O dar e receber referências

O dar e receber referências

Nos últimos tempos tenho recebido, espontaneamente, várias mensagens de profissionais solicitando minha percepção sobre as empresas (e pessoas, claro) que eu já trabalhei ou que tenho/tive proximidade.

Essa sempre foi uma prática comum. Há anos peço impressões para meus colegas e dou meu ponto de vista a quem pede. Confesso que o que me fez refletir (a ponto de fazer esse texto) foi que esse número aumentou muito e que as minhas respostas se tornaram significativamente mais sinceras e detalhadas.

Quero dividir com vocês alguns cuidados que tenho quando pedem minha opinião:

  • Sempre peço discrição. Não quero que nada seja divulgado ou exposto.
  • Saliento que a fala diz respeito ao meu ponto de vista, se trata da minha vivência, é a minha opinião. Não devemos confundir pontos de vista com verdades absolutas.
  • Falo sobre processos decisórios e tento dar ênfase as estruturas, processos, projetos, métodos, etc.
  • Foco em dados e fatos. Me esforço para trazer meu ponto de vista desde que seja pautado em algo real.
  • Quando falo de pessoas redobro o cuidado para não falar de nada pessoal. Só trago pontos positivos ou negativos se tiver certeza que são profissionais.

Agora, devem estar se perguntando sobre qual o motivo de eu me preocupar tanto com essa ação comum e antiga, entre os profissionais. Meus motivos são:

  • Quero ser cada dia mais empática e transparente nas minhas relações profissionais. Também desejo reciprocidade.
  • Entendo que não existem empresas perfeitas assim como não somos profissionais perfeitos. Por outro lado, creio no match perfeito!
  • Não devemos tomar decisões profissionais pautados em sonhos, idealizações de uma empresa perfeita ou expectativas utópicas.
  • Não existem escolhas ruins quando você as faz de maneira consciente e sabendo dos ônus e bônus. 

Ruim é não saber exatamente para onde está indo. Ruim é contratar a pessoa errada para a posição. Ruim é idealizar uma empresa que nunca existiu. Ruim é acreditar cegamente no GPTW e/ou EVP. Ruim e idealizar uma empresa perfeitona e cair em uma cilada. Ruim é ser infeliz no trabalho.

Fernanda Werka

HR Consultant | Head of People | People Manager | HRBP Tech | HRBP Latam | Psychologist

2 a

Concordo completamente, excelente reflexão, que sejamos empaticos sempre, afinal, nunca se sabe quando estaremos do outro lado!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos