O BENDITO EQUILÍBRIO EMOCIONAL
“Aceitar-se como ser humano cheio de limites e fraquezas é, acima de tudo, sinal de equilíbrio, paz consigo mesmo e felicidade.”
Cobrado, falado, orientado, desejado, enfim, uma série de afirmações e necessidades apontadas em variados tipos de verbos. Não há quem ao longo dos últimos anos ouviu sobre o tema, se pegou refletindo, criticando alguém ou a si mesmo por comportamentos julgados como inadequados, seja em ambientes corporativos ou no convívio social.
Negócios lucrativos foram iniciados com base no controle das emoções, por meio de cursos, livros, lives, entrevistas e todo tipo de disseminação de conhecimento sobre o tema.
A realidade pode ser bem diferente da teoria pregada e por muitos não praticada.
Cabe ressaltar que o que somos e porquê agimos, advém de questões biológicas e culturais, ou seja, tem interferência direta de nossos pais e daqueles que nos criariam, repassando a nós sua visão de momento. Ademais, o ambiente e contexto em que aprendemos os valores e princípios de mundo que alicerçam nossas tomadas de decisão, impacta diretamente nessa salada que é a vivência humana e suas influências.
Como é um setor de conhecimento extenso, polêmico e uma discussão que não se esgotará como uma ciência exata, trago algumas alternativas sobre como podemos atenuar nossas oscilações comportamentais para conosco e com quem convivemos.
Um pilar fundamental é o Autoconhecimento. Se você souber exatamente quem é, de onde veio, o que gosta e não gosta, já é um passo extraordinário para saber onde deve e pode ir. Observe e até anote o que lhe traz felicidade, quem te faz bem e qual o seu propósito de vida (pessoal ou profissional), metas e objetivos do momento. Assim, evitará transtornos com locais e pessoas indesejadas.
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Feito o exercício interno, reduza as opções. Sim, você não pode, não deve e não conseguirá ter tudo. Como vivemos tempos em que enxergamos várias chances de obtermos algo, temos que diminuir este campo do olhar. Retire de sua lista aquilo que não precisa ser prioridade, ou seja, você não irá no cinema na quarta a noite se gosta de ir um barzinho que possui música ao vivo no mesmo dia. Priorizando, você sofre menos pela escolha. Sabendo que gosta mais de filmes, não abrirá o leque para sair em outros lugares, não perdendo foco e tempo de escolha.
Não se preocupe com situações em que o controle dos resultados está fora da sua alçada. Não há poder de decisão sobre o outro, então o que ele faz é problema dele, logo não há porque se incomodar. Todavia, se você for impactado pelas decisões do outro, pense se é bom estar perto dele. Se não há como retirar do seu círculo, diminua o contato com a situação e preencha seu dia com outras pessoas. Caso seja no trabalho, mude você de empresa.
Como complemento da mudança, essa é a chave. Só você tem o poder de decisão sobre sua vida. Veja o que lhe incomoda e altere a situação. Estude, evite, diga não, diminua gastos, aumente receita, enfim, trace metas e pense no que quer no final de um período.
Buscar autoconhecimento, reduzir opções, não sofrer com o que não controla e principalmente, procurar evoluir, são pilares essenciais para não ser refém de suas emoções.
Insight da semana: “Inteligência emocional não é segurar as emoções; é usar a razão e sentir a emoção.” Valeska Viana
Dica de aprendizado da semana: Podcast 295 Primo Rico: Comece a Pensar com Luiz Felipe Pondé; Podcast 1008 Inteligência Ltda com Paulo Vieira;