Nunca pensei que...

...um dia eu estaria a frente de um público para falar sobre potencialidade e protagonismo para pessoas com deficiência. O projeto Reach-up deu-me a chance de explorar uma habilidade que gostaria de ter e exercer, mas para a qual faltava a oportunidade e momento certo para fazê-lo.

O universo foi generoso comigo, a EY abriu a porta e só restava a mim escolher se seguia em frente para arriscar algo novo em minha carreira. E aconteceu. A primeira vez foi na própria empresa com os colegas de Abilites, mas quando soube que poderia ser palestrante no cliente o meu Eu interior se iluminou porque isso seria mais uma chance de aprimorar a minha oratória.

Para o discurso no cliente eu fiquei com o elemento “mantenha-se no seu propósito”, centralizei alguns pontos no bloquinho de notas para focar a minha intenção positiva e não se perder no meio de muitas das minhas lembranças. Busquei um ponto de minha carreira que foi um desafio para mim e pesquisei um pouco sobre mitologia para fechar minha discursiva.

Quando chegou o dia, o tempo em São Paulo estava bom, embora estivesse frio havia um céu azul diferente, talvez minha aura estava no clima pois o meu percurso até o cliente foi rápido e sem atraso. Logo ao dar a hora, meus colegas de EY iniciaram a apresentação do Reach-up e desenvolvi outra habilidade que nunca havia exercido até então: facilitadora.

Quem poderia imaginar, a Milena ansiosa se concentrando para intermediar a mesa com os colaboradores do cliente. Ser facilitadora é um desafio porque não podia falar muito, mas eu tinha que puxá-los a interagir sobre o tema a partir de perguntas que o fizessem refletir. Extraordinário eu diria para mim naquele momento em que falava menos para eles falarem de suas experiências.

Na minha vez de palestrar eu não sei como definir em palavras quando as atenções se voltaram a mim, as palavras saiam sem muita dificuldade e com naturalidade, muito embora minhas artérias estivessem trabalhando a mil por hora. Mágico eu diria ao evento porque ao finalizar minha retórica sentei-me a mesa e alguns chegaram pertinho perguntando como havia conseguido chegar aquele ponto.

Fiquei muito contente quando eles disseram que estavam confortáveis e acolhidos no cliente e que se sentiam incluídos na organização e tive feedback positivo no Reach-up por eles terem a oportunidade de novas experiências num ambiente seguro e harmônico.

Só tenho a agradecer à EY pela liderança transformadora de instigar potencialidades adormecidas em mim. 

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