O despertar criativo da cultura no Estado de São Paulo
Fábio Vieira

O despertar criativo da cultura no Estado de São Paulo

Por Marília Marton*

Em uma sociedade em que o conhecimento se entrelaça com a criatividade e a criação transcende barreiras, a cultura emerge como um pilar inegável da nossa humanidade. Neste cenário dinâmico, a cultura não apenas nos define como seres humanos, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico, gerando empregos e transformando histórias. É um motor incansável que alimenta a transformação e molda a identidade de um povo. Acompanhando esse movimento e objetivando alavancar ainda mais essa realidade, a Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo passa a se chamar Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, promovendo a pluralidade cultural como uma força empreendedora.

Em todo o Estado de São Paulo e, naturalmente, em todo o Brasil, existe uma ampla cadeia produtiva. Não se prepara uma peça de teatro, um show ou um espetáculo de dança no dia anterior e apenas com quem se apresenta no palco. Muitos profissionais atuam nos bastidores e desempenham um papel fundamental. Dos especialistas em som aos responsáveis pelos figurinos, dos maquiadores aos cenógrafos, dos marceneiros aos vendedores de pipoca. São as engrenagens invisíveis que potencializam e mantêm a cadeia produtiva em constante movimento. 

O Observatório Itaú Cultural divulgou dados surpreendentes obtidos por meio de uma metodologia desenvolvida para mensurar os impactos econômicos das indústrias criativas no Brasil. A cultura e as indústrias criativas do país representaram 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando R$ 232 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 78% entre 2012 e 2020. Esses números superam até mesmo o setor automotivo, evidenciando a força e o potencial das indústrias criativas como motor econômico do Brasil.

Com mais de 130 mil empresas criativas impulsionando a economia, proporcionando emprego a mais de 7 milhões de pessoas em diversos setores como artesanato, moda, cinema, arquitetura, desenvolvimento de softwares, jogos digitais, design, entre outros, a indústria criativa revela seu poder transformador, onde cada estatística representa nomes, famílias e sonhos. É fundamental que estabeleçamos políticas públicas que promovam a interação e o fortalecimento desse setor, impulsionando ainda mais a criatividade empreendedora, como cursos e oficinas que ensinem novas técnicas, palestras que exemplifiquem os caminhos que podem ser seguidos profissionalmente no setor cultural, programas de incentivo, como o CreativeSP, que levem empresas paulistas para experiências internacionais e que as façam enxergar novos horizontes. 

Durante os cinco dias em que estive acompanhando o evento South by Southwest (SXSW), um conjunto de festivais de cinema, música e tecnologia realizado na primavera em Austin, Texas, nos Estados Unidos, presenciei a força avassaladora do empreendedorismo cultural brasileiro. Por meio do programa CreativeSP, dez empresas foram levadas para participarem do evento, prevendo-se um retorno econômico de R$ 30,2 milhões em um ano. Além disso, esse mesmo programa levou outras dez empresas para o renomado Game Developers Conference (GDC), em São Francisco, um dos maiores eventos mundiais de jogos eletrônicos. A expectativa é que essas empresas alcancem um retorno econômico superior a R$ 58 milhões nos próximos 12 meses. Esses números destacam de maneira notável os resultados excepcionais obtidos ao promover a indústria cultural. Essas oportunidades proporcionam retornos econômicos tangíveis e possibilitam apresentar as produções brasileiras ao mundo.

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Sede da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo

O Estado de São Paulo é um território de construção coletiva. Nosso principal objetivo é estimular a criação de novas formas de expressão, incentivar a formação de novos públicos e, é claro, enriquecer a cultura paulista por meio da adoção de técnicas inovadoras, dinâmicas e multidisciplinares. Estamos apenas no início dessa trilha, e com determinação, continuaremos a fomentar a cultura, economia e indústria criativa, abrindo portas para o futuro. Estamos prontos para abraçar todas as possibilidades que ele nos reserva e sabemos que ainda há muito por vir.

(*) Marilia Marton

Marilia Marton tem 45 anos, é formada em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), cursou MBA pela Fundação Getúlio Vargas e é mestre em Cidades Inteligentes pela Universidade Nove de Julho. Atualmente é a Secretária da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo tem uma ampla vivência na administração pública.

OLÁ MEU NOME ALEXANDRE SOU GRAFITEIRO E ARTE EDUCADOR GOSTARIA DE ENVIAR MEU PROJETO CULTURAL ARTE URBANA , EM AULAS DE GRAFFITI

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Marco Prado

Gestor Cultural, Arte Educador, Curador Artístico e Produtor Cultural com ampla experiência em Gestão, Política Pública Cultural, Produções Artísticas, Produções de Eventos e Administração de Equipamentos Culturais

1 a

👏👏👏

Joice Joppert Leal Leal

Owner, Objeto Brasil Association

1 a

Muito bom! Parabéns!

Paulo Viana

Empreendedor | Investidor | Produtor Executivo | Criador de Conteúdo | Comunicação Corporativa | Conteúdo F | Farol Filmes

1 a

Parabéns ao Governo de São Paulo e parabéns à Secretária Marilia Marton. São Paulo e a indústria criativa merecem esse match!

Peterson Xavier Nascimento

Subgerente de Formação Cultural nas Fábricas de Cultura - Catavento Cultural e Educacional: Especialista em Gestão Cultural impulsionando experiências educacionais e culturais significativas

1 a

😍

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