O futuro do Brasil no setor de óleo e gás

O futuro do Brasil no setor de óleo e gás

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O futuro do Brasil no setor de óleo e gás

O principal desafio do Brasil para as próximas décadas é aumentar a produtividade do trabalho e do capital social, bem como a competitividade da indústria local e ajustes no modelo regulatório, tornando-o mais atrativo ao capital internacional.

Por Rodrigo Leitão

A indústria brasileira de petróleo e gás está passando por um período de grande transformação. O Brasil deve saltar da 14ª para a 8ª colocação no ranking mundial de reservas de petróleo até 2020 – o maior aumento entre as nações registrado no período. Desde a descoberta de óleo a mais de sete mil metros de profundidade no litoral brasileiro, em 2006, na camada do pré-sal, as oportunidades vêm se tornando cada vez mais atraentes. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), serão necessários US$ 400 bilhões em investimentos até 2020 para que quase da metade dos 4,2 bilhões de barris diários de óleo produzidos no país seja extraído dos reservatórios gigantes.

Um estudo recém-elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que cada R$ 1 bilhão investido no setor de petróleo e gás movimente outros R$ 2 bilhões na economia brasileira. “Desde 2005, as empresas que fizeram parte do programa de parceria entre o Sebrae e Petrobras, já movimentaram R$ 5,5 bilhões”, atesta o instituto.

Diante dos novos desafios que o Brasil terá de enfrentar para as próximas décadas, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard acredita que entre o período de 2018 até 2020, o cenário de exploração e produção brasileiro é extremamente otimista. De acordo com a diretora, o Brasil exportará dois milhões de barris por dia e o setor terá também uma grande contribuição para a balança comercial brasileira. O volume representará aumento de US$ 50 bilhões a US$ 65 bilhões na balança comercial.

“Estamos sempre analisando todas as áreas brasileiras. Temos oportunidades para todos os principais players do mundo. Nossa produção vai muito além do pré-sal”, ressaltou Magda, durante discurso para uma platéia de empresários e investidores na Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro.

De acordo com a executiva, um estudo apresentado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê investimentos de R$ 488 bilhões no setor de petróleo e gás entre 2014 e 2017. “É um número imenso se comparado a investimentos de qualquer setor em qualquer país no mundo”, disse.

Para Magda, o papel estratégico para o Brasil está com a segurança energética garantida, mas ressalva que o papel de O&G vai muito além. Na opinião da diretora, investimentos em exploração, conteúdo local e áreas como pesquisa, desenvolvimento e inovação são os três pilares para o país continuar a crescer.

Todos os estudos em relação à Bacia de Campos, Santos e Espírito Santo são extremamente positivos, essa é a visão do diretor de Relações com o Mercado da Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), Alexandre dos Reis sobre as recentes análises sísmicas da ANP e investimentos no setor para os próximos anos.

“Nós trabalhamos com previsibilidade. Tudo já foi contratado. O mercado vive a expectativa de dobrar a produção”, comentou Alexandre.

Durante o lançamento da Agenda Prioritária da Indústria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis que visa identificar os principais pleitos da indústria para garantir a competitividade para os próximos anos no Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), o presidente João Carlos de Luca afirmou que, em relação ao potencial das reservas não convencionais no Brasil, o órgão enxerga seu desenvolvimento como uma grande oportunidade para o aumento da produção de petróleo e gás. Entretanto, destaca que esse desenvolvimento requer a criação de condições mínimas, como infraestrutura adequada, licenciamento ambiental criterioso e mapeamento geológico, por parte do governo.

Na área de gás natural, De Luca observa que o insumo é mais um dentre s diversas fontes que vêm aumentando a participação na matriz energética brasileira e aponta que a geração térmica pode servir como âncora para viabilizar projetos de produção de gás, ampliando sua disponibilidade também para outros segmentos.

 

Até 2018, 50% da produção será do pré-sal

A Petrobras espera que a produção de petróleo proveniente das áreas do pré-sal represente 50% do resultado total da companhia. Atualmente, o óleo extraído desses campos equivale a 20% da produção da estatal. Para atingir a meta, a companhia pretende perfurar mais de 200 poços até 2019 e colocar em operação novas plataformas de produção, informou o gerente-executivo do Pré-Sal área de E&P da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga.

“O pré-sal na Bacia de Santos acumula protagonismos em relação à produção total graças à entrada em operação de novos sistemas”, afirmou. E, na Bacia de Campos, a produção, na avaliação dele, “foi facilitada pela existência da infraestrutura disponível e o trabalho consistia em perfurar, completar e interligar os poços”.

