O "Grande Desafio"​ da administração pública brasileira está nas mãos da área de Gestão de Pessoas

O "Grande Desafio" da administração pública brasileira está nas mãos da área de Gestão de Pessoas

Nosso país vive uma relação esquizofrênica com o Estado.

Pesquisas do Instituto Locomotiva/Ideia Big Data apontam que 96% dos brasileiros não se sentem representados pelos políticos em exercício no país, 95% dos entrevistados afirmam que os atuais políticos não são transparentes e 89% acreditam que os políticos não se preparam para desempenhar bem seu mandato.

Faria sentido imaginar que brasileiros não se polarizassem radicalmente diante de tamanha desconfiança, mas é justamente o oposto do que o Instituto Ipsos descobriu: a polarização política no Brasil atingiu um nível elevado de intolerância que supera a média internacional de 27 países observados.


O que isso tem a ver com a administração pública?

A maioria das pessoas não sabe como funciona o Estado. Cada vez que mudanças expressivas são realizadas nas urnas, toda a continuidade dos projetos em andamento fica sob ameaça. Quanto maior a distância entre os extremos alternantes, maiores são os riscos de um projeto iniciado num governo ser descontinuado ou desfigurado no próximo. Ficamos presos num "Groundhog Day" de quatro anos.

Mas grande parte dos servidores são profissionais de carreira, com regras de estabilidade e progressão fixas por força de lei, que fazem com que o tempo médio "de casa" dos funcionários públicos seja muito grande, passando por vários governos quase que opostos.

Como você se sentiria se seu trabalho fosse destruído a cada quatro anos? Veja o enorme problema que isso gera na gestão de pessoas...


O Grande Desafio da administração pública brasileira tem a ver com esses swings cada vez maiores da nossa democracia.

Para lidar com essas mudanças, muitas vezes autofágicas, muitos servidores se descolam do objetivo-fim de seu serviço, que é o atendimento dos interesses públicos, porque não podem defender sinceramente dois planos antagônicos.

As pessoas se tornam progressivamente menos empáticas, passam a se escorar na burocracia e evitam pensar no impacto do seu desengajamento. O resultado: o Estado não consegue dançar a valsa da mudança com a Sociedade. Vemos um descolamento, que retroalimenta e agrava a polarização política: o desejo de mudança da sociedade não se concretiza porque o Estado está desengajado, e por isso desperta um desejo ainda mais radical de mudança na sociedade.

É uma espiral destrutiva que precisa ser parada.


É hora de resolver o Grande Desafio. Quem terá o protagonismo?

Hoje há regras de gestão de pessoas fixadas na administração pública. Demissões são raras, contratações seguem o ordenamento dos concursos, assim como os benefícios e progressão de carreira.

Isso é extremamente distante do arranjo privado, que avalia, contrata e demite com muito mais flexibilidade, e essa circulação de pessoas faz as organizações respirarem e mudarem com o tempo.

Enquanto essa for a forma de administração, os gestores públicos precisam assumir a responsabilidade pela agilização, manutenção do espírito do serviço público e atendimento da organização sem trocar as pessoas.

Em nossa visão, o gestor e servidores da área de Gestão de Pessoas, especialmente em Capacitação, serão vitais para parar a "espiral da morte" se...


Assumirem a responsabilidade pela cultura organizacional, visão de mundo e mentalidade dos servidores de sua organização

Apesar das limitações em R&S e Desempenho, a área de gestão de pessoas em organizações públicas tem a vantagem de dispor de recursos e verbas de Capacitação acima da média de suas contrapartes do setor privado.

Esse financiamento à capacitação obviamente não é suficiente para tudo o que se necessita, por isso precisa haver priorização. Está claro que o maior limitante não é de ordem técnica, mas sim de mentalidade e cosmovisão?


Invista em mudança de mentalidade e responsabilidade

Sem isso, as competências técnicas não terão efetividade. Uma pessoa média que está engajada consegue fazer muito mais que uma pessoa acima da média desengajada.

Algumas das maiores autoridades do mundo em Mudança de Modelo Mental (Arbinger Institute) e em Accountability (Partners in Leadership) atuam no Brasil e oferecem metodologias práticas, baseadas em pesquisas extensivas, para implementar mudanças significativas no comportamento e cultura organizacional no serviço público.

A Lumen, empresa em que tive a satisfação de ingressar esse ano, é uma consultoria especializada nos desafios de capacitação no setor público e representa estas duas empresas, Arbinger e Partners in Leadership, com exclusividade no Brasil.

O que acha de conversar sobre o que podemos fazer juntos em sua organização? Você pode me escrever quando quiser no felipe.perini@lumen.com.vc!

Obrigado pela leitura e até a próxima :)

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Me adicione no Linkedin: Felipe Perini - Customer Success Manager para o setor de governo da Lumen

Sabrina Murino

Eu ajudo pessoas a se conectarem! Partner @ goEven

4 a

Gerir pessoas e mudar comportamento tem sido um dos desafios mais frequentes e evidenciados nesta pandemia. parabéns pela iniciativa!

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