O mercado e sua imunidade - O mercado de renda variável e seu comportamento histórico pós epidemias no contexto brasileiro

Investir em Renda Variável realmente não é uma ciência exata, mas podemos usar um pouco do passado e alguns conceitos básicos para entender melhor o rumo dos mercados pós cenários de incerteza, como o atual Corona Vírus.

O Brasil possui apenas uma bolsa, embrionária, com pouco mais de 1,5 milhões de investidores, sendo que mais de 90 % são pessoas físicas. Muitos desses investidores ainda são inexperientes e estão aderindo ao mercado de renda variável como uma alternativa de rentabilizar seu capital, que já não é possível na renda fixa. O resultado disso é que nossa bolsa ainda não tem ``vida própria´´ e gera uma grande correlação com mercados globais consolidados.

Em um país com taxa de juros histórica tão alta não podia ser diferente. Até 2014 por exemplo tínhamos no Brasil mais presidiários do que investidores na bolsa. A boa notícia é que o cenário mudou e estamos caminhando ao desenvolvimento com novas aberturas de capital, maior conhecimento aos investidores e principalmente boas decisões da equipe econômica do governo.

Voltando ao cenário global, que realmente nos baliza, uma grande corretora da Califórnia chamada Charles Schwab, juntou dados do mundo todo baseado no MSCI Index mostrando que o mercado reage mal apenas ao curto prazo à anúncios de epidemia e que se converte na média em alta de 3,1% pós 6 meses e 8,5% pós 12 meses.

 Em resumo, estamos em um cenário de intenso crescimento econômico, queda de desemprego e melhoria da confiança na indústria. A bolsa brasileira ainda está barata pois não consegue precificar importantes reformas como tributária, pacto federativo e agenda de privatizações, além disso temos um intenso fluxo investidores novos entrantes na bolsa, que batem recordes mensalmente. Bolsa rumo aos 130 mil pontos em 2020 !