Não a longo Prazo
(Fonte: Funiber: Mestrado em Gestão do Conhecimento)
“Uma descontinuidade no tempo Hoje, vivemos em uma época em que as carreiras profissionais são substituídas por empregos em instituições pós-fordistas que não têm, elas mesmas, durabilidade.
No mundo do trabalho, estar no filo dirigente significa cumprir o lema “não a longo prazo”.
A escala da mudança que está ocorrendo fica ilustrada pelos seguintes dados, procedentes do Reino Unido: Estima-se que uma pessoa jovem, homem ou mulher, com uma educação universitária de pelo menos dois anos, trocará de chefe, pelo menos, dez vezes no curso de sua vida profissional.
Isto representa uma mudança a cada quatro anos. Por acréscimo, as habilidades que esta pessoa porá em jogo estima-se, mudarão, pelo menos, três vezes.
Concretamente, se alguém se formou para ser engenheiro aos 25 anos, é quase seguro que à idade de 45 anos não usará já essa formação em engenharia. Pode-se observar a mesma coisa na Medicina, em que este fenômeno é conhecido como “a degradação do talento” De modo que se introduziu uma espécie de crise no mundo do trabalho, combinando a rápida mudança no emprego com a degradação do talento. Em consequência, as pessoas se encontram continuamente em situação de serem deslocadas.
Pelo momento, este fenômeno é mais pronunciado no Reino Unido e nos Estados Unidos do que na França ou na Alemanha, ainda que a Europa continental esteja começando a mostrar alguns dos sintomas.
O que é que ocorre nas vidas dessas pessoas sob estas condições de rápida mudança no emprego e de degradação do talento? Em sua forma mais extrema, à medida que a experiência de trabalho de alguém se acumula, tende também a perder valor.
Ou seja, no processo de maturação, a experiência de trabalho se degrada em termos de valor. As habilidades das pessoas são deslocadas e perdem a noção ligada à carreira profissional no sentido de um reforço acumulativo de direção profissional.
O problema afeta principalmente a classe média e os níveis mais altos da classe operária. As condições são completamente diferentes entre a elite.
Sem dúvida, sob as condições do capitalismo flexível, há uma crescente disparidade entre a capacidade de beneficiar-se por parte dos indivíduos de alta classe e o sentimento de perda a marcar as vidas daqueles que estão abaixo na hierarquia.”
( Fonte: Funiber , Master em Gestão do Conhecimento )