre se demonstravam criativas e simples.

Está tudo bem seguir a multidão, mas me conhecer permitiu que eu não o fizesse. E talvez siga um grupo de pessoas cujas as ideologias estivessem alinhadas com as minhas.