O desafio do banimento dos celulares em salas de aula
Os smartphones democratizaram o acesso à informação como nunca havíamos visto. Essas maravilhas tecnológicas colocaram um mundo de informações na ponta dos dedos de qualquer um com acesso à internet, infelizmente, mesmo que sem nenhuma preocupação sobre o consumidor.
Observando os jovens, o perigo dessa liberdade sem freios tem se demostrado altíssimo. Segundo estudos, os smartphones, ao permitirem interações sociais negativas e não supervisionadas, estão contribuindo para o aumento de problemas de saúde mental, como casos de ansiedade, depressão e até suicídio.
No ambiente escolar, o problema se torna mais evidente. Dados do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) da OCDE apontam uma relação direta entre a queda de desempenho acadêmico com o aumento do uso de celulares em salas de aula.
Enquanto mais crianças têm acesso a smartphones, a discussão sobre o uso desses aparelhos nas escolas tem aumentado ao redor do mundo. De um lado, educadores argumentam que esses equipamentos causam prejuízo ao aprendizado e são fontes de problemas de saúde mental entre os jovens. Do outro, há aqueles que defendem o acesso ilimitado à riqueza de recursos disponíveis online.
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Nesta esteira de debates, os riscos parecem estar convencendo alguns países. China, França, Holanda e Itália, para citar alguns exemplos, já adotaram medidas restritivas duras contra o uso de celulares em ambientes escolares. No Brasil, seguindo a tendência mundial, o MEC (Ministério da Educação) também anunciou em setembro que está preparando um projeto de lei para proibir o uso desses equipamentos em sala de aula.
A discussão sobre a eficácia de tais restrições continuará à medida que as restrições acontecem e mais pesquisas são conduzidas. O que se sabe é que a internet além de fonte de distração, tem um lado tóxico, perigoso para jovens.
A sociedade precisa ajudar os jovens a gerenciar melhor seus hábitos digitais, aprendendo a se concentrar em aula, fazer amigos reais e principalmente, existir sem seus telefones.
Ainda que as proibições tenham suas desvantagens, é a solução mais rápida de ser implementada. O que se espera é que ela venha acompanhada também com uma proposta de conscientização, convencendo jovens e pais para que as mudanças de hábitos permaneçam no futuro de forma voluntária, sem regras ou banimentos.
Liderança de equipes / Processos de vendas / Inteligência de Dados
1 mMarcelo Martinez parabéns pelo texto e por trazer esta polemica para a mesa. Realmente é um tema que precisa de muita atenção e cuidado, pois tornou-se parte da rotina de quase todas as famílias que possuem crianças em casa e tem se mostrado também presente no ambiente escolar. Vale investimento de tempo agora, para não sofrer"mos" depois.