Não tem "hora certa" pra se reinventar!

Eu nunca fui o tipo de pessoa acomodada, que esperava a oportunidade bater à porta.

Não venho de escolas renomadas, não tenho sobrenome influente e nunca tive nenhum “padrinho” para facilitar o meu caminho e crescimento.

Sempre falei e reforço sobre esforço e recompensa. Sempre acreditei que, se dependesse só do meu empenho, "já seria/era algo realizado"!

O CEO de uma das empresas que trabalhei foi uma inspiração, pois além de reforçar essa crença, ele era o maior referencial de esforço + dedicação = sucesso.  Sou muito grata por tudo que aprendi com ele. - Nós somos o limite para nós mesmos.

Há poucos dias atrás, estava ouvindo uma palestra e a frase que que mais me marcou foi:

“ Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo. ”

 E a conclusão é que o nosso cérebro acredita no que falamos para ele!

E ao ouvir as pessoas, eu ficava feliz em saber que havia admiração pela minha história e carreira, mas eu sentia que precisava me reinventar!

Tinha muita coisa acontecendo ao meu redor, na comunidade RH e eu não conseguia acompanhar. Porque quando você decide ser o melhor naquilo que você está fazendo, você realmente fica bom, mas existe um cuidado que é importante a gente ter “tem muita coisa acontecendo lá fora, não se deixe consumir pela sua falta de tempo e esteja SEMPRE atualizado”.

Ao olhar pra tudo que aprendi nesses 6 meses, me mostra um futuro diferente para o RH, um futuro próximo e real.

Um futuro, onde nossas percepções e opiniões serão válidas e bem-vindas, mas quando bem fundamentadas e estruturadas com dados, com People Analytics, Inteligência Artificial, Machine Learning, tanta coisa inovadora que hoje também está inserido em ferramentas, processos, plataformas e recursos para o RH.

O que antes se levava dias para produzir, a máquina entrega em segundos!

- Ei, está tudo bem!  Essas máquinas aprendem mais e em menos tempo que a gente... Adeus para o trabalho operacional.

E não tem que ser uma ameaça. Pelo contrário!

Precisa ser um PEDIDO nosso, todo dia: automatizar processos e liberar nosso tempo para falarmos com o negócio, para trabalhar o desenvolvimento das pessoas de maneira genuína.

Para ouvir atentamente os colaboradores, para embasar e pensar em saúde e qualidade de vida no trabalho, ações e programas que sejam maiores que apenas entregar uma fruta no intervalo de lanche do trabalho.

O mundo mudou, a forma como as pessoas enxergam o trabalho mudou, o RH não pode continuar sendo o mesmo RH tradicional de 100 anos atrás.

No ano passado tive a honra de palestrar em Ponta Grossa (PR) e falar com RHs dessa região, sobre as 10 tendências globais de RH.

Eu sei que o RH nunca (quase nunca) tem grana para investir, mas acredite: tudo é muito mais real e factível do que a maioria das pessoas imaginam.

Quando olhei além, vi que era possível contribuir com várias outras "Dayannas" que viviam situações semelhantes a que vivi, fez muito sentido estar aqui.

Me desapeguei de status e me reinventei! Corri atrás para descobrir e conhecer tudo que está rolando nesse novo universo.

Hoje eu posso ajudar o RH a se empoderar, a se desapegar do trabalho burocrático (dá para terceirizar a tarefa chata), ajudar o RH ter tempo para fazer o que nos dá “tesão”, que é ser , ouvido, consultando e mais que isso, convidado a ocupar o lugar de Parceiro e deixar de ser a convencional área de apoio.

Queria compartilhar três dicas que fizeram muito sentido para minha tomada de decisão sobre me reinventar:

- Se atualize e se envolva com temas relacionados a sua carreira (não seja superficial, precisa ter conteúdo);

- Seja corajoso;

- Só depende de você!

Seja coerente e responsável, pois decidir mudar é um direito seu. Deixar um legado é sua responsabilidade. Se preocupe em fazer uma transição ou mudança, ciente dos prós e contras. (Como você quer ser lembrado?)

Faça uma lista dos benefícios e desvantagens de permanecer - E faça o mesmo, para a nova oportunidade.

Envolva pessoas de sua confiança para essa tomada de decisão.

Não seja imaturo a ponto de chutar o balde e arriscar sem ter perspectivas e um planejamento claro do que você busca para sua vida e carreira.

E aí, fez sentido pra você ? Algum RH aí já passou por isso?

Tem alguém que deseja ter mais tempo livre para contribuir com todo seu potencial e conhecimento fazendo a parte mais “gostosa de ser um RH”?