O ÓTIMO "NÃO" É INIMIGO DO BOM. MAS, A MEDIOCRIDADE É INIMIGA DE AMBOS
Em qualquer empresa, independentemente do segmento, os objetivos e metas – de curto, médio ou longo prazo – precisam ser claros e factíveis. E, tornou-se lugar comum entre os gestores de diversas áreas dentro da empresa reverberar a frase “o ótimo é inimigo do bom”, atribuída ao filósofo iluminista e escritor francês Voltaire.
Por “ótimo” vamos entender a evolução e a melhoria do que já é feito, já foi testado e que funciona (na própria empresa ou pela maioria do mercado), o chamado "bom". Estamos então falando do “lugar comum, do ponto médio, da zona de conforto”. E, para a maioria, sair desse lugar implica na aceitação de mais riscos. E, nem sempre há certeza de que a busca pelo ótimo irá resultar no ótimo.
Além da questão subjetiva da mudança de atitude, existem as questões práticas e operacionais, as quais podem ser tornar também obstáculos, a saber:
· Uma nova forma de fazer implica em termos mais tempo, seja de pesquisa e planejamento, como também, de execução e maturação, para que os resultados possam ser avaliados;
· Mudar também significa definir novos processos e procedimentos, e isso dá trabalho;
· E um aumento de custos, mesmo que circunstancial, será necessário.
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Aí, o pragmatismo entra em cena como conselheiro dos gestores e a pergunta se torna inevitável: devemos trocar o que já está funcionando bem pela incerteza de algo que pode ser melhor, mas, que não sabemos se e quando dará certo?
A grande maioria cede e permanece na zona de conforto, afinal, “o ótimo é inimigo do bom”. E, dessa forma, a maneira de fazer algo - mesmo com vício de comportamentos - é repetida infinitamente.
Entretanto, o preço a ser pago será alto, pois, o mercado está em constante mutação e a concorrência, mesmo que apenas uma pequena parcela dela, está se movimentando buscando algum nível de renovação ou inovação.
E, a fatura de mediocridade chegará quando as vendas entrarem em declínio e/ou o mercado demandar novos produtos ou serviços, porém, a empresa estará presa ao “sempre fizemos assim”. E, aí, poderá ser muito tarde para buscar o “ótimo”. Nesse momento, os gestores se darão conta que ótimo não era o inimigo, mas, sim a mediocridade”. E, a empresa ficará sem o "ótimo" (que não foi atrás) e sem o "bom" (que perdeu). Restará o "ruim", que espertamente joga parado, na expectativa de entrar em cena.