NOSSO INDECOROSO ATRASO SINDICAL

NOSSO INDECOROSO ATRASO SINDICAL

A VERDADE (SEM REBUÇOS) SOBRE O INDECOROSO ATRASO SINDICAL BRASILEIRO

Conheça as reais razões da decadência sindical brasileira. Suas origens e a funesta incorporação de  vícios, mazelas, sinecuras e de rentável balcão de negócios, que os poderes Executivo e Legislativo (e contando com o velado silêncio das entidades maiores do segmento patronal) que, infelizmente e de forma comprovada, não querem e jamais demonstraram interesse político em corrigi-lo.

Lastimavelmente, só quem ainda tem a coragem de vir a público -por não  admitir a continuidade dessa intolerável e descarada conspurcação-  é que prossegue na ingrata e penosa luta contra o atraso sindical de um País que, vergonhosamente, respalda claro desejo de perpetuidade desse jurássico sistema sindical, lesivo aos interesses da sociedade brasileira, por ser produto de uma legislação de mais de 70 anos, parida na era do Estado Novo do ditador Vargas. Como tal, Inteira e diametralmente oposta  ao hodierno das relações do Trabalho do Brasil gigante do século 21!

Afinal, a quem interessa isto? Conheça, em detalhes, o embuste do Governo lulo-petista, provado documentalmente no cotejamento de suas PEC-252/2000 (antes de assumir o Poder) e o da empulhação governamental do PT (PEC-369/2005), aí então já no Poder. Conheça identicamente os motivos pelos quais o patronato resigna-se docilmente aos governantes de turno (saídos justamente do meio sindical e dele catapultados à esfera política), temeroso de ainda maiores e mais devastadores abocanhamentos no seu “Sistema S”. Aliás, este é outro capítulo profundamente nebuloso que nem o setor patronal ou do lado governista demonstram interesse em detalhá-lo à sociedade. Do governo do PT, compreende-se (e como!) esse desinteresse... Mas não da parte do setor patronal, de vez que suas diversas entidades (Senai, Sesi, Sesc, Senac e outras) contribuem decisivamente para o aprimoramento profissional do trabalhador brasileiro. Mas o governo do PT quer ardentemente a estatização de um sistema (que funciona) para, apoderar-se da verba recolhida pelas empresas (por meio de uma contribuição paga pelas empresas e incidente na folha salarial) e que é revertida em serviços destinados à  educação profissional e atividades sociais dos trabalhadores.

Enfim, querem vincular o Sistema S ao esquálido sistema educacional público (cujo nível e qualidade todos nós conhecemos de sobejo...). Claramente, o interesse governamental petista não é pelo aperfeiçoamento técnico-profissional do sistema, mas claramente pelos valores nele envolvidos. Trata-se de manobra que, ao invés de ser mantida sob reserva  pelos órgãos patronais, deveria ser do amplo domínio público, especialmente da camada populacional servida pelo conceituado sistema. E a grande mídia passa ao largo disso. Lastimavelmente!

 É derivada dessa inércia, que as entidades dirigentes do Sistema S, representadas pelas federações patronais estaduais e respectivas confederações nacionais, preferem se omitir a bater de frente com o governo do PT, contribuindo para a debilidade ainda maior do  sistema sindical brasileiro. Como tal, contrariando o real interesse público. Afinal, são os agentes da sociedade (pessoas físicas e empresas) que recolhem a contribuição sindical obrigatória e aos quais não lhes é dado o direito de exigir não só a revitalização e modernidade do sistema sindical brasileiro, mas –e o que é muito pior- a sua moralização e remissão ética de um sindicalismo viciado..

Isto tudo (e muito mais) está contado em meus dois livros (O sindicalismo brasileiro clama por socorro eS.O.S.SindicalPT, ambos editados pela LTr, a mais tradicional e reputada editora nacional especializada em temas versando sobre Trabalho e Sindicalismo, além de dezenas  artigos e da palestra redentora Evolução institucional e financeira da moderna representação sindical patronal, que vai direto ao ponto da redenção de um sistema falido, isto é, o real e efetivo alcance do  associativismo. E em liguagem e prática de como fazê-lo de forma extremamente didática, ao contrário de muitos que minimizam o tema tratando o incremento do associativismo com base em meros e até risíveis  processos lúdicos... Francamente!

Senhores dirigentes das entidades sindicais brasileiras, antecipem-se às transformações que serão ditadas cada vez mais pela crise de identidade (e com ela a crescente robusta inadimplência) dependendo exclusivamente da contribuição compulsória. Como tal, não fiquem mais mais a reboque de um  sistema sindical viciado e indecoroso, mas no da vanguarda!

 

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