O Instagram se tornou o principal canal de informação da GenZ... O que esse fenômeno indica?

Nem Google, nem Yahoo. Na era dos vídeos curtos, a Geração Z está se informando cada vez mais pelas redes sociais. Segundo o relatório de consumo de notícias do Ofcom 2021/22, no Reino Unido, pela primeira vez, o Instagram é a fonte de notícias mais popular entre os adolescentes. 

A rede é usada por quase três em cada dez jovens em 2022 (29%). 

O TikTok e o YouTube vêm logo atrás, sendo usados por 28% dos jovens do Reino Unido para acompanhar notícias.

Inclusive, o TikTok registrou o maior aumento na utilização como fonte de notícias, entre 2020 e 2022. Isso foi impulsionado, principalmente, por jovens entre 16 e 24 anos. Outra pesquisa, esta do Pew Research Center , mostrou que 33% dos usuários utilizam o TikTok como fonte de informação. 

Embora a pesquisa não faça um recorte para o Brasil, acredito que a tendência deva ser a mesma. Segundo a empresa Statista , o Brasil é o segundo país com o maior número de usuários ativos do TikTok no mundo, ficando atrás somente da China e o 4º em número de usuários na América Latina.

O que esse fenômeno indica? 

• Que conteúdos informativos/educativos precisam ser cada vez mais curtos e dinâmicos, se adaptando ao padrão de consumo da Geração Z. Porém, o dinamismo impede o aprofundamento. 
• Também indica que os meios de comunicação estão competindo (e perdendo espaço) para os influenciadores digitais. Segundo o relatório da Ofcom, os usuários do TikTok afirmam receber mais notícias na plataforma de “outras pessoas que seguem” (44%) do que perfis de notícias (24%).
• É preciso olhar para esse novo padrão de consumo da Geração Z e, a partir dele, nos perguntarmos: Como combater as fake news? Como oferecer conteúdo relevante pelas redes sociais? Qual será o impacto da era dos vídeos curtos no aprendizado da Geração Z?

Qual sua opinião sobre esse novo padrão?