Nossos E S P A Ç O S  e  a Pandemia no Brasil

Nossos E S P A Ç O S e a Pandemia no Brasil

A pandemia nos trouxe uma necessidade de vivenciar o digital cada vez mais, nos obrigando a sair de nossa zona de conforto e ocupar espaços que antes, muitas vezes, nem imaginávamos que ocuparíamos.

"Ah, o LinkedIn é local de fala para grandes empresários, CEOs, Heads, Líderes, Doutores, Professores e Especialistas, não é local para mim!"

Não? Será mesmo? Onde, então, seria o melhor local para você compartilhar todo conhecimento dos milhares de cursos e Lives estudados neste momento e ao longo de sua vida? Onde mais você poderia falar sobre suas conquistas, opiniões sobre suas experiências em entrevistas e ambientes de trabalho, positivas e negativas, sobre suas expectativas futuras em sua carreira?

"Ah, mas o Instagram é para Influencers! O Youtube é para "blogueiros"! Essas pessoas nasceram para isso...eu não!"

Será mesmos que não somos agentes nesses espaços? A pandemia veio e nos fez questionar nossos locais de fala e presença.

A necessidade de se estar no digital tem feito muitas pessoas e negócios se reinventarem.

Falando um pouco sobre negócios, vejo MUITOS perdendo oportunidades, principalmente em cumprir seu papel neste período tão difícil, fazendo com que seus colaboradores fiquem em casa e ainda sim gerem receitas.

Eu sou a favor de um lockdown e, como quase tudo no Brasil, isso diz muito sobre o meu posicionamento político, afinal, embora recentemente o Arthur Lira tenha solicitado a DESPOLITIZAÇÃO da pandemia, sinceramente, a esta altura do campeonato, não tem como isso ocorrer. E, sim, este detalhe é um tanto quanto polêmico, que até já me fez deixar de seguir empresas e CEOs renomados por, além de deixar claro seu posicionamento contrário por palavras e atitudes, não souberam escutar e aceitar respeitosamente comentários e apontamentos contrários.

Acredito, sobretudo, que a pandemia e a forma como lidamos com esta diz muito sobre nós, nossa cultura e sociedade e como nos organizamos. Muito se fala sobre as questões sociais e diferenças de classe, mas pouco se fala em soluções práticas para melhor lidarmos com isso. Mas vamos por etapas, já que este é um assunto que nos rende um livro.

Primeiro, queria citar que muitas vezes terceirizamos todas as responsabilidades aos órgãos públicos e pouco - ou nada - fazemos. Sim, temos um grande e grave problema com a nossa autorresponsabilidade como seres sociais integrantes de uma comunidade.

Sobre essa necessidade de uma ilusão em se ter uma grande figura pública que irá salvar toda a Pátria e ser um herói, gostaria de deixar aqui um vídeo sobre demandar presença que tem bastante referência e contexto para você se informar melhor e tirar suas conclusões.

Bom, voltando as nossas responsabilidades, neste enfrentamento, é mais do que comprovado a necessidade de um isolamento social, o qual tem prejudicado principalmente a população com maior vulnerabilidade social.

Vamos aos fatos: se eu tenho um colaborador, seja em minha empresa ou residência, que mora em uma região periférica, a primeira etapa é explicar a ele e informar a necessidade de ficar em casa, cumprindo isolamento - conhecimento é a base.

Segundo ponto, é fornecer condições mínimas a ele para isso - "ah, mas é minha responsabilidade isso?" Sim! você o contratou e neste momento ele precisa de você como ser social. Neste passo, devemos conversar para conhecer melhor e entender as necessidades dele; muitos não tem saneamento básico, não tem água para lavar as mãos e fazer a higienização correta minimamente, o que dirá higienizar tudo que entra em sua casa. Vale aqui entender a situação e buscar soluções práticas e rápidas para isso, talvez neste momento seja mais colaborativo você enviar cestas básicas de alimentação, limpeza e higiene incluindo galões de água e botijão de gás do que depositar o salário - ou parte dele - na conta deste colaborador.

Quando digo isso, escuto muito "ah, mas o que a pessoa vai me fornecer se não a mão de obra? Vai ficar me devendo sempre!" Primeira coisa sobre isso: precisamos excluir esse pensamento escravista de que eu, como empregador, tenho sempre que ganhar e lucrar em cima do colaborador e passar a enxergar nosso espaço quanto seres sociais; a questão da empatia é muito mais sobre a prática do que discursos, é você entender que essa pessoa é importante para você enquanto pessoa e que deve estar saudável, com vida e segura e como empregador, estando em uma outra faixa de classificação social, com melhores condições, mesmo que minimante - visto que estamos falando de empregadores em todos os níveis - devemos fornecer todo auxilio e apoio. Outra coisa que gosto de citar como exemplo nestes momentos é: você já parou para pensar que temos uma grande oportunidade se agirmos assim, inclusive de novos negócios?

Pois é, você leu bem OPORTUNIDADE de novos negócios, com grande possibilidade de escala. Ainda não conseguiu entender nas entrelinhas? Então vou falar diretamente. Vamos para um exemplo básico de uma categoria que tem sofrido bastante com os impactos do isolamento social e grande parte desta vive em condições de vulnerabilidade social: EMPREGADOS DOMÉSTICOS (faxineiras, babás, motoristas, cozinheiras, passadeiras,...todos) Se eu tenho uma faxineira - mensalista ou não -, neste momento da pandemia não quero que ela venha até minha casa, visando a segurança dela e minha. Eu paro de pagar seu salário? Infelizmente essa tem sido a decisão de muitos empregadores, partindo do pensamento "se ela não limpa, não ganha" Você acredita que esta pessoa fará o isolamento? obviamente não. Então, qual solução? bom, seguir o "protocolo" acima. "Mas eu vou entender o que ela precisa e, talvez, eu envie cestas e produtos, investindo dinheiro nela e não vou ganhar nada?" Duas coisas para você:

  1. Você vai doar cestas básicas e dinheiro para instituições a nível Brasil porque você é solidário e pensa no outro mas não pode fazer o mesmo por quem trabalha para você? Reflita.
  2. Você já pensou que este seu colaborador pode te enviar vídeos, via Whatsapp mesmo, lhe ensinando e explicando o passo a passo da execução eficiente de sua atividade para que você mesmo possa fazer e otimizar pois você terá recebido dicas que facilitarão este processo e ele ainda sim estaria trabalhando para você. E mais, que este conteúdo todo pode ser organizado e vocês, conjuntamente, podem montar um infoproduto desta área?

Pois é! Aí que está o tal do "pulo do gato". As pessoas ainda não entenderam sua autorresponsabilidade, como suas atitudes impactam e afetam todos a sua volta, o verdadeiro significado de empatia, as oportunidades reais da pandemia em ocuparmos o nosso espaço digital que é para todos!

E, se você trabalha no exemplo citado - ou conhece alguém - corre para montar seu infoproduto sozinho e fazer o lançamento! Não perca mais tempo! Aproveite seu espaço agora!

Como não seria eu sem fazer um citação, para finalizar vou citar o meu mentor querido (e vou marcar o Instagram dele aqui para quem quiser saber mais - e sim! também farei, em breve, um artigo aqui sobre o quanto o trabalho dele me auxiliou e beneficiou, acompanhem e aguardem).

"Se não VOCÊ, quem? Se não AGORA, quando?" - Joel Jota


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