Novos horizontes
Após se livrar de velhos costumes, deve-se olhar para frente.
O Arquiteto, mais do que qualquer outra profissão, é visionário. Ele sempre se coloca olhando para frente, para o futuro. Ao visitar um terreno, já imagina uma nova e bela construção, da folha em branco, já se pensa em um objeto, um edifício ou até mesmo alguma ilustração. Preocupa-se com novas tendências, novas tecnologias, novos materiais, inclusive com uma nova sociedade. Afinal de contas, tudo isso impactará diretamente ou indiretamente na sua prática profissional, pois uma edificação é resultado de sua época e precisa estar preparado para as mudanças que ocorrerão.
Por outro lado, o arquiteto, como pensador, como atuante, muitas vezes ainda está preso ao passado. Não revisitando-o para aprender e aperfeiçoar, mas como atuante baseado em velhas práticas. Sua maneira em interagir com o cliente, sua metodologia de trabalho, ou até mesmo, seu foco ainda remonta o século passado. Ainda se enxerga a arquitetura como objeto de luxo e, nesse instante, concordando com Ricardo Botelho, eu também odeio o luxo. Uma residência mais do que objeto de status, ou de luxo, é uma casa onde as pessoas habitam. Uma loja, mais do que um santuário do consumo, é um estabelecimento comercial voltado para gerar relações comerciais, empregos e dividendos.
Assim sendo, o arquiteto precisa nesse momento de transformações olhar ao redor e enxergar novos horizontes. Abrir-se aos novos mercados que surgem, mostrar a sociedade de um modo geral que ele possui soluções de todos os tamanhos e preços para qualquer pessoa. Que o mercado não se resume ao eixo São Paulo-Rio, nos shoppings centers de alto padrão, ou nos bairros jardins. Há um mercado maior e mais amplo, desesperado pelo belo, funcional e acessível. Todos, de uma forma ou de outra precisam de Arquitetura e Design.
Certa vez, eu me senti útil quando uma cliente simplesmente exclamou: Nossa como vocês, arquitetos, conseguem soluções belas e simples.
Portanto, acredito que o grande desafio do século XXI , além das questões ambientais e de tantas outras, o arquiteto tem pela frente a grande batalha de democratizar suas habilidades. Ele precisa expor seu trabalho por inteiro ao mundo inteiro.
Lighting Architect | Mingrone Iluminação
7 aIsso mesmo. O arquiteto, antes de mais nada, é um agente transformador! E essa possibilidade de transformação deve ser para todos.