O impacto da Comunicação na Saúde Mental de times.
Existe uma máxima que diz que conversando a gente se entende, entretanto, os dados de pesquisa sobre o tema saúde mental e desenvolvimento humano, apontam para uma dificuldade na competência comunicação entre times.
A ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), e pesquisa da Vittude em parceria com a Você RH, trouxe alguns dados significativos que podem nos fazer pensar a respeito:
Assim, não basta apenas conversar, mas aprender como conversar e estabelecer relações de confiança.
Saúde mental e comunicação:
Os dados acima e muitos outros como aqueles que se referem ao aumento do burnout nas empresas e a sensação cada vez mais presente de que as pessoas estão” com os nervos à flor da pele” mostram o impacto da comunicação nisso tudo.
Ora, é através da comunicação que estabelecemos nossas relações com as pessoas. Portanto, quem se comunica melhor:
Tudo isso por si só já facilita a compreensão do impacto da comunicação na criação de um ambiente produtivo e equilibrado.
Mas porque se comunicar não é tão fácil, se existem tantas vantagem?
Por que para a comunicação aconteça de fato e a gente consiga se conectar ao outro, é importante trabalhar a própria vulnerabilidade.
A vulnerabilidade é por vezes compreendida como fraqueza. Esta definição aparece inclusive na descrição do dicionário sobre o termo, o que fatalmente nos impede de avançar nesse quesito.
Ninguém gosta de demonstrar fraqueza, especialmente no ambiente de trabalho. E eu concordo.
Mas o conceito de vulnerabilidade está também associado a integridade. Não somos infalíveis e também não possuímos todas as respostas. Inclusive, é através da aquisição de novos pontos de vista que há mudança de opinião e crescimento.
Somente evoluímos através da vulnerabilidade.
Brené Brow pesquisadora e escritora de obras como “ A coragem de ser imperfeito”, é conhecida por sua provocação em relação ao termo vulnerabilidade. Ela sugere inclusive que é através dela que estabelecemos conexão com o s demais.
Ninguém é infalível. Abrir essa possibilidade e abraçar possíveis erros, diminui a ansiedade e de fato, cria mais confiança.
Enxergar a vulnerabilidade como possibilidade real é a única forma que temos de evoluir, afinal sempre somos vulneráveis em algum aspecto.
O segredo das equipes de alta performance: Empatia
O Google, como sabe de todas as respostas resolveu investigar também o segredo das equipes de alta performance.
E descobriu que as equipes que prosperam possuem tais características:
1. Cultura de feedbacks.
2. Reconhecimento de necessidades e emoções dos membros do time.
3. Apoio mútuo.
4. Clareza de papeis.
Curiosamente esses são alguns dos itens que compõe a segurança psicológica de equipes em uma cultura anti-burnout.
Até porque, discutir sobre o que funciona e o que não, ter apoio e reconhecimento de necessidades é o que nós chamamos de empatia.
A empatia, uma das competências que compõe a Inteligência Emocional, foi descrita por Daniel Goleman como a habilidade de reconhecer sentimentos e necessidades dos outros e agir em conformidade.
Na comunicação a empatia se caracteriza primeiro pela escuta ativa do outro, evitando julgamentos e buscando compreender sobre o que as pessoas sentem e precisam.
Parece simples, mas na prática a coisa se torna complicada, à medida que nossa interação tão atrapalhada pela correria do dia a dia e pela pressão à qual estamos submetidos, compromete nossa disponibilidade para tal aprofundamento.
Por outro lado, não existe empatia sem autoconhecimento. É preciso silenciar, ouvir as próprias demandas e se cuidar para depois estabelecer melhores vínculos.
Como aplicar a empatia na comunicação de maneira prática?
Grande parte dessas dicas têm como base a premissa de que somos seres únicos, com repertórios e histórias diferentes, mas que possuímos sentimentos e necessidades similares.
Logo, exercer a empatia é possível, mesmo com pessoas desafiadoras. Inclusive é com elas que a missão precisa se estabelecer, afinal criar empatia por afinidade é quase natural.
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Por outro lado, não atuamos somente com aqueles que a gente ama, certo?
Marshall Rosenberg , psicólogo e percursor da Comunicação não -violenta, estabeleceu que a comunicação empática, conecta pessoas.
A ideia é que você busque primeiro compreender bem o que precisa do outro, qual objetivo quer estabelecer com a sua comunicação. Segundo, busque ouvir para compreender o que a pessoa comunica de fato ou melhor- qual sua necessidade?
Não se esqueça de checar se você compreendeu adequadamente o que a pessoa sente e precisa. Afinal, somente nós podemos saber sobre as próprias necessidades e sentimentos. Evite assumir a postura de “diagnosticar o outro “.
Outros comportamentos que “fecham a comunicação” são :
A. Presumir que algo é obvio (quando o obvio não existe em nenhuma situação),
B. Aconselhar
C. Julgar: usar juízos de valor para definir o que o outro é ou faz
D. Generalizar: usar termos como sempre, nunca , toda a vez, um milhão de vezes.
Assim, busque sempre ouvir atentamente, ser claro, valide informação “checando” se você entendeu bem, peça e ofereça ajuda!
Comunicando feedbacks
Nem sempre é fácil emitir feedbacks, especialmente os de correção ou negativos.
Recentemente, eu estive no escritório da LSEG (London Stock Exchange Group) no Brasil falando sobre Comunicação e Saúde Mental para o time.
O debate foi superinteressante e gerou reflexões sobre a melhor maneira de comunicar o que precisa ser dito.
Assim durante um feedback:
A comunicação assertiva, cria ambientes de apoio entre pessoas e é responsável pelo resultado de maior engajamento e produtividade entre equipes.
Como você enxerga o desafio da comunicação no seu dia a dia?
Que levar essa discussão para seu time ou aprimorar suas habilidades individualmente? Eu posso lhe ajudar nesses desafios.
Um abraço, Leticia Rodrigues
Quem sou eu?
Sou Leticia Rodrigues psicóloga e fundadora da FIORIRE CONSULTORIA. Ajudo empresas e profissionais em seus desafios profissionais e pessoais, encontrando propósito e equilíbrio emocional.
Minha base é fortalecer o autoconhecimento e levar você a aprender sobre seu funcionamento a atingir seus objetivos. Também facilito treinamentos para empresas como SBT, KUMON e Nike sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.
Quem sou eu?
Letícia Rodrigues
Treinamento l Relacionamento com o cliente l Onboarding l Training and development
1 aLetícia, incrível seu conteúdo! Vulnerabilidade no ambiente de trabalho é algo complexo, vale um artigo só sobre isso!
Ajudo a CEOs, COOs, CFOs, CCOs, Diretores e Gerentes alcançarem seu máximo potencial |Formo Líderes Disruptivos | Construo Equipes de Alta Performance | Humanizo Empresas | Transformo Culturas Organizacionais | CEO
1 aComunicaçao é sempre sobre o outro... entao, a base é o respeito Letícia Rodrigues. Gratidao pelo rico post! Forte abraço!!
Conselheiro Consultivo | Consultor & Mentor Empresarial | Diretor Comercial no ramo Imobiliário | Liderança | Maratonista 42Km | Especialista em Vendas, Riscos, Contratos | Produtor de Conteúdos | +180mil Seguidores
1 aExcelente Letícia Rodrigues 🎯 Muito obrigado pela partilha Faça um ótimo dia
Psicologa Clínica / Especializada em Psicodrama e Tanatologia
1 aOlá, querida colega! Em quase todos, senão todos os seus posts, vc faz referência ao autoconhecimento. Pra mim, a base de tudo nas comunicações, relações.