O espelhamento entre Gestores e Colaboradores
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O espelhamento entre Gestores e Colaboradores

A admiração de um colaborador por determinados gestores pode permitir a evolução de suas carreiras em vários momentos profissionais. A noção de ser e estar é algo fundamental para a geração de valor moral, emocional e corporativo por parte dos comandantes das empresas. A identificação principal entre colaboradores em relação aos seus respectivos gestores vai além das capacidades técnicas, mas envolve-se com a habilidade do dirigente enxergar alternativas de oportunizar a seu quadro funcional a chance de saltar pelo gap da acomodação e tornar-se uma usina humana de projetos e proatividade, buscando razões que agreguem valor profissional e pessoais para uma vida. Dessa forma, além de admiração vem a gratidão. Quando um líder corporativo se limita a cobranças e elogios processuais, dificilmente nesse ambiente surgira algum seguidor de sucesso pela razão estreita dessa postura. Pois o que se percebe é que não existe um preparo para evolução profissional e neste caso a empresa apenas adequa a sua massa de colaboradores para exercer o seu papel funcional, com limitações de ascensão. Em função disso, perde-se talentos por várias razões, por falta de inspiração, por limitações de ambição ou por acomodação e as vezes menosprezo. Não existe um único culpado, pois se a opção de estagnar for do colaborador arcará pelas consequências. De fato, na história global procuram-se líderes de verdade, que saibam e não tenham medo de desenvolver sucessores. Hoje são notáveis as dificuldades que boa parte das lideranças enfrentam e não conseguem combater, tendo abrangência pública, privada e até mesmo religiosa. Cito aqui o que percebo como fatores problemáticos. A exemplo de limitação primária, a inabilidade de lhe dar com o ego, essa tem causado o afastamento gigantesco de talentos, e tem como consequência o empobrecimento de ideias para as empresas. Um segundo fator crítico é a centralização oriunda do poder, com essa sobrecarrega o gestor acaba ficando limitado a todas as atividades, esquecendo de pensar no campo estratégico, perdendo velocidade corporativa. Como terceiro fator, a própria estagnação funcional, se ele não cresce profissionalmente não evolui e nem os outros que estão abaixo dele, desenvolvendo um clima pouco motivador. E por último, o tradicional ciclo repetitivo e incomodo que é simbolizado por essas três letras, C.E.A – Cobrança – Elogio – Acomodação, esse ciclo vicioso, impede o desenvolvimento de ideias, valoriza apenas os processos e proporciona o ostracismo da criatividade, abrindo um campo vulnerável para que as empresas concorrentes trabalhem nas lacunas criativas. O ciclo de cobranças de fato deve existir, mas o desenvolvimento da autor responsabilidade e senso de prioridade pode permitir a evolução da gestão ao campo do pensar e implementar, como tem que ser. Deixando de lado a falsa ideia do criar continuamente que negligencia a matriz BCG no que se refere ao tempo de maturação de novos produtos e novos processos. Afinal de contas, Disney, Apple, SAP, Wall Mart e outros grandes players inovam, mas possuem o controle de suas “vacas leiteiras” sabendo a hora de eliminar os seus “pontos de interrogação”. 


Jefferson Batista

Latin America Regional Technical Manager for Alumina and Industrial Minerals at Syensqo

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Interessante o termo "elogios processuais". Entendo que seria algo como fazer um elogio por formalidade, sem verdadeiro propósito, o que acontece com alguma frequência nas diversas corporações. Precisa ser identificado, por exemplo por um processo de autoconhecimento, para que o gestor possa engrandecer o potencial da equipe e garantir a evolução profissional de todos. Obrigado e abraços.

Trabalho sensacional professor Mario. Não consigo enxergar a palavra liderança no gestor que não se empenha em formar sucessores ou em disponibilizar para a sua instituição uma massa de colaboradores capaz de assumir posições que são relevantes para o colaborador e estratégicas para a empresa. A contribuição do líder não se restringe a atender as necessidades atuais de sua companhia. Legar à empresa novos líderes é a contribuição para o futuro, mais que isso, é a real prova de pertencimento e preocupação com a sustentabilidade da instituição que o acolheu e lhe deu oportunidade de se desenvolver como profissional e como ser humano.

Davi Silva, PhD

Diretor | Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

4 a

Mario, acompanho seus artigos diária e semanalmente. Esse sem dúvida foi o melhor até aqui.

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