O empoderamento da argumentação.

O empoderamento da argumentação.

Todos esses quinze meses que temos passado vivendo em uma pandemia, me fez entrar em pensamentos bastante abstratos em relação a situações que acabei vivenciando, baseado em algumas atitudes delicadamente dolorosas.

Confuso? Sim! Mas hoje em dia, o que de fato, não é? Além de confuso, acredito que seja um assunto polêmico e profundo e ao mesmo tempo acho um desabafo necessário!

Acompanho uma série, em que um determinado episódio abordou a contratação de uma pessoa sem graduação específica, mas que atendia aos requisitos da vaga.

Eis o desenrolar do enredo. Teria esta pessoa lugar de fala, não tendo uma formação acadêmica? Os argumentos ou as estratégias dessa pessoa, seriam válidas?

Não é de hoje que alguns poucos tem que mostrar três vezes mais o seu potencial profissional para sequer se igualar a um nicho “gourmet” ou então a uma seleta área mercadológica. E quando tocamos nesse assunto, falamos em tantas classes, mas tantas classes que não precisamos falar necessariamente apenas de pessoas não graduadas...

Então pergunto eu, qual a real necessidade do preenchimento pessoal, desta nata tão especial da sociedade profissional (rs) através da exposição de “resquícios de ego” via conhecimentos vazios e lorota muito mal contada.

Será que devemos continuar pisando em ovos?

Vou tentar me fazer entender melhor.

Por mais que minha graduação seja em Arquitetura e Urbanismo, não posso negar que minha raiz, minhas veias e todo o meu histórico venham da comunicação. Onde eu de certas formas moldo todo aprendizado do meu jeito contemplando não só esse rótulo como alguns outros que fui “adquirindo” pelo decorrer da vida.

Dentro da comunicação, sabemos que uma das primeiras coisas que precisamos entender é o resumo daquilo que nos é passado, para que consigamos traçar metas, conceitos, objetivos de nossos trabalhos seja ele do mais criativo ao mais burocrático. Visto isso, pesquisa é fundamental.

Se trabalho com um cliente, antes de qualquer coisa, pesquiso quem é ele, o que ele faz, quem ele atende, porque ele atende desta forma, pontos negativos e positivos e o que pode ser agregado, entre outras milhares de possibilidades. Talvez seja um pouco nerd demais...

Não acredito que todo esse trabalho prático, possa ser resumido a “gosto de roxo, então este cliente vai receber uma caixa da cor roxa com pedras roxas dentro, fim” por simples mérito e pódio ao meu exclusivo gosto.

Certa vez, trabalhei em um lugar que ouvia muito um termo que até hoje paro para pensar o quão preguiçoso esse termo é:

“Em time que está ganhando não se mexe” Ixe, será?

A coceira bate forte! Em time que respira, sempre se mexe. A zona de conforta tá aí, fica quem quer. No meu pensamento, temos diariamente que tomar cuidado com esse tipo de situação.

Não posso me limitar a seguir o fluxo sem questionar o novo, ou então sem nem saber de onde ele vem. É preciso e necessário saber o partido das coisas. É preciso e necessário saber o conceito das coisas. É preciso e necessário saber o porquê! ACREDITAR!

Toda vez que um(a) aluno(a) vem me apresentar um trabalho e começa falando “Olha, não tá bom, mas vamos lá...” eu espero que ele(a) finalizar tudo para falar uma frase muito simples. “Se você não acredita no que você fez, como você espera que eu acredite???”

Longe de mim tentar ser Life Coaching para cima de alguém, mas... tô errado? A partir do momento que você teve um mínimo de busca, de referência, você saiu da sua zona de conforto. Então tudo bem não dominar 100%, mas ao mesmo tempo, tudo certo tentar viabilizar ideias novas e somatórias.

Outra questão eu sempre gosto de apontar como muito necessária é saber argumentar, e claro, ter embasamento no próprio argumento. Se for questionado do porquê fez de tal forma, saiba a resposta, tenha ela na cabeça.

Ter a resposta na cabeça, não significa ser metódico, ou então um grande enrolão.

Significa que de fato, você pensou! Simples.

Do mesmo pensamento de que qualidade é melhor quantidade, muitas vezes um conceito bem elaborado em cima de uma pesquisa é muito melhor do que uma fama ou um crédito.

Afinal, por onde vamos? Ou até onde vamos?

No final das contas, é só mais um dentro de tantos e tantas fazendo tão pouca diferença duradoura ou representativa.

A diferença, em primeiro lugar, tem que ser feita naquele que acredita, se não for feita lá, nunca será feita em lugar nenhum. E para que isso aconteça, acreditar é lei!

Me diz, dessa confusão toda, qual sua percepção?

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