O gerente-executivo do pré-sal da área de E&P da Petrobras destacou ainda que, desde o início das operações no pré-sal mais de 100 poços foram perfurados e mais 25 foram completados. A curva de aprendizado obtida nos últimos quatro anos permitiu uma redução de 60% no tempo de perfuração e de 65% no período gasto com a completação nos campos de pré-sal, contou.

 

Especialistas não acreditam no Brasil

Porém, nem tudo caminha com otimismo como o governo aborda em suas principais apresentações ao mercado. Em entrevista à Macaé Offshore, o gerente e especialista da PricewaterhouseCoopers Brasil, empresa de prestação de serviços de consultoria de negócios, consultoria tributária e societária Felipe Gomes, o governo brasileiro tem que decidir se quer tornar um exportador de commodities ou de matéria-prima. Segundo ele, em tempo de reservas de petróleo o país ainda é pouco relevante no cenário mundial, sobretudo, quando falamos em América Latina.

“As reservas mundiais estão principalmente em países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita e Qatar. A América Central concentra 20% dessas reservas, mas só a Venezuela possui 17% desse total”, pontua Felipe.

De acordo com o gerente da PwC, o Brasil precisa repensar em quais setores de petróleo e gás, o país quer se especializar. Um dos grandes desafios e oportunidades que o governo pode reformular é o destino da penalização das multas aplicadas às companhias pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Sócio-líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, Carlos Assis pontua três linhas de raciocínio para alavancar a indústria de petróleo e gás. Na visão de Assis, uma indústria com previsibilidade da demanda, e uma maior visibilidade e integração são essenciais para uma formação de uma cadeia capacitada e competitiva.

Para suprir os gargalos para a próxima década, o executivo ressalta uma maior participação de parcerias com empresas estrangeiras; flexibilização no marco regulatório; menos burocracia com trabalhadores estrangeiros que se dispõem a vir trabalhar no Brasil e a modernização de portos e aeroportos para movimentação de cargas.

A diretora geral da ANP, Magda Chambriard afirma que, para o país continuar crescendo no segmento de petróleo e gás, será necessário a descentralização dos investimentos exploratórios para a redução das desigualdades regionais. “A Petrobras não pode ficar presa na Bacia de Santos e Campos. A Bacia de Sergipe-Alagoas tem um potencial gigantesco. A margem equatorial brasileira, como a Bacia de Pelotas, no sul do Brasil, possui enorme potencial”, salienta Magda.

Líder mundial em equipamentos e serviços de tecnologia avançada para todos os segmentos da indústria de petróleo e gás, a GE vê o Brasil como um mercado chave para a companhia, com um futuro muito promissor. Segundo a GE, a estratégia da empresa com relação ao país vem se mostrando em números. Em 2012, a empresa anunciou investimentos de US$ 262 milhões para ampliar as fábricas de Niterói-RJ (US$ 200 mi), Macaé-RJ (US$ 32 mi) e Jandira – SP (US$ 30 mi). Em 2013, a Ge Oil & Gas iniciou uma operação de montagem e testes de turbomáquinas em Recife (PE), com US$ 20 milhões em investimento; e inaugurou a base logística em Niterói (RJ), com investimento de US$ 100 milhões e a maior grua do mundo.

Em nota, a GE afirma que, para os próximos anos, o objetivo é atender à crescente demanda brasileira com a retomada das rodadas licitatórias no setor; desenvolver tecnologia local para necessidades de exploração em águas ultraprofundas; e simplificar processos para aumentar produtividade e eficiência nas unidades da América Latina.

 

Conteúdo Local ainda é desafio

A diretora-geral da ANP defendeu a política de conteúdo local estabelecida pelo governo brasileiro. Classificou os avanços obtidos nos últimos 10 anos como uma “primeira fase” e considerou que a indústria naval brasileira será reconhecida mundialmente em breve.

A diretora disse que a capacidade de vários estaleiros brasileiros está sendo ampliada e citou a instalação de novos equipamentos como um fato que possibilita o aumento da eficiência e potencial da indústria naval.

“Os estaleiros brasileiros vem construindo sondas e barcos de apoio com índices elevadíssimos de conteúdo local. Equipamentos submarinos, por exemplo, já estamos construindo e estamos a um passo de sermos exportadores. Isso significa que temos preço, prazo e qualidade”, avalia Magda.

