Não faça negócios para os seus amigos

A menos que eles sejam seu público

Fazer negócios para os amigos é um clássico. Afinal, é natural que identifiquemos mais rapidamente as necessidades de uma centena de rostos familiares, do que de uma multidão desconhecida. Eu, você, todos nós, de um jeito ou de outro, fazemos isso diariamente.

Muitos projetos e negócios frutíferos saem dessa percepção. A rede que construímos desde que nascemos está mais aberta e receptiva para te ver e ouvir. Porém, chega a um ponto que ela também pode ser seu limitante.

Já ouvi muita gente dizendo que o "empreendedorismo" é o novo "ter uma banda". Quando olhamos de perto, para muitos é exatamente isso. O que nos leva mais a trabalhar para aparecer – os clássicos caçadores de views e likes – do que para faturar e transformar. Entretanto, já é perceptível que essa crise econômica que vivemos deu uma acordada em muita gente que achava que veio ao mundo a passeio.

Entrei 2017 com uma meta que confirma o que disse no título. Criei uma marca, estou estruturando um negócio beta cujo objetivo é funcionar sem auxílio da rede pessoal. Se consigo? Não sei. Mas tenho a impressão que fazer projetos e negócios longe dos olhos conhecidos dá uma certa liberdade. Especialmente para quem está disposto a errar bastante para acertar mais.

Sem falar que é um desafio imenso pescar pessoas nesse imenso mar de gente ao nosso redor. Tente também. Tenha certeza que, se tudo der certo, você poderá fazer ainda mais amigos. Não limite seu mundo pelos conhecidos. Faça por aqueles que você ainda irá conhecer.