Netflix e sua escolha pelo meio offline como estratégia de divulgação
Todos conhecem a Netflix, certo? Com mais de 80 milhões de assinantes, o serviço de streaming se tornou uma locadora digital de filmes e séries, que incluem desde produções próprias até grandes clássicos.
O que eu gostaria de comentar é como a empresa usa os meios offline para promover suas séries originais. No começo de setembro, uma série que conquistou milhares de fãs virou notícia de jornal: Narcos. As capas dos jornais Folha de S.Paulo e Estado de São Paulo foram além e fizeram diversas matérias sobre o caso real de Pablo Escobar. Enquanto o Estadão investiu em novos textos, a Folha refez sua reportagem original de 1992 sobre a morte do narcotraficante.
A ação trouxe ainda mais visibilidade para a série que já era aguardada ansiosamente. O mais importante é destacar como uma plataforma completamente online escolheu o meio offline para a ação. Acredito que as duas maiores questões sejam a credibilidade e o impacto. A Netflix encontrou uma forma de impactar o público de maneira diferenciada e que conferisse credibilidade aos assuntos da série (política e tráfico de drogas), considerando-se ainda o fato de serem temas constantes nas manchetes de jornais. A união dos fatores fez com que o meio offline fosse uma escolha muito bem acertada para a divulgação das temporadas da série Narcos, seguindo o que já falei em alguns posts...
Além disso, trabalhar com o meio offline se tornou algo inusitado. Estamos tão acostumados com o meio digital, que, às vezes, não notamos algumas publicidades que passam por nossa timeline e os banners em sites que visitamos. Dessa forma, vejo as ações da Netflix como uma solução que se destaca e cumpre sua missão de entregar a mensagem completa, interessante e criativa. Fora isso, a ação gerou um mega buzz positivo para a marca, afinal, estamos aqui falando sobre ela.