No total estão sendo construídas 28 sondas de perfuração, sendo seis em Pernambuco, sete na Bahia, seis no Espírito Santo e Rio de Janeiro e três no Rio Grande do Sul.

Em contraponto à diretora da ANP, João Carlos de Luca do IBP destacou que a indústria de óleo e gás identifica hoje dificuldades em diversos segmentos. “Vejo um grande paradoxo nessa questão: temos um potencial de reservas espetaculares no pré-sal para desenvolver, com extraordinário nível de investimentos comprometidos, mas o conjunto do setor não vai bem”, disse.

Para o diretor da Rolls-Royce, Paulo Rolim, a resolução da ANP sobre conteúdo local é um instrumento essencial para a continuidade do crescimento para a economia brasileiro, no entanto, o executivo lembra que há de necessidade de uma nova adequação nos percentuais que são impostos atualmente.

“Entregar conteúdo local estabelecido dentro dos padrões para dois navios é fácil. E, para 10?”, questiona Rolim.

 

Sistema tributário vira empecilho

Aperfeiçoamento é a palavra-chave do setor quando se discute o sistema de tributação aplicado no país, afirma analistas do setor, mas salientaram que o Brasil é um mercado jovem e capaz de superar os desafios.

Segundo o vice-presidente de Relações Institucionais da companhia norueguesa Statoil, Mauro Andrade, o Brasil precisa construir um sistema tributário mais simples e transparente para se manter atraente e competitivo. “Há, só este ano, cerca de 30 rodadas de novas áreas concluídas ou em andamento em todo o mundo e regiões atraindo a atenção dos investidores, como o México e países da África”, disse.

Coordenadora do Comitê Tributário do IBP, Daniele Tavares ressaltou que o Brasil possui 27 estados e mais de cinco mil municípios com legislações próprias, o que torna o ambiente de negócios especialmente complexo. Daniele abordou a aplicação de impostos como o PIS/COFINS e os riscos adicionais para o setor causados, por exemplo, por alterações legislativas, por diferentes interpretações das leis e pela criação de novas taxas por estados e municípios. “É um ambiente desafiador, mas o setor tem mantido diálogo com as autoridades para solucionar essas questões”, pontuou.

De acordo com o presidente da Petróleo Pré-Sal SA (PPSA), Oswaldo Pedrosa, a PPSA tem tarefa extremamente importante no pré-sal, mas lembrou que a área é de enorme complexidade.Segundo ele,é preciso conciliar o desenvolvimento acelerado e de suprimentos em bases competitivas.

Segundo o gerente-geral de Relacionamento Externo e Avaliação Tributária Estratégica da Petrobras, Marcio Branco defendeu avanços nas discussões em torno da tributação sobre os pagamentos por serviços de afretamento contratados pelas operadoras. A Receita Federal mudou a interpretação sobre o tema e passou a desconsiderar o ingresso de equipamentos offshore no país como afretamento, tratando-os agora como contratação de serviço. Com a mudança, a cobrança de impostos será de 46% do valor investido na contratação. “Precisamos enfrentar essa e outras questões para mantermos a competitividade”, disse.

 

Tequila na feijoada brasileira

Mudanças no México podem roubar a atenção de empresas estrangeiras, que possam ou ter desistido da espera por novas rodadas licitatórias no Brasil ou perdido a confiança no mercado interno

Se o Brasil era a menina dos olhos de ouro das principais companhias norte-americanas e europeias em longo prazo, com o anúncio em 2005 do pré-sal, o México, vem “apimentando”, o setor de petróleo e gás, como a principal rota de investimentos das grandes players do mercado. Em 2013, o governo mexicano na tentativa de reverter a queda na produção doméstica de petróleo anunciou um plano para permitir que investidores privados estrangeiros participem de licitações para explorar áreas com reservas de petróleo e gás no começo de 2015.

Com a abertura, petrolíferas estrangeiras poderão investir no país pela primeira vez em quase oito décadas. Os primeiros projetos a serem oferecidos desde a nacionalização da indústria, em 1938, incluirão áreas em águas profundas e rasas, além de reservas terrestres, incluindo depósitos de óleo pesado, campos maduros e reservas não convencionais, como as de gás de xisto, segundo autoridades mexicanas.

“Queremos agir com rapidez, mas também com eficiência, para conter o declínio na produção que tem nos afetado desde 2004”, afirmou o ministro de Energia do país, Pedro Joaquín Coldwell, na época.

