O impacto da Comunicação na Saúde Mental de times.
Acervo Pessoal Letícia Rodrigues

O impacto da Comunicação na Saúde Mental de times.

Existe uma máxima que diz que conversando a gente se entende, entretanto, os dados de pesquisa sobre o tema saúde mental e desenvolvimento humano, apontam para uma dificuldade na competência comunicação entre times.

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Eu amo meu trabalho, cena do filme: O Diabo veste Prada

A ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), e pesquisa da Vittude em parceria com a Você RH, trouxe alguns dados significativos que podem nos fazer pensar a respeito:

  •   A grande maioria dos líderes enxergam conflitos em seus times causados pela comunicação.
  • 55% dos líderes brasileiros sentem-se esgotados
  • 77% dos liderados acham importante receber feedbacks. Ao passo que apenas 31% dos líderes acreditam que isso seja relevante.

 Assim, não basta apenas conversar, mas aprender como conversar e estabelecer relações de confiança.

 

Saúde mental e comunicação:

Os dados acima e muitos outros como aqueles que se referem ao aumento do burnout nas empresas e a sensação cada vez mais presente de que as pessoas estão” com os nervos à flor da pele” mostram o impacto da comunicação nisso tudo.

Leia mais sobre Estratégia anti-burnout

Ora, é através da comunicação que estabelecemos nossas relações com as pessoas. Portanto, quem se comunica melhor:


  •  Atinge melhores índices de influência.
  •  Têm vantagem em negociar o que lhe importa
  • Conseguem serem assertivosao alcançar seus objetivos
  • Líderes que emitem feedbacks encorajam suas equipes a modificarem suas atitudes impactando na motivação e desenvolvimento dos times.

Tudo isso por si só já facilita a compreensão do impacto da comunicação na criação de um ambiente produtivo e equilibrado.


Mas porque se comunicar não é tão fácil, se existem tantas vantagem?

Por que para a comunicação aconteça de fato e a gente consiga se conectar ao outro, é importante trabalhar a própria vulnerabilidade.

A vulnerabilidade é por vezes compreendida como fraqueza. Esta definição aparece inclusive na descrição do dicionário sobre o termo, o que fatalmente nos impede de avançar nesse quesito.

Ninguém gosta de demonstrar fraqueza, especialmente no ambiente de trabalho. E eu concordo.

Mas o conceito de vulnerabilidade está também associado a integridade. Não somos infalíveis e também não possuímos todas as respostas. Inclusive, é através da aquisição de novos pontos de vista que há mudança de opinião e crescimento.

Somente evoluímos através da vulnerabilidade.

Brené Brow pesquisadora e escritora de obras como “ A coragem de ser imperfeito”, é conhecida por sua provocação em relação ao termo vulnerabilidade. Ela sugere inclusive que é através dela que estabelecemos conexão com o s demais.

Ninguém é infalível. Abrir essa possibilidade e abraçar possíveis erros, diminui a ansiedade e de fato, cria mais confiança.

Enxergar a vulnerabilidade como possibilidade real é a única forma que temos de evoluir, afinal sempre somos vulneráveis em algum aspecto.

 O segredo das equipes de alta performance: Empatia

O Google, como sabe de todas as respostas resolveu investigar também o segredo das equipes de alta performance.

Leia mais sobre pesquisa GOOGLE e a Segurança Psicológica.

E descobriu que as equipes que prosperam possuem tais características:

1. Cultura de feedbacks.

2. Reconhecimento de necessidades e emoções dos membros do time.

3. Apoio mútuo.

4. Clareza de papeis.

Curiosamente esses são alguns dos itens que compõe a segurança psicológica de equipes em uma cultura anti-burnout.

Até porque, discutir sobre o que funciona e o que não, ter apoio e reconhecimento de necessidades é o que nós chamamos de empatia.

A empatia, uma das competências que compõe a Inteligência Emocional, foi descrita por Daniel Goleman como a habilidade de reconhecer sentimentos e necessidades dos outros e agir em conformidade.

Na comunicação a empatia se caracteriza primeiro pela escuta ativa do outro, evitando julgamentos e buscando compreender sobre o que as pessoas sentem e precisam.

Parece simples, mas na prática a coisa se torna complicada, à medida que nossa interação tão atrapalhada pela correria do dia a dia e pela pressão à qual estamos submetidos, compromete nossa disponibilidade para tal aprofundamento.

Por outro lado, não existe empatia sem autoconhecimento. É preciso silenciar, ouvir as próprias demandas e se cuidar para depois estabelecer melhores vínculos.

Como aplicar a empatia na comunicação de maneira prática?

