O ANALFABETISMO DAS ORGANIZAÇÕES EM CAPITAL HUMANO
A ausência de visão das Organizações para o seu capital humano se reflete na sustentabilidade dos negócios. Em muitos casos, as empresas continuam vendo as pessoas apenas como um custo ou um recurso a serem gerenciados, ao invés, de ampliarem a visão e compreenderem que o capital humano é intangível, mas, é o ativo mais valioso, que não pode ser copiado e que precisa ser cuidado para nutrir as competências que Organização precisa para florescer e prosperar. As pessoas são a mente, a emoção e a concretização da organização no mundo.
A miopia para o capital humano tem consequências negativas. Entre elas, vamos destacar altas taxas de rotatividade, pois os trabalhadores se sentem como recursos e sabem que não são valorizados e a falta de proatividade que conduz a uma produtividade medíocre, uma vez que os profissionais não se sentem conectados a dar o seu melhor, afinal, não estão engajados do propósito à visão.
Por outro lado, as Organizações que reconhecem a importância do seu capital humano para serem felizes, terem sucesso e obterem como resultado, o lucro, colocam pessoas em primeiro lugar.
Tudo que é pensado e colocado em prática por essas Organizações, abraça o respeito e consideração pelas pessoas, o cliente interno e o externo; e como colheita recolhem benefícios significativos para crescerem, se desenvolverem ou manterem a posição no mercado, de acordo com o seu posicionamento estratégico. O capital humano está mais engajado e motivado, o que leva a uma maior colaboração e produtividade e se traduz na satisfação do cliente. Além disso, as empresas que se preocupam com suas pessoas têm mais facilidade em atrair e reter talentos.
Vamos entender alguns sinais que mostram que a Organização precisa ampliar a visão para expandir os seus processos e operações da área de Capital Humano e focar em suas pessoas para que possa evoluir no mercado:
· Baixa produtividade: Quando pessoas não se sentem valorizadas e pertencentes, quando não enxergam sua contribuição e impacto para os objetivos, elas não conseguem expressar o seu melhor, o que pode levar a falta de comprometimento e a uma queda da produtividade.
· Turnover: Quando pessoas são tratadas como qualquer outro recurso, eles saem da empresa para qualquer oportunidade que lhes pareça ser melhor. Esse processo tem altos custos que podem parecer invisíveis, mas, minam a saúde financeira, emocional e da marca empregadora ( custos de recrutamento e seleção, de treinamento e desenvolvimento, de desempenho, de perda do capital do conhecimento, custo emocionais e trabalhistas, entre outros).
· Falta de inovação: Quando as empresas não investem em programas de desenvolvimento estratégico do seu capital humano e não valorizam a criatividade, a inovação e a diversidade de talentos trabalhando juntos, podem perder oportunidades de inovar e se destacar no mercado.
· Danos à reputação: A sustentabilidade navega por três pilares: pessoas, comunidade e lucro, a matéria do momento, o E.S.G., diz respeito ao ambiente, ao social e a governança, quando as organizações não cuidam do seu capital humano, por certo, recebe como retorno as críticas negativas nas redes sociais, na imprensa e na comunidade empresarial e na sociedade como um todo, o que mina a confiança e a reputação na marca empregadora.
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· Desconexão do Capital Humano: desmotivado, baixo empenho e desempenho, insatisfação com o ambiente de trabalho, com a liderança e a gestão, ambiente de trabalho tóxico, agravando os problemas com a saúde emocional e mental que o cenário de mundo já alimenta, ausência de perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional, baixa autoestima, autoliderança e autogestão.
Em resumo, atualmente, o cenário de mundo exige adaptabilidade, inovação, requalificação e resiliência e as Organizações que não têm visão ampliada para o seu capital humano podem ter consequências negativas significativas para jornada do presente ao futuro. As empresas devem incorporar tecnologias e novas metodologias, porém, precisam de pessoas para dar o tom e produzir o som que querem no cenário.
Compreender pessoas, desenvolver líderes & gestores e investir em programas de desenvolvimento que favoreçam a expressão das competências e habilidades, bem como, a curadoria do conhecimento e em uma cultura corporativa que valorize o ser humano pleno e negócios sustentáveis.
O analfabetismo em pessoas talvez seja um dos maiores desafios dos negócios do Século XXI, tanto para as Organizações como já descrevemos alguns aspectos aqui, como para os próprios profissionais que precisam ter o aperfeiçoamento pessoal em evolução contínua para valorizar o seu capital pessoal e de carreira.
Erika Rossi
Mentora Holística & Sistêmica de Liderança & Gestão, Carreira e Capital Humano
Consultora Facilitadora de Capital Humano & Negócios