Netflix: como as sinopses ruins desestimulam a escolha
Não dá mais para imaginarmos um mundo sem plataformas de streaming, né?! A possibilidade de assistir a séries, a filmes, a reality shows e a documentários onde e quando a gente quiser, independentemente de programação, transformou a nossa forma de consumir informação.
A Netflix, maior e mais poderosa provedora global desse tipo de serviço, oferece uma variedade gigantesca de séries e filmes, muitos produzidos pela companhia. É inegável a excelente estratégia de marketing da marca, sobretudo a digital, em que domina com personalidade e expressividade as redes sociais. O tom de voz é incrível e o timing é perfeito. A empresa publica e responde com consistência e muita autenticidade.
Embora a comunicação da Netflix seja muito eficiente em vários canais, eu acho que há um pouco de ruído dentro na própria plataforma. No catálogo, tem opção para todos os gostos e é muito bom descobrir novidades, porém, a sinopse não colabora.
Toda série e filme tem um resumo que deveria nos instigar a assisti-los, mas não acho que a redação dessa sinopse cumpra o papel. Já passei horas procurando algo para ver e nada prendeu minha atenção porque o texto não me convencia. Pelo contrário: acabava por me repelir.
Com a inserção dos trailers, a dificuldade de escolher pode ter diminuído um pouco porque os estímulos visuais e auditivos são infinitamente mais atraentes. Só que, para mim, a sinopse importa muito. Confesso que nunca escolhi um filme pela descrição porque ela destoa da forma maravilhosa pela qual a Netflix se comunica.
Se é falta de cuidado ou se há uma intenção por trás disso — apesar de eu não conseguir enxergar qual seria —, não sei. O fato é que eu fico superincomodada com as sinopses que poderiam vender infinitamente melhor o produto. Eu sempre acabo assistindo ao que me indicam, em vez de ser convencida pela própria Netflix.
Está aí mais uma prova da importância de um conteúdo bem construído para o melhor uso de um serviço. Certamente, eu não sou a única a ficar insatisfeita com a escrita desleixada das sinopses. Se a Netflix as elaborasse melhor, conquistaria mais pessoas que ficam vagando por horas a fio em busca do que assistir. Mais uma vez, para oferecermos a melhor experiência para o usuário, a minúcia do conteúdo, — de qualidade, por favor — , é essencial.
UX Writer | Conversational designer
5 aNão é, Bruno Salim Alcantara Fonseca? Até parece proposital, mas pode ser descaso. Já é um problemão a gente não saber definir. Thanks! 😉
Especialista em Mídia e Performance
5 aTem umas que parecem ruins de propósito de tão fraquinhas... Ótimo texto, Ana Beatriz Miranda!