O comandante do caos - Jorge Azevedo

Eu me lembro da marolinha que se transformou num tsunami, pensei que nunca mais o país mergulharia num engano, numa grande mentira para vestir de vaidade o mentiroso, o enganador.

Não posso esquecer da gripezinha que está se transformando em tuberculose, em pneumonia. E vejo o país mais uma vez afundado por uma enganação, por uma mentira.

O caos finalmente tomou lugar no caos para alegria do Boner, para alegria da Renata, para alegria daqueles que ainda não estão completamente felizes e ainda não gritaram o "Eu não disse?".

O caos não precisa mais se anunciar, o caos se instalou e o chefe do caos continua sem máscara, numa afronta a cada um dos mortos, os que foram consequência e os que provocaram.

A nau voltou a ficar sem rumo como estava no tempo petista. O comandante está perdido, pensa que gritando colocará o leme no rumo certo para o navio. O comandante se perdeu e não sabe se guiar pelas estrelas, se perdeu e não consegue encontrar os pontos cardeais. A nau está a deriva e vai afundar.

Será que ao lado do comandante não tem uma cabeça que pensa, alguém que belisque seu braço e grite "acorda presidente"?

O filho do presidente acabou com a carreira politica do pai e o pai continua sem querer puxar a orelha do filho. A mulher do presidente passou de primeira dama a dama invisível, logo ela que pode usar a cama do presidente para beliscar seu braço e gritar em seu ouvido "Acorda presidente!".

Dizer que a nação está satisfeita com o que está vendo, é o mesmo que fabricar neve no deserto de Saara, enxugar gelo para ele não molhar a fralda do bebê.

A nação está triste com o seu presidente, se ao menos ele usasse uma máscara, mas nem máscara o presidente quer usar em plena pandemia.

Estou quase jogando a toalha e se eu jogar a toalha o ringue se desmonta, os adversários ganham a luta, e são muitos os adversários do comandante.

O Judiciário não esconde que deseja sua cabeça numa bandeja de prata, os comunistas não escondem que já tem a bandeja de prata para colocar a cabeça do comandante e somente o comandante não vê o que é visto por todos, nem a primeira dama, que troca de roupa diante do presidente, chama a sua atenção...

Se ele não ouve a primeira dama, faça greve e passe a dormir no quarto de hóspede até ele sentir falta e faça um acordo com ela...

"Ela volta a dormir com ele e ele volta a ser presidente da republica".

Eu me lembro do tempo da marolinha, na época eu disse que a marolinha era a ponta de um tsunami e o tsunami existiu se refletindo até hoje. A gripezinha eu disse, era a ponta de uma pneumonia e aí está, a pneumonia se transformando em tuberculose.

Aquele nada fez na marolinha, este nada está fazendo na gripezinha, e o Brasil mergulha definitivamente, no caos da pandemia.

Recife, 27 fevereiro 2021

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