O BRASIL JOGA HOJE
Das arquibancadas ou pela televisão, nos smartphones e até pelo rádio, vamos torcer e nos emocionar com a Seleção Brasileira, do goleiro ao ponta esquerda, da Comissão Técnica aos reservas. Sim, Nelson Rodrigues tinha razão: “o Brasil é a pátria de calção e chuteiras”.
E Carlos Drummond de Andrade sintetizou, em “O Momento Feliz”:
“De repente o Brasil ficou unido
contente de existir, trocando a morte,
o ódio, a pobreza, a doença, o atraso triste
por um momento puro de grandeza
e afirmação no esporte.
Vencer com honra e graça
com beleza e humildade
é ser maduro e merecer a vida,
ato de criação, ato de amor.”
Sim, hoje não é dia de querer valer ideologias e pretensas superioridades. Quase todos nós nascemos no Brasil, crescemos, estudamos, trabalhamos, constituímos famílias, somos patriotas, somos brasileiros.
O esporte muito nos ensina. A competição pede aprimoramento. Cooperamos coletivamente e assim nos desenvolvemos. Mas não adianta nos considerarmos superiores. Basta observar a Alemanha, que nos deu de 7 x 1 para depois ser desclassificada em duas Copas. E o Marrocos, e o Japão, como ganham dos favoritos?
A corrente é pela Seleção, pela vitória, pela nossa emoção mais genuína. Pelo Brasil, somos UM!