Nasce um Filho, Nasce um Pai
Quando nasce um filho, nasce também um pai. A paternidade, longe de ser uma habilidade inata e, diferente do genitor, surge no momento em que um homem toma para si um filho e o assume.
Ser pai é um processo que se desenvolve a partir das experiências compartilhadas com uma outra pessoa, em meio a alegrias, tristezas, erros e acertos. É uma jornada que molda o caráter e vai permitindo a transformação da própria vida, tornando-o um guia, um mentor.
Isaquias Queiroz, um dos maiores atletas do Brasil, exemplifica isso de maneira única. Em sua jornada, marcada por conquistas e desafios, a partir da observação de um amigo (a importância da orientação externa para nosso processo de avaliar os fatos sob outras perspectivas), desistiu de trocar sua medalha olímpica, que representa anos de esforço e dedicação, por um momento único e inusitado com seu filho, ressignificando a quebra do objeto. Esse gesto revela o que realmente importa: a alegria de ter a presença e o vínculo entre pai e filho, que vão muito além dos ganhos materiais representados pelas medalhas e troféus e que podem se desfazer com o tempo.
Quero aqui abrir um parênteses e chamar atenção sobre um ponto importante: a depender da forma (intensidade, qualidade e duração) da repreensão de um pai em um filho em situações como essas, por danos não voluntários em objetos de desejo, as repercussões podem ser mais ou menos reparadas emocionalmente (o que chamamos de trauma). Em algumas situações isso se consolida só sendo percebido na idade adulta.
A paternidade, assim, não se deve ser medida pelas conquistas materiais per si, mas pela experiência e profundidade das relações que vão sendo construídas, ressignificadas através dos diálogos francos e pelo impacto que um pai tem na vida de seus filhos.
No entanto, quando a relação entre pais e filhos é marcada por uma dependência emocional excessiva, por medo de verem seus filhos crescerem emocionalmente ou, por outro lado, por violências ou afastamentos traumáticos, ela pode sufocar a capacidade desses conquistarem sua independência, de “irem” para a vida, concretizarem seus sonhos e realizarem seus objetivos. Quantos adolescentes e jovens adultos afirmam ter ideias, planos e projetos, mas acabam deixando-os guardados na gaveta, vivendo em círculos?
Medo do fracasso, da perfeição, de não conseguir se sustentar sozinho, sentir-se cobrado demais....para uns, as inúmeras escolhas geram angústia. Para outros, a ausência de escolha, os mantem isolados, paralisados. No mercado de trabalho, local onde projetamos nos colegas de trabalho e lideranças nossas relações com pai e mãe, acolhemos esses jovens carentes de “força de execução”.
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Quando isso ocorre, é fundamental apoiá-los nesse processo por meio de suporte terapêutico e conversas estruturadas, estabelecendo limites claros para que os papéis (líder e liderado) não se confundam e ambos possam crescer como pessoas nessa relação.
Segundo uma pesquisa da Revista Crescer, os maiores desejos dos pais para seus filhos incluem a saúde, a felicidade, a realização pessoal e profissional, e que eles encontrem seus próprios caminhos na vida. Mas, estou certa de que, para que esses desejos se tornem realidade, é necessário que os pais estejam presentes, oferecendo as experiências e oportunidades necessárias para que seus filhos se tornem adultos capazes de fazer escolhas saudáveis e trilhar um caminho de sucesso e realização.
Neste Dia dos Pais, fica a reflexão: de que forma você, PAI, tem se tornado um presente PRESENTE para que seu filho tenha as experiências e oportunidades de vida necessárias para ser um adulto que possa fazer escolhas saudáveis e encontrar, em sua carreira, desafios que o impulsionem para um caminho de sucesso e realização?
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Referências:
Organizações de Alta Confiabilidade - HRO | Interoperabilidade na Saúde | Cultura de Segurança | Segurança do Paciente | Saúde Digital | IA | Linkedin Creator
4 mAna Paula Teixeira é uma boa reflexão, o presente é estar presente