O "homem" solitário que parou o Brasil!
Imagino agora, como a atitude simples de pessoas simples pode neste exato momento causar uma grande modificação nos princípios econômicos do Brasil, coisas que muitas outras pessoas e instituições não conseguiram.
Numa rápida reflexão, pensei na ironia da situação. Imaginar um "homem" que tem família, mas quase não os vê. Tem amigos de trabalho, mas pouco convive com eles e passa horas e horas a fio, dentro do seu cubículo “quadrado”, para cima e para baixo neste Brasil conversando apenas com sua consciência, ao mesmo tempo que dá atenção para tudo a sua volta, agora tem sobre ele, todos os holofotes da sociedade.
Carrega atrás de si, o fruto de milhares de trabalhadores e o anseio de outras milhares de pessoas que sonham com alguma coisa. E mesmo com sua sútil grande importância, passa desapercebido por todas estas mesmas milhares de pessoas.
Mas todo "homem", por mais resiliente que seja e principalmente “eles” que vivem a maior parte da vida na solidão, também pode ter seu dia de “basta” e pedir um pouco de atenção e não ser mais ignorado.
Porém, ao "homem" solitário não existe gritos em redes sociais, afinal pouco convive com os amigos reais. Não tem lamentação aos familiares para pedir um reconforto, pois não está fisicamente perto deles. Cabe a ele, simplesmente dizer “não aguento mais“ e parar. Mas que diferença faz, se ele é um único "homem" dentro da sua simplicidade, ignorância e solidão?
Aí esta a grande ironia, são homens solitários, porém são milhares de homens solitários que carregam toda uma cadeia econômica. Para eles, não é necessário reuniões infindáveis para decidir uma coisa. Basta um aceno de mão ou piscada nas luzes do farol junto com uma conversa rápida que tudo está decidido e explicado.
Como diz em um livro que eu li, não devemos ignorar pequenos desvios numa cadeia sistêmica, pois pequenos desvios podem causar grandes desvios a longo prazo. Que isto sirva de reflexão para muitas cadeias sistêmicas produtivas e econômicas do Brasil, principalmente para aqueles que acham que não podem fazer nada e aqueles que dentro da sua “grandeza” não devem se incomodar com pequenas situações.