O empresário no atelier x o arquiteto no escritório

O empresário no atelier x o arquiteto no escritório

Sou arquiteto e empreendedor há 13 anos e nesse período conheci muitos outros profissionais da minha área que decidiram, assim como eu, abrir seu escritório de arquitetura. E quando começo a conversar temas como o mercado, processos, captação de clientes as respostas que mais ouço são:

"Ah, meu escritório é bem informal" ou "Eu não sei nada de administração, somos arquitetos" ou "os clientes simplesmente aparecem, nem penso nisso" e ainda pior "Odeio essa história de business e mercado, sou criativo e se transformar meu atelier em um escritório vou acabar com a criatividade."

Algumas das frases citadas acima são muito comuns em diversas empresas, não só na arquitetura, mas de todo o setor criativo (agências de publicidade, galerias de arte, escritórios de design e por aí vai).

A partir do momento em que um profissional da área criativa decide abrir um escritório próprio, é necessário entender que ele agora passa a ser também um empresário, que precisa de clientes, que precisa saber sobre finanças, marketing, administração, gestão do tempo e etc, e que isso não mata criatividade, só a deixa ainda melhor. Basta ver cases de escritórios globais de arquitetura que são os grandes inovadores na construção civil.

Sede Foster + Partners em Londres. Exemplo de uma multinacional da arquitetura e líder em inovação na área.




Ser um escritório que tem metas, que sabe se comunicar com o mercado, que capta clientes de maneira ativa, é um escritório que não se contenta com o mesmo, e isso significa que estará sempre atualizado o que gera mais clientes e mais conhecimento.

Ser um escritório organizado não significa ser "quadrado, careta ou sem criatividade". Um escritório de arquitetura com processos e etapas claras e definidas se transforma em um escritório mais produtivo e portanto com mais tempo para se dedicar ao trabalho criativo.

Portanto amigo criativo, não, você não vai perder sua criatividade se começar a conversar e aprender sobre negócios, se entender de economia e finanças, se resolver estruturar processos em seu escritório e etc. Entenda que existe o momento de pensar como arquiteto, mas também existe o momento de pensar como o empresário.

Silvio Soledade

Consultor de Processos e Gestão Financeira | Especialista em Empresas de Economia Criativa | Mentor de Negócios | Professor | Estudante | Publicitário

6 a

Muito bom! Empresa criativa, empresa lucrativa!

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