O "Frases da Semana" fala muito da realidade paralela do amor e também dos conselhos do Bolsonaro para "valorizarmos o nosso Perú de Natal"!
“PEC da Vida viola Constituição e pode matar mulheres e crianças” – Cristina Fibe, colunista do UOL, criticando projeto de lei contra o aborto. Talvez ela só queira que nossas crianças possam ser assassinadas no ventre com segurança.
“Deixa de ser burro. Tem nada haver (sic), ignorante. Rouanet é dinheiro privado” – Paulinho Serra, comediante. É como um truque de mágica: o dinheiro sai público do bolso do povo e reaparece como privado no bolso do artista.
“Voltei a ser Centrão” – Ciro Nogueira, senador (PP-PI), e ex-ministro de Bolsonaro. Você tira o político do Centrão, mas não tira o Centrão do político.
“Você quer conquistar sua cidadania italiana de forma rápida, segura e sem complicação?” – José de Abreu, ator, anunciando serviço que facilita a obtenção da cidadania italiana. Faça o “L”, crie a complicação, e venda a solução. Depois, faça o “L” de lucro.
“Dr Paulo, nós estamos com o tempo limitado hoje” – Fernando Capez, apresentador da Jovem Pan, interrompendo Paulo Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro, que criticava atos de censura do STF ao vivo. Melhor do que discutir a censura de forma abstrata, é dar um exemplo prático.
“Da desconfiança à superação: a volta por cima do líder do governo José Guimarães” – manchete da IstoÉ, sobre deputado petista famoso por ter assessor preso com dólares na cueca. Cueca suja se lava em público, de preferência na imprensa amiga.
“O nosso registro de solidariedade ao povo coreano, em apreço à democracia daquele país” – Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (PSD-MG). Agora entendi a falta de atitude dele aqui no Brasil; não dá para o Pacheco salvar a democracia do mundo todo ao mesmo tempo, coitado.
“Classe média ‘esclarecida’ foge da escola pública porque adora ser cliente” – Rodrigo Ratier, colunista do UOL. Devem ser os mesmos esnobes que evitam o SUS porque adorariam continuar vivos.
“Direita ou esquerda: de que lado Senna estava quanto à política?” – pergunta indispensável da Revista Veja. Há perguntas que nem merecem uma pergunta.
“A tradição tem sido a impunidade, a tradição tem sido a anistia e agora o caminho tem sido diferente” – Míriam Leitão, jornalista. Anistia deveria ser para crimes sérios, como assaltos a bancos e lavagem de dinheiro. Se começarmos a anistiar qualquer pichação com batom, vira bagunça.
“Foi bonita a festa, pá, mas teve misoginia, sim senhor. Os jogadores cantaram: ‘O galo virou galinha’. O feminino é sempre menor, desprezível, mais fraco e debochável” – Milly Lacombe, comentarista de futebol do UOL. Imagine a amargura, o rancor e a mesquinhez necessários para comemorar um título da Libertadores desprezando o drama de nossas coirmãs galináceas.
“Se Milly Lacombe e eu não falamos, quase ninguém fala. Porque é chato. Nossa, hilário. O grande galo machão virou uma galinha murcha” – Alicia Klein, comentarista do UOL. Não podemos jamais baixar a guarda contra a misoginia, mas esse comentário me pareceu bem Maria-vai-com-as-outras.
“Valorize o seu peru” – Jair Bolsonaro, criticando a alta no preço do peru de Natal. Com essa inflação, é capaz que ele acabe virando uma galinha murcha.
“Tirei uns dias para garantir que minha saúde esteja 100% após pneumonia. Agradeço a compreensão e reafirmo meu compromisso de estar sempre pronto para servir nosso estado” – Sergio Mitidieri, governador botafoguense de Sergipe (PSD), flagrado assistindo à final da Libertadores na Argentina dias depois. O governador garante que sempre respirou trabalho, mas com a pneumonia, o pulmão deu uma fraquejada.
“Não vou ser amigo do Lula, mas tenho responsabilidade institucional” – Javier Milei, presidente da Argentina. Tudo bem, só abre o olho se um dia ele pedir seu sítio emprestado.
“Lula não tem substituto. Essa é a desgraça do Brasil” – Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. Olha, eu não seria tão otimista. Se achamos substitutos até para o amianto, o DDT e a talidomida, não será diferente com o Lula.
“Se tem um dia em que Deus decidiu que o Brasil jamais será um país rico, foi o dia em que Luiz Inácio Lula da Silva veio ao mundo” – Claudio Branchieri, deputado federal (Podemos-RS). O deputado se confundiu, quem fez o “L” não foi o Todo Poderoso, mas sim o “todo poderoso”.
“O maior personagem da história do Brasil é o Lula!” – Emir Sader, sociólogo. O pior não é ser coadjuvante nesse filme de terror, mas descobrir que a direção é da Petra Costa.
“Deve saber de tudo, menos de economia” – Lula, criticando a diretora-geral do FMI. Então deve ter sido colega de turma do Haddad.
“Haddad possui responsabilidade fiscal e tem resiliência” – Gilmar Mendes, ministro do STF, dando pitaco na economia. Uma opinião que não surpreende, vinda de quem se considera o cúmulo da imparcialidade e do decoro.
“STF não vai tirar Moraes do encalço de Bolsonaro” – Josias de Souza, jornalista. O que, a esta altura, violaria toda a sacrossanta jurisprudência do STF.
“Qual é o dado objetivo, a prova objetiva de que o Alexandre de Moraes é um inimigo do Bolsonaro? Qual a declaração? Qual o xingamento? Qual a medida? Não tem” – Octávio Guedes. Dizem que o Moraes está no “encalço” do Bolsonaro, mas deve ser só conversa de quem vive de propagar fake news.
