O marketing de influência não é mais o mesmo...
Outro dia estava em reunião com um grande cliente do segmento de bens de consumo que acabou tirando 20 minutos da call para reclamar sobre “o marketing de influência não é mais o mesmo...”. Confesso que isso me deixou bem intrigado, mas muito curioso para entender os argumentos que levaram ele a fazer tal desabafo.
Os principais motivos que o levaram a essa percepção:
Esse estopim foi muito positivo pois me gerou um ótimo gancho para ensiná-lo sobre minha visão do trabalho com criadores de conteúdo. Esse artigo faz parte de uma newsletter que tem como objetivo ensinar e compartilhar meus mais de 10 anos de conhecimento sobre o tema “Influenciadores baseados em dados”.
Se você trabalha no segmento ou simplesmente quer aprender mais sobre essa maravilhosa disciplina, te convido a me acompanhar por aqui =)
Pois bem, após trazer essa percepção, começo minha resposta atuando em cada tópico:
Cachê dos influenciadores em geral estão muito caros
Não só com influenciadores, mas em qualquer situação das nossas vidas, não saber comprar algo gera uma grande chance de se pagar caro. Aqui não é diferente! Com a evolução do mercado de criação de conteúdo e aderência dentro do digital, a ATENÇÃO, virou a moeda mais cara, sendo que seus detentores naturalmente exercem um preço maior.
Importante avaliar que o grande erro do influenciador é justamente não saber passar para o cliente que o custo vai muito além do endosso ou imagem que ele possui, muitas vezes os valores de produção e edição são responsáveis por 60% a 80% do preço. Lembrem-se que criar conteúdo não só envolve gravar, mas também todo o ecossistema de planejamento, tempo e outros profissionais envolvidos
Naturalmente com o valor mais caro precisamos tomar decisões mais assertivas, afinal:
Antigamente as campanhas davam mais "resultados" que hoje
Esse é um mito que não deixa de ser verdade quando olhamos do jeito certo - os resultados das campanhas estão atrelados ao modelo de gestão/planejamento e não necessariamente ao influenciador. Colocar a culpa no criador de conteúdo por não 'vender' ou 'dar resultados' é sacanagem hahahaha.
O que temos visto de cases reais de resultados, são aqueles que o processo de seleção foca muito mais na audiência do que no creator. Vou explicar: se eu quero vender um produto X, preciso antes de tudo saber quem é a pessoa que desejamos impactar e junto a isso entender como ela consome conteúdo. Existem alguns nichos que você só encontra no twitter, outros targets são fãs de podcast ou existem recortes geolocalizados que você só consegue impactar com o Instagram.
Ao conhecer esse hábito de consumo, conseguimos identificar qual a melhor rede social, o melhor formato de conteúdo e até mesmo o melhor horário.
Recomendados pelo LinkedIn
Peguei como exemplo meu perfil do Instagram:
Outro dia eu tive a oportunidade de uma ativação com um banco de investimento que buscava criadores que se comunicassem com Homens 25+ de São Paulo para falar sobre poupar dinheiro para seus futuros filhos usando carrossel no feed (Instagram) para contar essas histórias. Tirei os dados da Wake Creators e olha só que interessante:
Demográfico e Geolocalização da Audiência
Melhor formato para engajar a audiência
Tópicos mais abordados
Ou seja, o processo de seleção até me encontrarem para essa campanha foi no fluxo inverso do que geralmente as empresas fazem: Produto -> Audiência -> Melhor formato de consumo -> Melhor tipo de conteúdo -> Influenciador.
Quando se começar olhando apenas para o criador, geramos pouca assertividade e consequentemente menos resultado. Não é questão de antes ter ou não mais retorno, mas sim que hoje precisamos ter mais dados para fazer escolhas mais assertivas!
Me responde aqui: já tinha pensando dessa forma?
Por isso eu concordo que o Marketing de Influência não é mais o mesmo... afinal hoje ele bem mais profissionalizado, assertivo e principalmente humano =)
Obrigado pelo seu tempo, atenção e ao Gabriel Azzi Collet pela revisão do artigo.
Consultoria e Treinamento em Atendimento ao oCliente/ Diretor de Marketing e Vendas
2 aExcelente Rafael Arty Odriozola , o marketing de influência precisa ( e muito!) de direcionamento e principalmente, verdade! Estamos com um marketing pobre em cultura, sem personalidade e vendido! Eu como influencer/empresária, sou do marketing da época da Barsa, onde fazíamos pesquisa em formulários e nas ruas. Precisamos entender o comportamento do público-alvo, analisar o mercado, inserir em nossa vida e desta forma passar verdade aos nossos seguidores/clientes. Enfim, parabéns pelo tema abordado.
CEO & Founder ATDC Group Comunicação Estratégica
2 aÉ incrível como as cobranças sobre os criadores de conteúdo são excessivas e sem conhecimento de causa. É preciso avaliar com lentes estratégicas. Falou bem Rafael Arty Odriozola.
Ajudo a transformar seu posicionamento e do seu negócio em qualquer mídia social
2 aEsse fluxo que trouxe é o ouro do negócio. Se as pessoas e as marcas seguirem isso vão ter resultados surpreendentes.
Inside Sales, B2B , Vendas interna
2 aVc sempre tentando entender os dois lados cliente X empresa. Você é um cara incrível (nunca esqueço dos seus ensinamentos e diálogos)
Head de Atendimento Comercial | Customer Success | Gestão de times de alta performance e negócios rentáveis | Especialista em gestão analítica | Engajando líderes e desenvolvendo talentos para resultados escaláveis
2 aExcelente provocação, Rafa! Nosso mercado mudou, e essa mudança trouxe novas oportunidades para marcas e influenciadores, e que bom, não é mesmo?