O jornalista precisa ressignificar a profissão?
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O jornalista precisa ressignificar a profissão?

O dia do jornalista é comemorado em 7 de abril. Profissão que escolhi em 2006, quando entrei na faculdade, e me tornei no final de 2009 ao concluir o curso de graduação. À época, a nossa turma foi nomeada de “os diplomados”, já que naquele mesmo ano o Superior Tribunal Federal (STF) proferiu uma decisão de que não era mais necessário o diploma para exercer a profissão. Um retrocesso!  

Com a decisão, a profissão ficou ainda mais desvalorizada, alguns profissionais desanimaram, quem pensava em fazer o curso desistiu e outros seguiram. Eu segui. Sempre gostei de ouvir e contar histórias. Sempre fui curiosa e quis saber detalhes de tudo. Sempre procurei relatar os fatos da forma mais imparcial possível, ainda que fossem na contramão das minhas ideologias. 

Onze anos de profissão e muitas mudanças. O jornalismo se transformou. A arte de narrar histórias de forma criativa sempre foi um mecanismo utilizado por nós jornalistas, mas agora tem outro nome: storytelling. Os meios de informação foram ampliados. A televisão não é a única tela que traz notícias, o rádio não é mais o único que informa o ouvinte e o impresso não é, há muito tempo, o meio mais requisitado para ler reportagens.  

As mídias tradicionais não desapareceram, novas mídias surgiram. “O que morre são apenas as ferramentas que usamos para acessar o conteúdo. As tecnologias de distribuição tornam-se obsoletas e são substituídas”, escreveu o autor Henry Jenkins, em Cultura da Convergência. A forma como produzimos e consumimos informações mudou e essa transformação faz parte da convergência dos meios de comunicação.  

As possibilidades de criar conteúdo em diferentes plataformas são inúmeras e todos são potenciais produtores, não apenas os profissionais da comunicação. Neste contexto, o jornalista tem ressignificado a profissão desde que entendeu a dinâmica do digital. O que podemos usar a nosso favor são os atributos da profissão, como por exemplo, a eloquência, criatividade, narrativa, contextualização, fluidez e clareza na escrita.

É preciso ousar e ressignificar. Hoje eu comecei, explorei o que o LinkedIn disponibiliza e acabo de escrever o meu primeiro artigo na plataforma. Mudar a perspectiva faz parte do processo para não se tornar  um profissional antiquado. O segredo é usufruir as tecnologias emergentes e suas múltiplas possibilidades. 

#diadojornalista #comunicacao #carreira #jornalismo #inovacao 

Rodrigo Fauzer

Representante comercial vendas CIA. MALWEE | MALWEE KIDS | CARINHOSO

4 a

Parabéns pelo texto, Bordini.

Paulo Lirio

Servidor Público Federal no IBGE

4 a

Excelente narrativa, Marcella! Você é fantástica.

Sandra Rocha Santana

PR & Marketing Professional | Storyteller | Brand Advocate

4 a

Parabéns por ser uma jornalista que está sempre buscando novas formas de aprendizado. Está sempre lendo, estudando e buscando ser uma melhor profissional a cada dia. Te admiro muito, mestre! Parabéns pelo primeiro de muitos artigos nessa plataforma!

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