O Instagram mudou, sim! Mas isso não deve ser o fim da linha pra você!

O Instagram mudou, sim! Mas isso não deve ser o fim da linha pra você!

O anúncio feito na semana passada de que a plataforma não é mais exclusivamente para compartilhamento de fotos deixou muita gente de cabelo em pé - Mas deveria?


Quem trabalha com marketing digital, principalmente com conteúdos para redes sociais, se viu em meio a uma polêmica na última semana: o head do Instagram, Adam Mosseri, afirmou por meio de seu perfil que o app não é mais apenas para compartilhamento de fotos, mas sim uma ferramenta de entretenimento. 

Você consegue conferir o vídeo (em inglês) aqui, mas resumindo, a estratégia comercial da marca mudou nos últimos anos, seguindo uma tendência do comportamento dos usuários, que passaram a utilizar a plataforma para além do compartilhamento de suas rotinas por meio das fotos: passamos a buscar por entretenimento no Instagram. 

E isso não é uma exclusividade deste app. Na verdade, o próprio Mosseri deixa bem claro em seu pronunciamento que essa é uma medida que visa acompanhar e ganhar espaço entre os concorrentes: Tik Tok e You Tube, principalmente. 

Para isso, o Instagram vai priorizar quatro campos: criadores de conteúdo, vídeos, compras e troca de mensagens. Ao longo dos próximos meses, poderemos observar recomendações de conteúdos que ainda não seguimos no nosso feed e o foco em vídeos. E o que isso significa para você, que utiliza o Instagram como meio de divulgação do seu negócio e atração de clientes? 

A partir daqui, convido vocês a pensar em duas questões importantes - e para isso, eu aproveito o gancho levantando pela Juliana Margoliano (@jumargoliano), também social media, logo no início da semana, após a declaração de Adam Mosseri e de discussões que acompanhei em alguns grupos, como o Mulheres Social Media, no Facebook (olha aí, pra você que achou que o Facebook morreu também!) 

1 - Estamos falando sobre o Infotenimento. E isso não é uma novidade - pelo menos, na prática - e eu vou te explicar porquê! Esse termo nasceu lá nos anos 80 e une Informação (caracterizando essa prestação de serviços) e o Entretenimento (que vem do francês entretenir  e significa manter junto, apoiar, unir. Mas que com o passar do tempo, ganhou o sentido de distrair, divertir). Esse tipo de conteúdo ganhou espaço e se firmou na televisão ao longo dos anos 90 e obviamente, marca sua presença na internet desde então. (Vide este artigo de Germana Plácido de Carvalho Mendes, publicado em 2015 no Observatório da Imprensa) 

Esse tem sido, pelo menos ao longo dos últimos 40 anos, uma das formas mais eficazes de nos comunicarmos com o nosso público. Porque gera aproximação, conforto ao iniciar uma relação, intimidade, distração e diversão ( afinal, a gente tá precisando rir da vida mesmo, não é?)

A diferença é que, se antes a produção de infotenimento estava limitada aos produtores de conteúdo para mídias convencionais, como a televisão e o rádio, agora ocorre a ‘democratização’ dessa produção. A internet facilitou muito o acesso a novas informações, novas conexões e a ferramentas que permitem a criação de conteúdo.

Isso significa que você agora vai ser obrigado a fazer mil dancinhas, estar sempre em um ambiente instagramável e trabalhar com o humor em todas as situações para conseguir vender seu peixe nessas redes sociais? Nem sempre. Lembre-se: “Você não é todo mundo!” 

Você consome esse tipo de conteúdo o tempo todo? Qual tipo de conteúdo seu público consome? As pessoas que compram de você gostam de textão na internet ou só de vídeos? Lembre-se de você precisa ter isso em mente ao pensar nas suas estratégias de comunicação. Nem sempre o que funciona para um, funciona para outro. E nem sempre esse tipo de linguagem é 100% indicada para o seu negócio. 

Vale aqui o bom senso, o seu limite enquanto profissional (respeitando seus valores, o bom senso e o código de ética vigente para a sua categoria profissional, caso haja) 


2 - Estamos falando, também, sobre você não focar sua estratégia de comunicação em apenas uma plataforma. Você viu que eu comentei lá em cima sobre os grupos no Facebook? Pois é! Por lá eu busco o networking com pessoas com os mesmos interesses que eu, sejam mulheres empreendedoras, jornalistas e assessores em busca de pautas,  social media ou mães que utilizam fraldas ecológicas. Ao buscar um profissional, procuro referências não apenas em uma rede social. Mas procuro um site, o bom e velho boca a boca, seus perfis em outras redes e até matérias em veículos de comunicação para então decidir se vale a pena investir meu tempo e dinheiro naquele serviço ou produto.  Você não deve ficar refém de um único app para entregar seus conteúdos ao seu público. Assim como você não fica a mercê de um único meio de transporte para se locomover, por exemplo, a comunicação deve contar com outras possibilidades para ser viabilizada. Por isso, leve a sério a dica de construir uma base sólida para seus relacionamentos comerciais: 

  • Invista em um bom site, 
  • Converse com seu público pelas redes sociais (mais de uma, mas se esforce para estar mais presente na que é a mais estratégica para você), 
  • Marque presença no Google,
  • Fortaleça sua base de dados por e-mail, telefone e whatsapp.

Busque diversificar sua presença no digital e utilize isso a seu favor, conferindo o que cada ferramenta pode oferecer a você - já que elas sempre vão se beneficiar do nosso uso também!

Thais Helena Silva Ferreira

Analista Infraestrutura TI II Serasa Experian

3 a

Muito bom o artigo Quel!

Juliana Margoliano

Estrategista Digital e Mentora Profissional

3 a

Artigo maravilhoso!

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