Grande parte dessas dicas têm como base a premissa de que somos seres únicos, com repertórios e histórias diferentes, mas que possuímos sentimentos e necessidades similares.

Logo, exercer a empatia é possível, mesmo com pessoas desafiadoras. Inclusive é com elas que a missão precisa se estabelecer, afinal criar empatia por afinidade é quase natural.

Por outro lado, não atuamos somente com aqueles que a gente ama, certo?

Marshall Rosenberg , psicólogo e percursor da Comunicação não -violenta, estabeleceu que a comunicação empática, conecta pessoas.

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Etapas da Comunicação não violenta de Marshall Rosenberg, onde se desataca empatia. Fonte: Agenda Arte e Cultura

A ideia é que você busque primeiro compreender bem o que precisa do outro, qual objetivo quer estabelecer com a sua comunicação. Segundo, busque ouvir para compreender o que a pessoa comunica de fato ou melhor- qual sua necessidade?

Não se esqueça de checar se você compreendeu adequadamente o que a pessoa sente e precisa. Afinal, somente nós podemos saber sobre as próprias necessidades e sentimentos. Evite assumir a postura  de “diagnosticar o outro “.

Outros comportamentos que “fecham a comunicação” são :

A.   Presumir que algo é obvio (quando o obvio não existe em nenhuma situação),

B.   Aconselhar

C.  Julgar: usar juízos de valor para definir o que o outro é ou faz

D.  Generalizar: usar termos como sempre, nunca , toda a vez, um milhão de vezes.

Assim, busque sempre ouvir atentamente, ser claro,  valide informação “checando” se você entendeu bem,  peça e ofereça ajuda!

Comunicando feedbacks

 Nem sempre é fácil emitir feedbacks, especialmente os de correção ou negativos.

Recentemente, eu estive no escritório da LSEG (London Stock Exchange Group) no Brasil falando sobre Comunicação e Saúde Mental para o time.

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Treinamento para time da LSEG em São Paulo, acervo pessoal Leticia Rodrigues

O debate foi superinteressante e gerou reflexões sobre a melhor maneira de comunicar o que precisa ser dito.

Assim durante um feedback:

  • Seja factual
  • Evite julgar
  • Não generalize atitudes
  • Não use palavras que só fazem sentido para você (postura, comprometimento, responsabilidade, sucesso)
  • Envolva o outro na resolução do problema
  • Faça follow-up de acompanhamento.


A comunicação assertiva, cria ambientes de apoio entre pessoas e é responsável pelo resultado de maior engajamento e produtividade entre equipes.

Como você enxerga o desafio da comunicação no seu dia a dia?

Que levar essa discussão para seu time ou aprimorar suas habilidades individualmente? Eu posso lhe ajudar nesses desafios.


Um abraço, Leticia Rodrigues

Quem sou eu?

Sou Leticia Rodrigues psicóloga e fundadora da FIORIRE CONSULTORIA. Ajudo empresas e profissionais em seus desafios profissionais e pessoais, encontrando propósito e equilíbrio emocional.

Minha base é fortalecer o autoconhecimento e levar você a aprender sobre seu funcionamento a atingir seus objetivos. Também facilito treinamentos para empresas como SBT, KUMON e Nike sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.



                             

 

 

 

 

 


Quem sou eu?

Letícia Rodrigues

Ingrid Santos Idalgo Moreira

Treinamento l Relacionamento com o cliente l Onboarding l Training and development

1 a

Letícia, incrível seu conteúdo! Vulnerabilidade no ambiente de trabalho é algo complexo, vale um artigo só sobre isso!

Jose G. Mota 🇧🇴🇧🇷

Ajudo a CEOs, COOs, CFOs, CCOs, Diretores e Gerentes alcançarem seu máximo potencial |Formo Líderes Disruptivos | Construo Equipes de Alta Performance | Humanizo Empresas | Transformo Culturas Organizacionais | CEO

1 a

Comunicaçao é sempre sobre o outro... entao, a base é o respeito Letícia Rodrigues. Gratidao pelo rico post! Forte abraço!!

Rodrigo Hogera

Conselheiro Consultivo | Consultor & Mentor Empresarial | Diretor Comercial no ramo Imobiliário | Liderança | Maratonista 42Km | Especialista em Vendas, Riscos, Contratos | Produtor de Conteúdos | +180mil Seguidores

1 a

Excelente Letícia Rodrigues 🎯 Muito obrigado pela partilha Faça um ótimo dia

Ivanise Pinto Coelho

Psicologa Clínica / Especializada em Psicodrama e Tanatologia

1 a

Olá, querida colega! Em quase todos, senão todos os seus posts, vc faz referência ao autoconhecimento. Pra mim, a base de tudo nas comunicações, relações.

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