Nunca é tarde para mudar de rota...
Eu quebrei a cabeça sobre que título dar a esse post. E aí não tive dúvidas e abracei um clichê mesmo, sem medo de ser feliz! Confesso que estou gestando esse post há alguns meses mas, por falta de tempo de colocá-lo aqui, fui deixando de lado até quase me esquecer dele.
Ocorre que, na semana passada, acabei sendo impactada por dois conteúdos diferentes na internet e - por conta disso - me bateu a vontade de retomar o fatídico post.
Mas vamos por partes: afinal por que raios eu estou falando em repensar caminhos? Estaria eu mudando de ramo de negócio? Desistiria eu da vida de empreendedora? Fiquei com saudades do mundo corporativo e vou voltar a ser executiva?
Não... nenhuma dessas opções!
Tudo começou há alguns meses quando decidi que voltaria a estudar. Sim, dedicaria parte das minhas noites, finais de semana, horas de sono abandonadas e abraçar livros, pesquisar na internet e voltar a me dedicar a ser aluna novamente.
Por conta da minha rotina sem horários fixos, praticamente uma nômade entre projetos diversos, clientes mundo afora e compromissos pautados por fuso horários diferentes, elegi como forma de estudo plataformas online, assim poderia fazer meu tempo e estudar onde pudesse. Pesquisei, me inscrevi e lá fui eu fazendo os cursos e recebendo meus lindos diplomas (e ainda tenho outros por vir).
Para o choque da maioria das pessoas da minha rede de contatos - eu não estou estudando gestão, administração, marketing ou me aprofundando ainda mais nas disciplinas do marketing digital como era de se esperar. Na verdade, resolvi retomar uma paixão dos tempos de faculdade que deixei adormecida por mais de 15 anos: criação de roteiros de cinema e televisão.
É engraçado porque, quando conto as pessoas, elas automaticamente tentam entender a razão ou fazer alguma relação entre isso e minha empresa e sentem dificuldade em conseguir. E, logo na sequencia, ficam chocadas ao ouvir da minha própria boca que não estou fazendo com nenhuma finalidade de trabalho mas apenas pelo meu prazer pessoal.
Obviamente, eu seria uma grande mentirosa se dissesse que não tenho vontade de usar o curso para nada ou que escrevi roteiros ou fiz materiais pra guardar para mim mesma. É claro que já usei para concursos, expus a colegas de curso a coaches do tema.
Porém, sendo honesta e realista, é praticamente impossível - seja pelo tempo que dedico ou pela própria natureza desse mercado - que algum dos materiais que crio vire algo que será produzido. Não que meus roteiros sejam ruins (confesso que para uma novata fico feliz com os ótimos feedbacks que tenho recebido dos profissionais e mercado) mas, em nenhum momento, minha ideia de voltar a estudar o tema se fez por conta de uma ambição profissional ou guinada de vida.
Eu simplesmente estou fazendo algo que sempre amei mas nunca tive tempo ou recursos financeiros suficientes que me deixassem tranquila para me dedicar a uma paixão. Por conta disso, optei por criar uma solidez que fizesse sentido para minha vida naquele momento. E hoje, em plena maturidade profissional, financeira e profissional, me vejo capaz de poder dedicar meu tempo, recursos e vida a algo que sempre tive muita vontade de fazer.
E é exatamente esse fato que me fez escrever sobre o tema: a dificuldade que as pessoas tem em aceitar que alguém que esteja adentrando quase os 40 anos resolva se atirar em algo tão inesperado ou fora da sua área de atuação sem necessariamente estar em busca de algo maior. Ou algo mais curioso ainda: por que eu não poderia - caso quisesse - fazer uma guinada radical na vida? Qual seria o problema?
E foi então que na semana passada cruzei na minha timeline com esse vídeo genial da Cyndi Lauper falando de como ela não se importa com o julgamento alheio sobre "estar velha demais" para se reinventar na carreira e ainda recorda que o sucesso no mundo pop só veio depois dos 30 anos para ela em uma idade que - em muitos casos - ela já deveria ter desistido de ir além.
Dias depois vi uma matéria publicada por uma revista chilena sobre o ator Pedro Pascal que também só atingiu o tal "ápice de carreira" após os 40 anos. Ainda que tivesse uma carreira consolidada, somente após a idade madura foi participar de uma grande série que lhe abriu portas mundo afora. Aí a pergunta é: que diferença isso faz? E, particularmente, me chocou ver que o destaque da matéria - ao invés de focar a competência profissional ou êxitos - trazia exatamente o destaque da idade como se isso fosse efetivamente relevante. Invalida a matéria e o mérito? Obviamente não mas novamente cá estamos nós olhando idade acima de competência, momento de vida etc.
Eu poderia dar mais centenas de exemplos de como nossa sociedade tem um preconceito terrível acerca da "idade certa" para se iniciar uma carreira, atingir um patamar de sucesso, se casar, ter filhos, alcançar um status social X ou Y.
Quisera eu ter uma resposta para essa cegueira social em que se mede competência, paixões ou habilidades levando em conta idade. Estamos falando de um cenário de medicina avançada, expectativa de vida cada vez maior e pessoas saudáveis para fazer o que e quando quiserem desprendidas de prazos de validade.
Minha intenção com esse post? Compartilhar com você que, assim como eu, pode estar querendo começar algo do zero ou já o está fazendo e tem que contar com opiniões não exatamente bem-vindas ou julgamentos desnecessários. Seja feliz, dê uma guinada na sua vida também e, se estiver com dúvidas, lembre-se da genial Cyndi e "don't listen to the haters"!
Lembre-se você não está só, não! ;)
For my English speaker friends, you can read this post here!
PROTOTIPO - AGÊNCIA DE INOVAÇÃO DIGITAL na SERPRO Services to Projects
6 aCOMPETIÇÃOL
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8 aPenso igual! Nunca é tarde para fazer o que se gosta.
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8 agenial!!!!