O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou uma série de regras relacionadas à publicidade feita por médicos nas redes sociais e em outros meios de

O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou uma série de regras relacionadas à publicidade feita por médicos nas redes sociais e em outros meios de


No mundo digital acelerado em que vivemos, as redes sociais se tornaram um espaço fundamental de conexão e informação. E não é diferente para os profissionais da saúde, especialmente os médicos, que buscam compartilhar seu conhecimento e serviços com o público de maneira acessível. Com o avanço da medicina e o surgimento de novas tecnologias, o Conselho Federal de Medicina (CFM) percebeu a necessidade de atualizar as regras que regem a presença dos médicos nas redes sociais. Essas novas diretrizes visam não apenas regular as práticas médicas online, mas também promover a transparência, a confiabilidade e a qualidade da informação em um ambiente digital em constante evolução. Neste artigo, exploraremos as novas regras anunciadas pelo CFM e seu impacto nas interações entre médicos e pacientes nas redes sociais, trazendo a medicina para a era da informação e da comunicação instantânea.

Estas regras têm como objetivo regulamentar a forma como os médicos promovem seus serviços e interagem com os pacientes e o público em geral. Aqui estão algumas das principais diretrizes anunciadas pelo CFM:

O que os médicos podem fazer nas redes sociais:

  1. Postar imagens de "antes e depois" de tratamentos, incluindo tratamentos estéticos, desde que tenham o consentimento do paciente. As imagens devem ser educativas e não podem ser manipuladas na edição, e as possíveis complicações do procedimento devem ser explicadas.
  2. Tirar selfies com pacientes, incluindo pacientes famosos ou celebridades da mídia, desde que as fotos não prometam resultados específicos.
  3. Divulgar imagens da clínica e instrumentos de trabalho como parte da promoção do próprio trabalho médico.
  4. Divulgar preços de consultas, endereço e informações de contato na rede social.
  5. Indicar produtos medicinais de forma educativa, explicando como esses produtos podem beneficiar a saúde. No entanto, não é permitida a venda direta dos produtos.
  6. Postar resultados positivos do próprio trabalho, incluindo compartilhar marcações de pacientes que mostram os resultados, com a autorização do paciente.

O que os médicos não podem fazer nas redes sociais:

  1. Vender ou comercializar qualquer tipo de produto, como remédios, suplementos, produtos para emagrecimento, etc. A prática não é permitida, e os médicos que não seguirem essa regra podem ser denunciados pelo Conselho.
  2. Desaconselhar a vacinação ou contraindicar qualquer tratamento que seja comprovado cientificamente e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
  3. Garantir resultados positivos aos pacientes, já que cada organismo reage de forma individual aos procedimentos médicos.
  4. Se autoafirmar como especialista sem a devida qualificação. Para ser considerado especialista, o médico deve informar o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) registrado no Conselho Regional de Medicina. Médicos pós-graduados podem acrescentar o título no currículo, mas não podem se autodenominar especialistas.

Essas regras foram desenvolvidas após três anos de estudo e consulta pública, que recebeu mais de 2.600 sugestões de profissionais e associações médicas no Brasil. As clínicas médicas terão até 11 de março de 2024 para se adaptarem a essas novas regras, que se tornarão obrigatórias após essa data. O objetivo é garantir a transparência e a qualidade na comunicação entre médicos e pacientes, além de evitar práticas inadequadas de marketing na área da saúde.

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