O “amigo íntimo” foi varrido para debaixo do tapete da sala


A corrupção endêmica brasileira apresenta-se sob a forma de uma nova espécie de “camaleão” que poderá assumir, quando necessário, diversas cores para defender-se de seus “predadores naturais” e confundir-se naturalmente com o ambiente em que o mesmo se encontra  - i. e., dentro das Empresas Privadas e das Entidades Filantrópicas, bem como dentro dos Órgãos da Administração Pública Federal, Estadual em 26 Estados, Distrital, e Municipal em 5.570 Municípios - , e assim assumir, quase sempre, a cor “laranja” da hipocrisia para despistar os interesses escusos de que há “alguém” por trás do referido “réptil” que, em Latim, quer dizer “reptare” ou  “rastejar”.

No entanto, não é com bravatas, falácias e verborreias que se demonstra ou se comprova com exemplos que realmente teremos um Governo diferente dos anteriores, e sim, com as vênias de estilo, com um comportamento transparente e exemplarmente demonstrado que o povo brasileiro realmente irá crer que houve uma mudança de fato.

Não é também com exemplos inconsistentes de que os membros das forças armadas são honestos e, por esse motivo, todas as ilicitudes que assolam o nosso país serão debeladas e, ainda, não é com a escolha acertada do “mito” Sergio Moro, não obstante o mesmo já tenha feito muito por todos nós cidadãos deste país,  que o mesmo irá isoladamente ou com um super ministério extirpar em definitivo a corrupção de nossas vidas e, certamente, nada do que foi dito aqui será suficiente, com as vênias de praxe, para combater essa ilicitude porque,  sob a forma de “camaleão”, a corrupção muda de cor sempre que é descoberta, além da mesma ser muito bem “alimentada” de recursos financeiros.

Ou seja, de acordo com o estudo realizado pela FIESP em 2018 (Fonte:www.fiesp.com.br/notícias-da-corrupcao-no-brasil-chega-a-r-69-bi-por-ano), de 1,38% a 2,3% do PIB nacional que gira em torno de R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões ou em média R$ 55,3 bilhões e, por esse principal motivo, precisamos de extremo profissionalismo e perseverança incansável, além do conhecimento e qualidade pessoal dos profissionais envolvidos para vencer um “ser” que apresenta, por analogia,  algumas características especiais, tais como: olhos que se movem independentemente um do outro; as imagens recebidas são separadas em seu encéfalo; dispõe de uma língua extremamente comprida para poder sugar os alimentos sem obrigatoriamente precisar movimentar-se; as suas patas funcionam, embora ele seja muito lento ao se mover, como “pinças”; além disso é extremamente resistente às intempéries naturais, porque a sua pele é seca, rústica e devidamente apropriada para ambientes áridos; e, quando necessário e inseguro,  o mesmo muda de cor para poder escapar de seus predadores.

Portanto, diante da certeza que a corrupção brasileira perdeu apenas uma pequena parte de sua “cauda” com a Operação Lava Jato e, por ser a corrupção um tipo de “lagarto” brasileiro, o  mencionado “rabo” regenerou-se e, de acordo com as informações oriundas  de meus alunos em meu dia a dia ministrando cursos de capacitação de agentes públicos e privados na área de licitações públicas e contratos administrativos há muitos anos viajando pelo Brasil, é que se percebe que o “endêmico mal nacional” apresenta-se vivo e ainda muito forte em algumas Empresas Privadas e Entidades Filantrópicas, bem como em alguns Órgãos da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital e Municipal Brasileira.

A título de uma humilde sugestão pessoal, acredito que o novo Governo Brasileiro deveria criar, da mesma forma que foi constituído o SUSP-Sistema Único de Segurança Pública para unificar e centralizar todas as ações na área de Segurança Pública, um Sistema Único de Combate à Corrupção com atuação uniforme e centralizada em todo território nacional.

Daysival Antônio Mendonça - Advogado   

 

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