O óbvio que não é óbvio

Talvez os principais dilemas que as empresas manifestam seriam resolvidos se lembrássemos do básico: Comunicação e Confiança.

Não nos lembramos na rotina do dia-a-dia de perguntar ao outro o que ele quer, almeja, espera, motiva-se e engaja-se... Simplesmente assumimos que o outro "quer" aquilo que nós temos como expectativa. E é aí que nos frustramos como líderes e frustramos toda uma equipe dentro de uma organização.

Quando estamos abertos a ouvir mais e ter interesse real pelo outro, automaticamente a chave da confiança começa a girar. Um puxa o outro. E então, podemos despertar no indivíduo sentimentos e atitudes de lealdade, encorajamento para tomada de decisões, segurança nas suas capacidades, senso de responsabilidade e a crença de que estão sendo orientados por um líder preparado para tal função.

Na era da digitalização, em que tudo é muito rápido, ágil e se transforma a cada momento, a transparência é um valor que deveria prevalecer dentro das organizações. Quando o cenário é claro, as pessoas se sentem seguras, reconhecidas por suas entregas e engajadas para fazer acontecer. Com tudo isso acontecendo, as empresas têm muito a ganhar em termos de resultado de negócios, o que no final das contas, é o grande objetivo das corporações.

Reforço também que muitas vezes a informação no momento inapropriado e além do que é permitido de ser comunicado para determinada ocasião, pode gerar algum mal entendido e afetar o bom andamento da rotina dos times. Para isso, é importante que as empresas revisem/analisem seu tipo de negócio, práticas, processos, governança, valores, crenças e cultura, para uma possível transformação neste sentido.

Isso tudo é o que tenho percebido a cada entrega de resultado que faço em diferentes clientes, de diferentes portes e segmentos, e noto que toda grande questão poderia ser minimizada se a Liderança tivesse estes dois pontos internalizados em seu mindset de Gestão de Pessoas.