NINGUÉM SUPORTA INJUSTIÇAS
A economia informal é um problema antigo que aflige todos e nem por isso tem a devida atenção de entes públicos. Melhor deixar para lá e não causar polêmica, linha de pensamento generalizada no meio governamental.
Certa vez, quando fui Prefeitinha do Centro da Cidade de Vitória, parti para o enfrentamento contra este grupo organizadíssimo, cuja união foi suficiente para arrefecer todo o empenho despendido para moralizar a atuação da categoria, que ainda hoje ocupa o Centro Histórico de Vitória-ES. Os argumentos protecionistas daqueles a quem caberia a repressão, entre outros, contra os meus, na época, se defendiam, alegando eleições. “Aquele não era o momento”.
E nunca chega o momento.
A invasão de barracas por todos os cantos de grande fluxo, diga-se, está generalizada, visível e incômoda.
Quando reprimidos pelo cidadão comum, dizem os protegidos de sempre terem “licença para o trabalho”.
Os municípios, sem dúvida alguma, exageram na concessão de benefícios a essa categoria despreparada, e esquecem-se, porém, de orientações básicas comportamentais. Ambulante deve locomover-se, circular, migrar de um lugar a outro.
Áreas de grande circulação são por eles invadidas, onde se fixam, sem que condições de trabalho mínimas sejam cobradas por quem de direito, em especial, pela Vigilância Sanitária, quando aplicável ao ramo de atuação dela. A falta de higiene é visível.
A classe empresarial, então, que se vire com a concorrência desleal.
Políticos e políticas, quem os entende?
Observem a foto que diz por si só.