O governo mexicano designou 109 blocos para a primeira licitação nos quais são esperados investimentos de cerca de US$ 50 bilhões nos próximo quatro anos, incluindo eventuais parcerias com a Pemex.

Para conter o avanço do apetite estrangeiro em novos territórios como a Colômbia e, principalmente o México, o governo brasileiro, através do secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antonio Almeida anunciou a realização da 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no primeiro semestre de 2015.

Segundo o secretário, as áreas a serem ofertadas ainda estão sendo avaliadas pelo Ministério de Minas e Energia e pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e posteriormente deverão ser aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A última rodada realizada foi a 12ª, em novembro do ano passado. Na ocasião, foram ofertados 240 blocos, tendo sido arrecadados R$ 165,196 milhões. Antes disso, em maio, a 11ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios de petróleo arrecadou R$ 2,82 bilhões a título de Bônus de Assinatura. Na época, foram arrematados 142 dos 289 blocos oferecidos.

Chambriard disse ainda que a Agência tem se concentrado na avaliação dos estudos ambientais e geológicos da margem leste brasileira, uma área que vai dos estados do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Segundo ela, as primeiras avaliações foram boas e a ANP trabalha para que essa fronteira possa ser inclusa na 13ª Rodada de Licitações, prevista para o primeiro semestre de 2015.

“Temos trabalhado com essa 13ª Rodada há bastante tempo. Já encaminhamos as áreas para estudo do Ministério de Minas e Energia. Ela é absolutamente necessária porque o potencial do Brasil vai muito além das áreas já licitadas”.

Segundo o presidente do Insti-tuto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bio-combustíveis (IBP), João Carlos de Luca, as rodadas movimentam o setor de óleo e gás e eram um pleito da indústria, que pede um calendário fixo de leilões.

Em resposta ao presidente do IBP, o secretário do Ministério de Minas e Energia, Marco Martins Almeida observou que a realização de uma rodada por ano não necessariamente é o ideal para o País, mas informou que no primeiro semestre de 2015 acontecerá o primeiro leilão de gasodutos concedidos à iniciativa privada.

 

Brasil continua no radar

Brasil é uma boa oportunidade, mas não é a única, essa foi a palavra do vice-presidente de novos negócios para as Américas da Shell, Jorge Santos Silva. Segundo ele, há novas oportunidades nas Américas, incluindo o Brasil, mas também o México. Na ocasião, o executivo citou ainda oportunidades nos Estados Unidos e no continente africano, entre outras. A Shell é sócia da Petrobras no desenvolvimento do campo gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A petroleira anglo-holandesa tem 20% de participação no negócio.

Para que o Brasil seja competitivo em investimentos em âmbito global, é preciso que a indústria petrolífera do país seja competitiva. “As empresas de óleo e gás estão enfrentando restrições a sua capacidade de investimento. E a principal razão é que o incremento dos investimentos na área de exploração não foi traduzido em retornos adequados, porque simplesmente os investimentos em exploração tiveram um crescimento significativo de custos”, completou Silva.

O vice-presidente executivo da Shell, Mark Shuster, afirmou que a descoberta do pré-sal pode elevar o Brasil à posição de maior produtor de petróleo do mundo e redesenhar a geopolítica mundial. O executivo participou, na segunda-feira (15), da conferência que fechou o primeiro dia da Rio Oil & Gas. Na ocasião, foram discutidas as principais transformações no setor energético e suas consequências no planeta.

De acordo com Shuster, a abertura de mercado no México e a revolução de gás de xisto nos Estados Unidos são outros fatores determinantes e também afetam a geopolítica mundial. “Nossa indústria é global e envolve muitos atores. Vivemos em um ambiente de mercado livre, onde a competitividade é constante. Se não tomar as decisões corretas, o Brasil vai ser atropelado. Por isso, é fundamental que indústria e governo trabalhem juntos nesse momento”.

A Rolls-Royce, especializada no desenvolvimento de turbinas que geram energia para plataformas offshore responsáveis por cerca de 40% de todo óleo e gás produzido no Brasil acredita no potencial brasileiro. Em entrevista à Macaé Offshore, o diretor geral da Divisão Marítima da companhia, Paulo Rolim diz que para o Brasil superar os desafios no setor, pilares como Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação são essenciais para o crescimento.

Em 2014, a empresa anunciou a instalação de uma unidade marítima em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, com investimentos de R$ 80 milhões. No local são montados e testados grandes propulsores para plataformas semissubmersíveis, navios de perfuração e outras embarcações offshore de alta complexidade.

