O impacto da pandemia na busca pela igualdade de gênero

O impacto da pandemia na busca pela igualdade de gênero

Por Ana Cláudia Pilhal, Executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn

 Sabemos que a pandemia teve um grande impacto em nossas vidas pessoais e profissionais no último ano e, mais do que nunca, precisamos falar sobre como as mulheres foram e estão sendo mais afetadas por este cenário.

 No mês de celebração do Dia Internacional da Mulher, o LinkedIn analisou o mercado de trabalho para entender os desafios e, claro, trazer algumas soluções para continuarmos caminhando em direção a igualdade de gênero como uma realidade para todos.

 O levantamento, realizado com mais de 2.000 profissionais no Brasil em fevereiro deste ano, mostra que os empregos ocupados por mulheres são mais vulneráveis do que os dos homens e, como consequência, a taxa de contratação dessas profissionais caiu para menos de 40% entre março e abril, no auge da Covid-19. Apesar de ter voltado para os níveis pré-pandemia em janeiro deste ano, a melhora não compensará a perda de trabalho deste período. Além disso, o ritmo de contratação das mulheres também diminuiu e, na maioria dos mercados ao redor do mundo, essas profissionais ainda são menos contratadas do que os homens.

 “Os dados reforçam a necessidade de quebrarmos paradigmas e estereótipos para ter cada vez mais mulheres ocupando espaços no mercado de trabalho. É um tema urgente e que exigirá a mobilização não só dessas profissionais, mas de todos como aliados.”

 A pesquisa aponta ainda que 59% das mulheres concordam que a pandemia resultou em mais responsabilidades que seus parceiros na tarefa da casa, o que prejudicou o progresso de suas carreiras. No entanto, este não é o único obstáculo que nós enfrentamos. A série de preconceitos incorporados no nosso dia a dia, fruto do contexto social, fez com que muitas de nós desenvolvêssemos um viés inconsciente, que reforça uma ideia equivocada de que as mulheres não podem ser tão bem-sucedidas quanto os homens. Esse pensamento afeta, inclusive, a maneira como essas profissionais tomam decisões em suas trajetórias.

 Cerca de 47% das brasileiras afirmaram que nunca pediram um aumento ou promoção fora da sua avaliação de desempenho anual, mesmo sentindo que sua performance é acima do esperado para o atual cargo. A partir do momento em que sentem que merecem, elas esperam, em média, 1 ano e 3 meses para ter esta conversa com o empregador. No caso das mulheres negras, este período é ainda mais longo, com uma em cada quatro afirmando aguardar de 1 até 2 anos para chegar a esta negociação.

Neste cenário desafiador, é essencial que as empresas liderem iniciativas que promovam a igualdade de gênero. Entre elas, estão: 

●     Implementação de política para permitir maior flexibilidade no trabalho - para garantir que as mulheres não tenham que escolher entre a família e a carreira, oportunidades de trabalho mais flexíveis são essenciais. Dados do LinkedIn revelam que as mulheres têm 26% mais chances de se candidatar a empregos remotos do que os homens.

●     Consideração cuidadosa da linguagem dos anúncios de emprego e da marca empregadora - As palavras que as empresas usam em suas comunicações - desde descrições de cargos até a cultura da empresa - influenciam sua capacidade de atrair uma força de trabalho equilibrada por gênero. Uma pesquisa do LinkedIn mostrou que 44% das mulheres se sentiriam desencorajadas a se candidatar a uma função se a palavra "agressiva" fosse incluída no anúncio. Para incentivar mais mulheres a aplicarem para os cargos, as empresas devem estar cientes da linguagem masculina codificada e, em vez disso, usar uma linguagem aberta e inclusiva, como ‘de apoio’ e ‘colaborativa’.

●     Capacitação da liderança em equidade de gênero - considerando a importância dos gestores na promoção deste ambiente igualitário, o LinkedIn está disponibilizando uma série de cursos online que ficarão disponíveis gratuitamente até dia 31 de março: Mulheres na Liderança: Estratégias Eficazes para o Sucesso Profissional, Como Desenvolver a Autoliderança, Presença Executiva para Mulheres em Cargos de Liderança, A Linguagem Corporal dos Líderes e Histórias de vida: mulheres na tecnologia (acessíveis de 28 de fevereiro a 31 de março).

E você? O que acha que podemos fazer para continuar nesta luta pela igualdade de gênero?  

Carolina Dostal

LinkedIn e Marca Pessoal para Executivos | Transformo C-Levels e Conselheiros em Referências no Digital | Estrategista de Thought Leadership

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Ana Claudia Plihal, amei seu artigo. Hoje compartilhei no meu instagram e amanhã vou recompartilhar no meu perfil do Linkedin e na minha Linkedin Page. Recebo mensagens todos os dias de mulheres que foram impactadas na pandemia. Inclusive eu estou sendo bem impactada. Cuidar da casa, dos filhos, educação online e do trabalho é algo muito complexo. Fora tudo que estamos vivendo e presenciando no mundo. Muito triste. Esses cursos gratuitos do Linkedin vieram como um presente para as mulheres nesse momento tão sensível. Obrigada por ser essa mulher tão engajada, consciente e poderosa!

Daniel Bitencourt

Escritor/Diretor na Editora Laranjeira | Desenvolvedor de Games e Soluções no Espectro Studios | (aberto à propostas)

3 a

Existem 2 gêneros, masculino e feminino, opostos e diferentes. Por exemplo, um homem não pode parir uma criança, por mais que se lute por igualdade um homem nunca vai conseguir fazer o que apenas uma mulher pode fazer. E vice-versa. A forma de pensar, agir, se relacionar, a construção muscular, cerebral, o centro de emoções, dos gêneros são diferentes. Creio que é impossível buscar uma igualdade que nunca vai existir. Não seria mais inteligente entender que cada gênero têm um papel diferente, e valorizar o que cada um têm de melhor, e ambos se encaixarem somando para resultar em equilíbrio? Ao invés de criar oposição, e tentar procurar uma vítima ou um culpado. Ou ainda, tentar forçar uma igualdade de dois diferentes.

Jessyca Assis

Compradora | Purshaser | Compras | Procurement | Strategic Sourcing | Administração | Especialização em Gestão de Empresas

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Penso que a cultura vai se moldando, mudando para melhor, quando temas importantes como esse são debatidos e publicados com mais frequência. Parabéns!

Wesley Reis

Técnico em Informática

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Primeiramente e apoiar uma reforma na educação mundo a fora, torná-la um ponto de referência a mulheres e ao respeito ao próximo. Educar de forma a mostrar que todos tem seus direitos e que devemos por nossos méritos alcançar e depois mostrar que não somos gêneros, somos pessoas com totais condições e plenos direitos. Mostrar que as pessoas merecem respeito e que quem não respeitar os direitos vai se tornar minoria e não vai ter poder numa sociedade igualitária e equalitaria.

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