“O Bolsonaro tem uma ponta de paranoia. Ele tem uma sensação de que ele lutava contra o sistema” – Fernando Gabeira, comentarista da GloboNews. Se você excluir a facada, as promessas de “derrotar o bolsonarismo” e as acusações de “fascista” e “genocida”, é difícil entender de onde o Bolsonaro tira essas loucuras.
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“Padres citados pela PF sobre golpe fazem parte de rede de atuação ultraconservadora dentro da Igreja” – Guilherme Caetano, jornalista, em artigo no Estadão. Imagine a surpresa do intrépido repórter quando ele descobrir que esses padres são contra o aborto e até, pasmem, rezam a missa todo dia.
“A premissa é de que a posse ou porte de arma, nesses casos, é apenas um meio para viabilizar ou facilitar a prática do tráfico de drogas” – Reynaldo Soares da Fonseca, ministro do STJ, justificando que o crime de posse de arma deixe de existir quando a arma é usada como “ferramenta”. Ou seja, parece tratar-se apenas de um mal necessário.
“Bolsonaro não queria ir ao enterro da mãe do Valdemar, queria que Alexandre de Moraes o impedisse de ir. Como o ministro autorizou, Bolsonaro não foi” – Dora Kramer, jornalista e vidente. Bateu uma saudade das previsões do Walter Mercado com sua bola de cristal – tinham maior credibilidade.
“Se levarmos a liberdade de expressão ao absoluto, ele estaria protegido. A liberdade de expressão abarca qualquer expressão? O marido que bate na mulher dentro de casa?” – Dias Toffoli, ministro do STF, comentando caso de policial que jogou homem de ponte. Pelo visto, quem vai acabar sendo jogada da ponte é a nossa liberdade de expressão.
“A imunidade [parlamentar] não inclui crimes contra a honra” – Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça. A imunidade parece só incluir práticas mais honradas como rachadinhas, dólares na cueca, e a compra e venda de emendas.
“Imagina você chegar na tribuna e anunciar venda de cocaína, maconha, crianças... É razoável isso?” – Andrei Rodrigues, diretor da PF, criticando a imunidade parlamentar. Enquanto o chefe da PF usa a imaginação para fiscalizar a opinião alheia, os tráficos de cocaína, maconha e crianças seguem a todo vapor na vida real.
“Autoridade monetária se queixar do mercado é igual marinheiro se queixar do mar” – Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central. Realmente, deveriam se queixar é do pirata beberrão no comando do navio.
“Está faltando acupuntura aí para baixar o estresse” – Geraldo Alckmin, vice-presidente, sobre a reação do mercado ao pacote fiscal. Alckmin é o típico malandro agulha: pode até levar uma volta por trás, mas nunca perde a linha.
“Eu não sei se o mercado às vezes fica esperando que a gente se faça confiar” – Lula, reagindo à alta do dólar. Também não podemos esperar que o Lula faça milagres, né?
“O empresário que investir dinheiro com essas taxas de juros vai quebrar” – Rubens Ometto, empresário que doou R$1 milhão para a campanha de Lula. A beleza da ironia é que ela também se paga com juros compostos.
“Governo vai gastar R$40 milhões na campanha sobre redução de gastos” – reporta Lauro Jardim, jornalista. Ainda bem que não corremos o risco de o governo também fazer campanha contra a corrupção.
“Investidor está desistindo do Brasil” – Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica de Lula. Parece que descobriram que, no Brasil, o único retorno garantido é para a cena do crime.
“O IBGE acaba de dizer que nós estamos no menor índice de miséria da nossa série histórica” – Fernando Haddad. Parece que o governo acabou de bater o recorde no joguinho que o IBGE inventou.
“É como se vivêssemos duas realidades paralelas. Estamos reduzindo a pobreza, país está crescendo, tem mais emprego, tem mais renda. Porém há um mau humor horroroso no mercado financeiro” – Míriam Leitão, jornalista. Míriam, essa realidade paralela onde tudo é perfeito... ela está na sala conosco agora?
“Exigimos um compromisso desses países [BRICS] de que eles não criarão uma nova moeda ou enfrentarão tarifas de 100%. Podem procurar outro ‘otário’!” – Donald Trump, presidente eleito dos EUA. Mal sabe Trump que otários e seus derivados estão no topo da pauta de exportação dos BRICS.
“Lembrando que a Dilminha é responsável por esse processo de despolarização no mundo!” – Pedro Rousseff, vereador eleito por BH (PT-MG) e sobrinho de Dilma, sobre a moeda do BRICS. Isso já nos dá uma pista de por que deu errado antes mesmo de começar.
“Esta é uma iniciativa do presidente Lula” – Sergei Lavrov, chanceler russo, tirando o corpo fora. Parece que a Rússia não se abalou com as ameaças de Trump, mas acabou jogando a toalha quando Dilma sugeriu estocar vento na Sibéria.
“Deveriam ter jogado do penhasco” – Jorge Seif, senador (PL-SC), sobre homem jogado de ponte por PM em SP, no Twitter. Diferente da violência na vida real, a valentia do senador nas redes sociais evaporou com um clique no botão “apagar”.
“Você pega a questão das câmeras, eu era uma pessoa que estava completamente errada” – Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP (Republicanos). Um político admitindo um erro... deve ter alguma pegadinha.
“Ninguém está acima da lei” – Joe Biden, presidente americano, em maio deste ano, insistindo que não perdoaria seu filho.
“Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter” – Joe Biden, presidente americano, anistiando seu filho.