NOSTALGIA “HORÁRIO NOBRE”
Com toda a surpreendente ascensão do meio digital nos últimos anos, é incrível ver a transformação na comunicação do varejo.
As gerações atuais não presenciaram a força da TV aberta, do jornal/revista e rádio na estratégia de marketing do varejo para chegar até os consumidores.
Eu me recordo do meu primeiro desafio profissional na área de marketing no Grupo da Casa Fortaleza, da Família Makul. O grupo tinha 4 marcas e mais de 30 lojas espalhadas pelo Brasil vendendo carpetes, tapetes, cortinas e tecidos para decoração.
Como todo varejo, a comunicação estava atrelada a promoções e ofertas, e os principais canais de comunicação eram TV e jornal.
A rapidez e as condições comerciais eram os fatores críticos de sucesso. E a presença do garoto propaganda era uma força e também muito comum na época – no caso da Casa Fortaleza era o Fúlvio Stefanini. A inovação na chamada com “É só até sábado” criada pela agência SN Publicidade foi amplamente difundida e utilizada desde então.
Incrível como a comunicação evoluiu, e hoje, garotos propaganda ainda são utilizados e têm sua força, mas com outro dinamismo e flexibilidade. Antes eram atores ou modelos criando um personagem, agora são as personalidades atuais que possuem total sinergia e sintonia com a marca. E na era digital agora temos os “influenciadores”, com força total em substituição ao tradicional trabalho que era desenvolvido por Assessorias de Imprensa. Novos canais com novo modelo de comunicação, contratação e investimento.
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Tudo isso muito evidente nas campanhas atuais. Uma que me chamou bastante atenção foi do Mc Donald´s a “Mequizice” que utiliza diversas personalidades com seu item preferido em campanha de relógios aqui em São Paulo.
E vem uma nostalgia de assistir o Fantástico no domingo, para conhecer as novas campanhas publicitárias – era muito comum fazer o lançamento nesse programa. Para se atualizar também outra alternativa era assistir a “Novela da Globo das 8” – sim antes era às 8 horas ou o break do “Jornal Nacional” antes da novela: o famoso “horário nobre” da televisão. A revista Veja e os jornais de grande circulação também eram referências na identificação dos grandes anunciantes. Ah e os merchandisings eram totalmente explícitos.
Hoje, presença digital , canais e APPs (aplicativos) cresceram com tanta aceleração e criatividade que, pelo menos para mim, torna-se muito difícil de acompanhar. Na palma das mãos na telinha do seu celular tudo está disponível.
Nessa nova realidade, para se atualizar só mesmo dando um google, lendo publicação ou sites do meio ou participando de comunidades afins.
Com a estratégia de comunicação cada vez mais segmentada, cada um é impactado somente com os produtos e serviços que estão focados no “target” – o perfil desejado que é identificado por todas as movimentações e exposições na utilização de cartões específicos, cadastramento em lojas/portais de interesse e navegação na internet: mais complexidade com maior assertividade e rapidez.
Para quem adora propaganda como eu, a atualização ficou mais complexa e desafiadora em acompanhar toda a movimentação dos grandes anunciantes. Entretanto, por outro lado, incentiva a busca e desperta o interesse cada vez maior pela nova estratégia de comunicação onde o digital, individual, personalizado atrai com grande peso de fidelização, estreitando a relação com as marcas/empresas através de um diálogo construtivo... Com uma ressalva para as empresas que estão utilizando o computador de forma ampla, irrestrita, substitutiva e não complementar – eu não sei com relação à você, mas eu ainda acredito sempre no equilíbrio.
Sócia Administradora na Usina de Vendas Distribution as a Service
3 aCreio que nem seja nostalgia! Nossa geração tem esse privilégio de ter vivenciado o antes e a transformação até hoje, sem ter ficado presa no passado. Acho muito rico!!! Ainda tem muito por vir…
Jornalista com experiência nas áreas adiministrativa, de atendimento, edição, revisão, traduções
3 a👏👏👏👏muito bem lembrado ! Adorei a nostalgia e a análise!