O maior erro de um líder: Você o comete?
Entre as estratégias das empresas para o sucesso, uma delas são a avaliação e a identificação dos seus pontos fortes e dos fracos. Quando peço aos líderes de uma companhia para falar dos próprios colaboradores, no geral, as primeiras respostas são sobre as deficiências, os problemas e as dificuldades que eles têm e o que precisam melhorar.
Há pessoas que só enxergam os defeitos dos outros e os próprios, nada nunca está bom, nunca elogiam e fazem com que as pessoas se sintam inferiores, sempre em falta, com medo, destruindo a criatividade e a iniciativa, inclusive delas mesmas.
Mas, por que será que, no geral, é mais fácil falar dos pontos fracos dos colaboradores, e até dos próprios, do que dizer dos pontos de força, das qualidades e potencialidades? Por que as melhores características não atraem a atenção tanto quanto as limitações, os problemas e os impedimentos?
É verdade que, desde criança, na escola, somos condicionados a nos concentrar naquilo que não vai bem, que não somos bons, que não conseguimos fazer, e somos condicionados a direcionar as energias e a atenção para melhorar isso e solucionar as lacunas. Acabamos deixando de lado nossas potencialidades e nossos talentos, que precisam, também, ser desenvolvidos e trabalhados.
Assim, começamos desde cedo a colocar mais atenção nos pontos fracos e a criar o hábito, comum aos seres humanos, de ter dificuldades em reconhecer e falar das próprias capacidades, habilidades e competências. Dessa forma, somos treinados a ver os problemas e podemos chegar até a ter um contínuo sentimento de inadequação.
Mas, onde está o ponto de equilíbrio? Afinal, também é necessário reconhecer e examinar as deficiências pessoais, de uma empresa ou de uma equipe, para poder fazer um planejamento de forma mais completa, identificando as falhas e as limitações. Para isso, é preciso utilizar a autocrítica, a autoavaliação e balancear o tempo e a energia à disposição para atingir os objetivos.
O atleta, por exemplo, quando está em uma competição se concentra em seus potenciais, pois sabe que, se focar nas suas dificuldades e fragilidades naquele momento, seu desempenho cairá, e assim, poderá cometer falhas e, até mesmo, perder aquela competição.
Ele precisa estar completamente concentrado na ação que está fazendo e se alguém começar a falar dos seus pontos negativos, ou se ele começar a ter pensamentos como “não vou conseguir”, “não sou bom o suficiente”, “têm pessoas melhores do que eu”, “tenho medo de fracassar”, “já errei uma vez”, se concentrando nas características desfavoráveis, ele não entrará na potência e na concentração necessárias para atingir o resultado desejado.
O campeão tem consciência das áreas que precisa melhorar, mas quando está na competição tem a extraordinária capacidade de se concentrar no que ele sabe fazer de melhor e no que o diferencia dos outros.
As áreas a serem melhoradas serão identificadas e trabalhadas no momento e contexto certos, no treino, por exemplo, onde parte da atenção e do tempo serão dedicados a isso, ou seja, a sanar as características limitantes, porém, não esquecendo de potencializar os aspectos de força e de treinar e exercitar, também, suas qualidades e seus talentos.
Esse é um exemplo de como equilibrar o tempo e as energias para atingir o resultado planejado. Precisamos, além de melhorar certos pontos em momentos adequados de treinamento e aprendizado, dedicar energias para desenvolver as habilidades já presentes e potencializá-las. Isso melhora rapidamente o desempenho e, consequentemente, os resultados, a motivação, a sensação de ser capaz, e isso ativa o potencial e os recursos internos de auto eficácia.
A aceitação e a autoestima têm seu fundamento na identificação das próprias capacidades. A percepção das competências e pontos fortes é diretamente ligada ao sentimento de auto eficácia, que nos permite ter motivação para superar os limites e ter perseverança, mesmo nas dificuldades.
Este sentimento é um motor ânimo que nos impulsiona a ser mais positivos e eficientes, e ter comportamentos que ajudam a enfrentar melhor as situações complexas e problemas difíceis de solucionar. É ele que alimenta os sonhos e dá força às nossas ações. Portanto, toda vez que for fazer uma crítica, seja para você ou para qualquer outra pessoa, pense antes das qualidades e reforce sempre isso, assim, o que está bom fica melhor ainda e o que precisa melhorar, será feito com mais motivação e autoconfiança.
ChatGPT early adopter
8 aFocar no positivo e corrigir o negativo. Nunca falha.