Procurada pela Macaé Offshore, a GE Oil & Gas disse que o México foi o primeiro país da América Latina onde a companhia estabeleceu operações, em 1896, e onde a empresa instalou sua primeira fábrica na América Latina no estado de Nuevo Leon, em 1929. Hoje, todos os principais negócios da GE têm operações no México, incluindo a GE Oil & Gas, que possui grande interesse em investir neste mercado que se mostra competitivo em termos de infraestrutura e mão de obra, além da proximidade com outros mercados relevantes.

De acordo com a GE, para os próximos anos, a empresa tem como objetivo reforçar a sua presença no México como um parceiro sólido e confiável para soluções de infraestrutura integrada. Foram investidos mais de US$ 20 milhões na expansão das capacidades locais da GE, que conta hoje com um time de mais de 2.000 engenheiros baseados em Monterrey.

“A companhia também está fechando convênios com universidades públicas e privadas para o desenvolvimento de educação continuada. Além disso, firmou um acordo de colaboração com o Instituto Mexicano do Petróleo e a companhia Petróleos Mexicanos (PEMEX) para pesquisar e desenvolver tecnologias e projetos para águas profundas e ultra profundas, além de colaborar para a modernização da infraestrutura de energia no México”, informou a companhia à Macaé Offshore.

No Brasil, a GE Oil & Gas tem dedicado importantes investimentos para suportar clientes e parceiros estratégicos em exploração onshore e offshore, incluindo o fornecimento de equipamentos de alta tecnologia como turbomáquinas e tubos flexíveis. Um dos trabalhos mais representativos nesse momento envolve a abertura da quinta unidade do Centro de Pesquisas Global da GE, no Rio de Janeiro (RJ). Com investimentos de R$ 500 milhões e inauguração prevista para este segundo semestre de 2014, o Centro terá uma parte significativa de seus trabalhos concentrada na pesquisa de novas tecnologias de exploração de petróleo. Mas outras áreas estratégias para as operações da GE no Brasil e na América Latina também fazem parte do escopo de trabalho da unidade.

Para o presidente da PPSA – estatal que vai gerir os contratos de partilhas do pré-sal –, Oswaldo Pedrosa, com um potencial de volume recuperável de petróleo de 106 bilhões de barris no pré-sal, o Brasil é líder mundial de descobertas nos últimos dez anos. Segundo Pedrosa, o volume representa 88% do total de recursos recuperáveis - maior índice entre alguns principais produtores. Na Arábia Saudita, o potencial de reservas para produção é de 75%. Nos Estados Unidos é de 50% e na Rússia 65%.

O executivo lembrou ainda que a produção no pré-sal no Brasil já supera os 550 mil barris diários. A estimativa é de que, até 2020, esse número ultrapasse os 4 milhões de barris por dia. Para ele, isso é um sinal claro da atratividade do pré-sal.

“Isso mostra o grande potencial de desenvolvimento da indústria petrolífera no Brasil”, disse.

 

RJ inicia estruturação de cluster Subsea

Para impulsionar os gaps e criar uma identificação de oportunidades no setor de óleo e gás, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), lançou recentemente o projeto de estruturação do Cluster de Subsea no Estado do Rio de Janeiro.

O Cluster de Subsea reúne as empresas que já estão no Estado e que atuam como fornecedores nessa área, além de visar a atração de outros empreendedores para se instalarem no Rio de Janeiro. Entre os equipamentos desse setor estão árvores de natal molhadas, cabeças de poço, manifolds (sistemas de conexão), umbilicais e linhas flexíveis.

O lançamento do projeto tem grande importância no cenário nacional, especialmente com a previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) de que, em 2020, aproximadamente 44% dos equipamentos subsea no mundo estarão no Brasil. Hoje, 35 empresas desse segmento estão instaladas no Estado.

O principal propósito da iniciativa é a atração de investimentos e de empresas de serviços e equipamentos submarinos para se instalarem no estado do Rio, com foco na cadeia de subfornecedores tecnológicos, aumentando o conteúdo local destes equipamentos. Além disso, a integração da cadeia permitirá maior entrosamento entre possíveis subfornecedores para garantir o atendimento da demanda localmente e substituir parte das peças e equipamentos importados.

Sérgio F. Marcello

Supply chain manager| materials coordinator| base manage| logístic manager |storekeeper offshore buyer Manager

8 a

É eu tambem acredito em mudança mais nao neste goveno ele interferi demais muda demais as regras e continuar assim ao final de 18 a petrobras ja foi vendida.

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