Ser x Fazer

Em dezembro de 2017, completei um ano de formado. Apenas pensava se os anos de faculdade renderiam bons frutos. Até que pensei no que é SER jornalista. Fazer jornalismo é uma tarefa que muitos exercem, mas poucos vivem.

SOMOS jornalistas porque enxergamos noticia está em qualquer lugar. Desde um garoto vendendo sua balinha, até uma final de Copa do Mundo. Enxergamos noticia em tudo porque nos interessamos por historias.

Não é aquela história que estudamos no colégio. Isso é papel de um profissional de outra área. As histórias que chamam nossa atenção são outras. Essas histórias você não acha no Google. Elas foram construídas, vividas e relatadas por pessoas. Ou seja, são únicas.

Qual a essência do nosso trabalho? Ouvir histórias, e depois contá-las. Uma pessoa que não gosta de ouvir uma boa história, não É jornalista. Ela apenas FAZ jornalismo. Jornalistas por amor sabem que todo dia vão aprender alguma coisa.

Tenho dois grandes amigos que a faculdade me proporcionou: Abner e Rafael. Rafa disse uma vez que “ser jornalista é dar a luz a histórias não vistas, facilitar a comunicação da sociedade e formar uma crítica sobre os acontecimentos”. Abner definiu o SER jornalista como “ser o mediador entre o interesse e o interessado. Ser jornalista é ser ponte. Ligar fator, ligar correntes. É mostrar o oculto e explicar os códigos”.

Passei por um dilema recente, sem saber se o que eu escolhi estudar e SER estava correto. Acredito que isso não é exclusividade minha, mas de todos que um dia pensaram que fizeram a escolha errada. Se por um acaso você tiver CERTEZA que fez a escolha errada, siga seu coração. Mas muitas vezes, essa sensação de escolha mal feita é apenas um misto de ansiedade e insegurança.

Ser jornalista é ouvir histórias, interpretar essas histórias codificadas e traduzi-las para as pessoas. É ser a ponte, o mediador, entre o interesse e o interessado, e ter uma avaliação crítica do que está ali. É ser verdadeiro, transparente e, acima de tudo, feliz.