O último cromo é sempre o mais difícil
Pedro Colaço
Coach, Formador & Explorador Interior. Criador do curso "Aumenta a tua Força Vital". Autor do livro "Falhar para Acertar". Ajudo pessoas a alcançar maior bem-estar e a viver mais plenamente.
Numa época de Mundial de Futebol não há como evitar lembrarmo-nos das cadernetas de cromos: ou porque ainda gostamos de as fazer, ou porque os nossos filhos gostam, ou então porque sempre as odiámos e agora estão por todo o lado!
De qualquer forma, uma caderneta de cromos pode ser comparada a um objetivo ou um projeto, seja de natureza pessoal ou profissional, visto que tem uma meta clara, é um processo com várias fases e requer o nosso esforço e investimento (de tempo e de recursos).
A primeira fase é sempre a abrir, há motivação e vontade, nada está feito pelo que há muito por fazer, ainda é tudo novo. Só saem cromos novos e diferentes, ou seja, as tarefas ainda são boas experiências (ou, pelo menos, suportáveis).
Na segunda fase o ritmo começa a acalmar, há coisas que já se começam a repetir (e com os cromos isso é por demais evidente dado o volume do molho dos “repetidos”), já se fez alguma coisa mas ainda falta um bocado pelo que é preciso manter o fim em vista. É por isso nesta fase que ocorrem mais desistências pois podemos sentir que já não se justifica o esforço ou o investimento - afinal, feitas as contas, uma caderneta ainda fica cara e dá algum trabalho e dores de cabeça.
Para os que chegam à terceira fase, o que interessa mesmo é chegar rapidamente ao fim. Afinal é por isso que continuaram. Mas claro, o entusiasmo já não é o mesmo e é aqui que se manifesta mais o stress e a ansiedade, pois o processo parece nunca mais acabar e já não se sente a evolução das fases anteriores. Agora só de vez em quando é aparece um cromo novo, mas o custo e tempo são os mesmos. O nosso objetivo já está à vista mas parece que nada do que fazemos nos leva realmente lá! O que fazer se quisermos completar a nossa caderneta? Temos de pedir ajuda. Alguém há de ter os cromos que faltam, mas se não tomarmos a iniciativa eles não vão cair do céu. Quando se tratam dos nossos projetos ou objetivos por vezes podemos ficar bloqueados e não perceber isso, ou a voz do nosso orgulho ser a que fala mais alto.
Resumindo: se estás no início, parabéns por teres começado; se estás no meio, mantém o foco; se estás no fim, não tenhas medo de pedir ajuda. Se só te falta um cromo…tem paciência e não desesperes 😉