O (des)engajamento involuntário
Muito se fala que funcionários engajados são a chave para o crescimento empresarial. Penso que o engajamento está diretamente relacionando com a motivação de cada um: quanto mais motivado estou, mais eu estarei comprometido com a minha organização. Alguns especialistas pregam que a motivação é uma porta que se abre por dentro, ou seja, que cada um é responsável pela sua motivação e que eu não tenho como motivar o outro.
Em tese, concordo, mas na prática, não é bem assim. Para eu encontrar a minha motivação preciso - além de acreditar no propósito daquilo que eu faço, ou seja, enxergar valor em cada entrega - ter o reconhecimento das minhas ações por parte dos gestores, colegas e do meio em que estou inserido.
A partir disso, consigo encontrar motivação diária para continuar desenvolvendo as tarefas com excelência e, principalmente, buscar mecanismos para realizar coisas extraordinárias.
As organizações buscam, cada vez mais, a conquista dos primeiros lugares, estar presente em rankings, em meios de comunicação que destaquem a excelência dos serviços que prestam, entre outros espaços que propaguem o quão excelente a empresa é (ou pretende ser). Os funcionários são cada vez mais incentivados por seus gestores a realizarem o mais incrível, o mais f*da, blindando-se a toda e qualquer falha. Então volto ao engajamento.
O quanto você, gestor, está fazendo para manter seu funcionário engajado? Você contribui para que ele encontre a sua motivação? Você acredita que, ao demandar grandes projetos, por exemplo, considera implícito que seu colaborador esteja motivado e engajado? Não! Ele precisa ser reconhecido, valorizado, receber feedbacks reais e frequentes para continuar no caminho certo ou ajustar melhorias de desempenho. Mostre que você se importe.
O engajamento do seu colaborador estará proporcionalmente relacionado com o reconhecimento e a valorização recebida por, inclusive, você.
* Texto produzido a partir de observações em sala de aula, palestras e conversas de boteco.