Não devíamos Votar Saúde
Não devíamos “votar saúde”?
Na minha já longa cidadania quase sempre votei. Não exerci este direito, quero chamar de obrigação ou responsabilidade, por ter estado no estrangeiro.
Votei no fim de semana passado, em Vila Real de Santo António. Antecipei o voto. Faço-o habitualmente em Lisboa. Felizmente o dia estava solarengo pela hora do almoço. Pensei, vamos pelas 13h ..vai estar mais quentinho. A temperatura pela manhã seria de uns revigorantes 4º…boa para os ossos. Chegamos…a fila percorria a praça…umas 50/ 60 pessoas no exterior…mais de 90m de espera, só para chegar à porta. Mais uns 10/15 minutos no interior. Ou seja, quase 120m para votar e de pé…e eu que sou “novo”…o que terão de ter aguentado aqueles democratas não tão novos.
O excelente Eduardo Cabrita, nosso excelso Ministro da Administração Interna, também votou no passado fim de semana. Levou com duas 2h de espera e disse que tudo correu bem….são apenas necessários alguns acertos…diz ele….eloquente, visionário, estratega, estadista…
Mas chegamos à véspera das eleições, no período mais grave desta pandemia, muitos de nós quase enjaulados desde Março, mas com uma certeza: as eleições presidenciais são no início de 2021. Esta seria das poucas certezas que os nossos governantes, políticos, assessores tinham…as eleições presidências de Janeiro.
Passa Março, Abril…mal ou bem vamos passando com alguma distinção pela crise…o tal “milagre português”. Costa, Marta y sus muchachos (em que incluo Marcelo, talvez seja o Woodstock do Charlie Brown e agora da Mr Door) enchem o seu peito de orgulho…as nossas políticas dominaram o vírus. Setembro, Outubro, Novembro…ai parece que não o dominaram mesmo.
Outra certeza deviam ter: as aulas recomeçam em Setembro. Mas, estrategicamente, nada fizeram com este dado. Nada prepararam, nada de Magalhães, nada de nada…
Para além de críticas que podem e devem ser feitas por estas 10 meses de gestão de crise, entra-se em Janeiro, 11º mês da crise, com uma certeza: há eleições. Há que defender a democracia,
Em plena crise, no seu momento mais preocupante (mas parece que para a semana ainda será pior) , repetindo-me, mantemos as eleições. Ninguém, de todos os iluminados que nos governam (e mais alguns) , pensou que o melhor seria mesmo adiá-las, arranjar um modelo diferente de podermos votar…
Quase me apetece dizer: Vote Saúde…não vá votar (ideia retirada do meu bom amigo, Zezé para alguns, para outros José Pimentel Teixeira.
Infelizmente quase tenha a certeza que alguns (ou todos) desprovidos de Baton vão amanhã dizer que sim, eu voto. E outros tantos negacionistas e irresponsáveis vão estar presente.
Por fim, uma homenagem ao Vitorino Silva, Tino de Rãs. Avisadamente preferiu parar a campanha de rua.
Agora vou ver o Sporting.
Já agora, sabem quem é o Eduardo Nelson da Costa Baptista? Será que ele Votou Saúde? Ou é inépcia da Comissão Nacional de Eleições?