O exercício da advocacia em uma Startup, aos olhos de uma advogada

   A advocacia é uma das profissões mais antigas do mundo e evolui ano a ano, a fim de se adaptar ao avanço da tecnologia e às transformações da sociedade. No contexto atual, a profissão se encontra na era digital.

E, junto da inovação operacional jurídica, emergiram novos nichos de mercado, os quais rompem com o antigo modelo do advogado que desempenhava a sua atividade profissional em um escritório de advocacia tradicional, vestia habitualmente um terno clássico, com linguagem excessivamente técnica e rebuscada.

Um exemplo disso, é a atuação em startups, que proporciona a vivência com os departamentos “não jurídicos”, possibilita a troca de conhecimento e pontos de vista com diversas profissões dentro da empresa, bem como um planejamento estratégico no âmbito da organização.

O exercício da atividade do advogado é mais dinâmico e prático neste segmento de mercado, exige conhecimento do negócio, técnico-jurídico e nas mais diversas áreas forenses, tais como a empresarial, societária, tributária, cível, entre outras, podendo haver uma atuação conjunta com outros prestadores de serviços relacionados, em razão da abrangência das demandas.

Afora isso, é necessário a substituição do perfil combativo nas mais diversas hipóteses e situações, ou nas demandas judiciais, pois estas devem ser a última providência a ser tomada, uma vez que tendem a perdurar por anos e abarrotam o judiciário, pelo foco no preventivo, no intuito de assessorar antes do problema ou prejuízo ocorrer.

Enfim, advogar em startup é desafiador e enseja a busca de conhecimento contínuo, inclusive porque as leis mudam constantemente e para o desenvolvimento das competências e habilidades necessárias, visando lidar com as questões novas que surgem todos os dias.

Quando fui contratada para trabalhar no setor jurídico da Doppus, fiquei encantada com a informalidade, que permite ir ao trabalho com roupas confortáveis e relaxar numa sala de descompressão, somada a convivência num ambiente descontraído, que possibilita o retorno à consecução das atividades com a mente leve. Este contato inicial já é, por si, um caminho sem volta ao antigo modelo, aos que se identificam com as novas tendências da advocacia.

Esse texto foi escrito por nossa colaboradora do Depto Jurídico, Dra. Tamara de Bona