O marco legal de ciência, tecnologia e inovação e a contribuição para as universidades

O marco legal de ciência, tecnologia e inovação e a contribuição para as universidades

Profa. Maria Carmen Tavares Christóvão

Diretora da Pro Innovare

www.proinnovare.com.br

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Nos últimos dois anos, é possível identificar um grande interesse por parte das universidades em expandir a cooperação com o mercado, sobretudo após o marco legal de ciência, tecnologia e inovação que altera regras importantes que favorecem o surgimento de uma estrutura integrada para fomentar o ambiente de inovação tornando-o mais dinâmico no país.

Ao analisar as práticas do segmento universitário e o que várias universidades vem construindo nesse campo é interessante pontuar que existem dois aspectos que devem ser considerados nesse processo: a análise sobre quais são os incentivos para as empresas que atuam em cooperação com as universidades e com P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) nas organizações, pois ao conhecer esses interesses há uma maior probabilidade de parceria e o segundo aspecto é saber escolher um modelo de negócio institucional para interação que abranja um grande leque de oportunidades de negócios com o objetivo de criarem inovações para o mercado.

O cenário é bastante complexo o que não se constrói com visitas pontuais à outras universidades, dentro ou fora do país, onde na maior parte das vezes as inovações metodológicas é que são a grande vitrine. Aprimorar a qualidade dos serviços ofertados é também um dos caminhos da inovação, mas não o único.

Existe uma ampla gama de determinantes internos e externos que inclui a capacidade de absorção para se produzir e transferir conhecimento por parte das universidades, oportunidades tecnológicas, barreiras à aplicação prática dos resultados de P&D nas organizações, bem como apoio e incentivos para parcerias e cooperações em serviços intensivos em conhecimento. Esses são alguns dos inúmeros fatores que limitam as estratégias de cooperação. Contudo, trabalhar em rede possui um papel preponderante para inovação e para desenvolvimento econômico nacional. Somando-se com a complexidade dos processos baseados em conhecimento e com a velocidade da informação que são molas propulsoras para a inovação estamos diante de fatores determinantes para que universidades e empresas se aproximem.

O novo marco legal de ciência, tecnologia e inovação introduzido pelo Decreto nº 9.283/2018, que regulamenta a Lei 13.243/2016, a partir da Lei nº 10.973/2004 e da Emenda Constitucional nº 85/2015 cria um ambiente mais propício para que Empresas privadas, Universidades, Institutos de Ciência e Tecnologia (públicos e privados), Órgãos da Administração Pública Direta, Agências de Fomento e Serviços Sociais Autônomos possam atuar em parceria. Uma série de documentos elucidativos sobre o tema pode ser verificado abaixo:

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Apesar do incentivo legal que tem por objetivo esclarecer a compreensão dos diferentes modelos de cooperação para inovação, poucas instituições vem focando na análise dos determinantes para estratégias conjuntas de inovação, tendo a clareza das divergências de motivações.

Apesar de diferentes modelos de estratégias para cooperação visando a inovação, a realizada com universidades e instituições de P&D possuem um destaque significativo dentre os demais modelos, haja vista que tais parcerias podem criar benefícios não apenas para as partes envolvidas, mas para a sociedade.

Há um problema significativo de gestão das universidades para lidar com o atual contexto da cooperação intersetorial, para elaborar, avaliar e realizar projetos de inovação. São questões teóricas, culturais, metodológicas e práticas. Sobretudo é um processo de visão organizacional e gerencial relacionado ao gerenciamento e legitimidade de ações inovativas. Mas, a melhor opção é começar a pesquisar sobre o tema. Para o fechamento desse texto gostaria de realizar uma citação do Prof. Dr. Guilherme Ary Plonsky vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP Universidade de São Paulo

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Jose Esteves

SDG4 Global Chair, Country Director, CEO, Founder, Consultant, Startups & Business Mentor, ESG Advisor, 3-Helix Executive, Post Doctoral Researcher, Steering Committee, Publishing Council, MBA Professor, Author, Speaker

5 a

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