O excesso do comportamento crítico causa diversos transtornos: você consegue identificar?
Eu já fui uma pessoa extremamente crítica. Comigo e com os outros.
E esse excesso me levou a desenvolver mecanismos de perfeição. Você conhece?
Eu exigia perfeição nas minhas ações e nas ações das outras pessoas para comigo.
Sabe para onde esse movimento me levou? Para a frustração, ansiedade e insucesso.
O excesso do pensamento crítico faz com que não aceitemos as nossas falhas e nem as falhas alheias, nos torna intolerantes e ranzinzas, afinal, tudo o que esperamos de perfeito dá errado, como aceitar o imperfeito? E, no final, nos deixa doentes fisicamente.
A ansiedade chega, primeiro, porque desenvolvemos um alto nível de expectativa e, segundo, porque não temos paciência para esperar os acontecimentos orgânicos e, por isso, nos sobrecarregamos com a impossibilidade de delegar as funções, justamente, “porque sabemos” (olha a arrogância, aí, gente!) Que no final “vai sair tudo errado se eu não fizer” (porque, afinal, sou perfeita, uai!)
Assim, o insucesso é uma certeza. Os relacionamentos ficam precários, as pessoas se afastam, tem medo de você, porque sabem que se falharem com você não vai perdoar, na primeira oportunidade, é chuva de crítica. Você não consegue elogiar as pessoas, ou se consegue é do tipo: 1 elogio, para cada 100 críticas, quem não entende de emoção (ou se nega a olhar para elas ainda) faça o cálculo aí.
Um crítico em excesso não lida bem com críticas, é mais resistente a mudanças e pode ter a saúde mais comprometida pelo aumento do nível de estresse.
O excesso de crítica te leva a dificuldade de aprendizado. Really? I say YES! Absolutely!
Eu tive muita dificuldade, por exemplo, em aprender inglês, porque eu era tão crítica comigo que não conseguia falhar, eu queria já saber falar o idioma perfeitamente, talvez, não como uma fluente, mas como uma nativa na língua. E daí, demorou, né, gente! Demorou para eu cair em mim e perceber sobre vários e vários outros assuntos que eu não conseguia aprender pelo menos motivo e, por isso, eu me afastava e me frustrava.
Outra questão, é que deixei muito de me expor, por exemplo, pelas redes sociais. Sempre gostei muito de ler e escrever e faço isso como um hobby. Porém, eu sempre estava corrigindo o português e as regras gramaticais das pessoas que publicavam, sempre! E como não tinha totalmente certeza sobre o português, as regras gramaticais dos meus escritos, eu me boicotava, afinal, não queria ser duramente criticada, mesmo mentalmente, por outras pessoas.
Trabalhei aquilo que eu chamo de transformação: seja a mudança que você deseja ver no mundo, valeu, Gandhi! Observe que ele usa a palavra SEJA, e não as palavras: ESPERE ou COBRE a mudança das pessoas. E SER é muito profundo, é transformação, é postura e posicionamento interno, é energia.
Hoje, eu agradeço por essas pessoas. Além do conteúdo, esses textos me levaram a reflexão do quão crítica eu estava me comportando, tanto comigo, quanto com as pessoas, pois não se enganem, se você é crítica com a sua pessoa é, também, crítica com as outras pessoas, mesmo que elas ainda não tenham tido coragem de lhe falar, afinal, o movimento inconsciente te comanda por 95% do seu tempo.
Você se considera uma pessoa crítica?
Se gostar o texto, compartilha, por amor!
Por: Talita Camargo .::. Terapeuta Holística